Café com seu dinheiro: 03/06

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Resumo de hoje:

• 💵 Dólar derrete, e o real mostra força.

• 🏦 Bank of America: Selic deve começar a cair em dezembro

• ⚔️ Trump reacende guerra comercial: China e Europa reagem

• 🤖 Elon Musk e a xAI: avaliada em mais de US$ 100 bi sem vender nada

A bolsa brasileira, representada pelo índice Ibovespa, terminou o dia com mais um recuo, acumulando a quarta baixa seguida. Ontem, o índice fechou com desvalorização de -0,18%, atingindo os 136.786 pontos. A queda foi leve, mas simbólica: mostra que o investidor está pisando no freio, mesmo com alguns dados positivos no cenário doméstico.

💬 O que pesa? Lá fora, os ventos ainda são de incerteza. As tensões entre grandes potências, sinais de desaceleração global e ruídos sobre juros nos EUA mantêm o clima carregado. Por aqui, mesmo com fundamentos sólidos em alguns setores, o investidor prefere esperar para ver. A cautela reina.

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O dólar teve uma queda expressiva de 0,75%, encerrando o pregão cotado a R$ 5,67. O destaque ficou mesmo com o real brasileiro, que se consolidou entre as moedas emergentes que mais se valorizaram nas últimas semanas. E o motivo é claro: o Brasil ainda tem uma das maiores taxas de juros reais do mundo, o que atrai muito capital estrangeiro.

Em outras palavras, o Brasil virou um “porto seguro rentável” no meio da instabilidade global. Quem está com dinheiro lá fora vê aqui uma oportunidade de lucrar mais com menos risco, aproveitando a Selic ainda elevada.

O movimento do dólar fez os grandes bancos revisarem suas previsões. O BTG Pactual, que antes previa o dólar chegando a R$ 6, agora ajustou o cenário e acredita que a moeda americana encerre o ano em R$ 5,60. Já o HSBC, outro gigante global, também baixou sua estimativa para o câmbio, indicando um novo patamar mais otimista para a moeda brasileira.

Isso mostra que o mercado está começando a enxergar o real como mais resiliente do que se imaginava. E quando os grandes mudam suas projeções, é sinal de que o jogo está virando. Em uma tradução simples, o real está sendo valorizado lá fora, o que não é comum entre países emergentes. Esse novo “prestígio” é resultado de juros altos, um cenário fiscal mais estável que o esperado e uma leitura mais cautelosa do risco Brasil.

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Apesar da força do real, o Bank of America trouxe um alerta: os juros no Brasil devem permanecer altos até o fim do ano. Segundo o banco, as condições financeiras continuam apertadas, e isso deve postergar qualquer corte na taxa Selic para somente dezembro.

A lógica é simples: o Banco Central não quer correr o risco de derrubar os juros cedo demais e reacender a inflação. Ou seja, a vida do empresário e do consumidor que depende de crédito ainda vai seguir dura por mais alguns meses.

O dólar globalmente está perdendo força, especialmente frente a moedas de países que têm juros elevados e fundamentos sólidos. Vários bancos de Wall Street já estão ajustando suas apostas, prevendo um enfraquecimento da moeda americana nos próximos trimestres.

Um dólar mais fraco no mundo significa que commodities podem subir (já que são cotadas em dólar) e que moedas como o real ganham fôlego. Isso ajuda nossa economia em várias frentes, principalmente na balança comercial e na inflação de importados.

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O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a causar turbulência nos mercados ao propor um aumento das tarifas sobre aço e alumínio, passando dos atuais 25% para até 50%. Isso é mais do que dobrar os impostos sobre produtos fundamentais para a indústria global.

A resposta veio rápida. Pequim criticou a falta de avanços nas negociações e acusou Trump de usar táticas agressivas. A União Europeia também não deixou barato e chamou a medida de "inaceitável". O risco de uma nova escalada protecionista assusta o mercado.

Por quê? Essas guerras comerciais tendem a encarecer os produtos, atrapalhar cadeias de produção e afetar empresas globais — inclusive brasileiras que exportam ou importam. O impacto vai muito além das fronteiras.

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Elon Musk quer captar US$ 300 milhões com a venda de ações da xAI, sua empresa de inteligência artificial. O detalhe? A empresa ainda não tem produto final no mercado, e a oferta será secundária — ou seja, o dinheiro vai pro bolso dos acionistas, não para o caixa da empresa.

🧠 Mesmo assim, a xAI já busca uma avaliação de US$ 113 bilhões (!), número que deixaria muitas big techs com inveja. O mercado ainda aposta no “efeito Elon”: a confiança de que, mesmo sem entregas imediatas, ele pode criar algo revolucionário no futuro.

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