Café com seu dinheiro: 02/06

Resumo de hoje:

• 📈 PIB brasileiro acelerando. Mas será que isso é bom?

• 📰 O rombo fiscal dos EUA preocupa

• 🌾 Mas no Brasil, o agro sorri com o tarifaço de Trump

• 🌍 O mundo em tensão: Rússia, Ucrânia e Gaza

Na sexta-feira, o Ibovespa caiu 1,09% e encerrou a semana nos 137 mil pontos. Não foi nenhuma tragédia, mas o suficiente pra deixar o mercado um pouco tenso 😬.
No saldo do mês, o índice até que se saiu bem: alta de 1,4%.

Lá fora, o clima era outro, bem mais animado:

📈 O S&P 500 disparou 6,2% em maio, registrando o melhor desempenho para o mês em 35 anos!

💻 A Nasdaq também subiu firme, puxada pelas gigantes de tecnologia.

💵 E o dólar? Subiu 0,91% e fechou a R$ 5,71 — tipo aquele ex que volta… mais caro.

🪙 O Bitcoin, que vinha numa fase empolgada, resolveu respirar: caiu 2,5%, voltando para a faixa dos US$ 105 mil.

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De acordo com o Valor Econômico, os economistas estão mais otimistas com o Brasil: a expectativa é de crescimento de 2% em 2025. Parece ótimo, né? Só que a história tem camadas…

O ponto de alerta é que esse crescimento está acima do chamado “PIB potencial” — que é o quanto a economia consegue crescer sem causar pressão inflacionária.

Quando o país cresce além desse “limite saudável”, a demanda aumenta mais rápido do que a oferta consegue acompanhar — e aí os preços sobem. Isso é inflação na veia.

E o que o Banco Central faz quando a inflação ameaça voltar? Mantém os juros altos. Ou seja, mesmo com a pressão de empresários e do mercado por cortes na Selic, o BC pode ter que pisar no freio.

💡 Análise: Com a eleição batendo na porta em 2026, o governo tende a ser mais gastador — afinal, ninguém quer segurar investimento público em ano eleitoral. E essa mistura de economia aquecida + gastos públicos + cenário político instável… é receita clássica pra tensão nos juros e nos mercados.

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Do outro lado do hemisfério, o clima também é de aperto — mas por outro motivo.
Trump, que prometeu cortar o rombo nas contas públicas americanas, acabou fazendo o oposto: reduziu impostos, mas não mexeu nos gastos. O resultado? Um buraco gigante.

Hoje, a dívida dos EUA ultrapassa 120% do PIB — o dobro do nível pré-crise de 2008. É como se uma família com renda de R$ 10 mil tivesse R$ 12 mil de dívida pra pagar todo mês. Só que em escala trilionária.

Esse desequilíbrio fiscal está começando a incomodar os investidores. Afinal, quanto mais o governo americano se endivida, mais ele precisa emitir títulos. E se ninguém quiser comprar? Vai ter que pagar juros mais altos pra atrair comprador.
E juros mais altos lá… afetam o mundo todo 🌎

📌 Reflexo no Brasil: quando o Tesouro americano paga mais, os investidores globais tiram dinheiro de países emergentes (como o Brasil) pra aplicar lá. Resultado? Dólar sobe, Bolsa balança e o custo do nosso financiamento externo aumenta.

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Se o déficit americano preocupa, as decisões de Trump em relação ao comércio exterior têm gerado ganhos inesperados por aqui.

O tarifaço que ele impôs aos produtos estrangeiros valorizou o dólar e aumentou os prêmios de exportação — e o agro brasileiro tá nadando de braçada.
🌱 Soja, milho e carne estão sendo vendidos a preços mais altos no exterior, e empresas do setor vivem um bom momento.

É aquele velho ditado do mercado: “enquanto uns choram, outros vendem lenço”. Nesse caso, Trump criou uma guerra comercial... e o Brasil rural entrou como fornecedor premium.

💡 Ponto de atenção: o ganho é conjuntural, ou seja, depende do dólar alto e da continuidade dessa política externa agressiva dos EUA. Se o cenário mudar, o vento pode virar — e rápido.

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Enquanto isso, a tensão global segue no modo alerta máximo.

Russia e Ucrânia intensificaram os ataques aéreos dias antes da nova rodada de negociações de paz. Isso virou padrão: mostrar força antes de sentar à mesa. Mas o preço disso é pago em sangue e destruição.

Na Faixa de Gaza, uma nova tragédia: um bombardeio israelense atingiu uma escola usada como abrigo e matou mais de 30 pessoas, sendo 18 crianças. Um lembrete brutal de que, enquanto governos brigam, são os civis que morrem

🧠 Impacto no mercado?
Esses conflitos mantêm o mundo mais volátil, petróleo sobe, investidores buscam proteção em ativos como ouro e dólar, e países emergentes sofrem com instabilidade e fuga de capital. Ninguém investe tranquilo em um mundo que parece à beira de novos choques geopolíticos.

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