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Café com seu dinheiro: 04/07/2025
""Acredite em si próprio e todo o resto estará em seu caminho." - Christian D. Larson
Resumo de hoje:
📈 Ibovespa atinge nova máxima e dólar recua: o que explica o bom humor do mercado?
📈 Economia americana robusta, mas há um custo potencial
🏛️ No Brasil, fundamentos sólidos... mas a política segue como obstáculo
💳 Endividamento das famílias permanece elevado — e isso pesa no consumo
O Ibovespa encerrou o dia com alta de 1,35%, renovando sua máxima histórica, enquanto o dólar caiu para R$ 5,40, menor valor desde agosto de 2023. O otimismo foi impulsionado por dados robustos do mercado de trabalho americano, com a criação de 206 mil vagas em junho, sinalizando que a maior economia do mundo segue firme. Essa leitura reforçou o apetite por risco global, beneficiando países emergentes como o Brasil — que se destaca com diferencial de juros atrativo e um mercado de trabalho resiliente, reduzindo os temores de recessão no curto prazo.
Por outro lado, o cenário não é isento de riscos. A aprovação de um novo pacote fiscal nos EUA, proposto por Donald Trump, que reduz impostos e corta programas sociais, deve gerar um impacto de US$ 3,3 trilhões na dívida americana em dez anos — o que pode adiar o ciclo de corte de juros por lá. No Brasil, o clima político segue conturbado: a judicialização do decreto que suspendeu o aumento do IOF elevou a tensão entre Executivo e Congresso, enquanto a AGU solicitou investigação sobre possíveis distorções no repasse dos preços dos combustíveis, o que pode gerar impactos regulatórios no setor.
Além disso, o endividamento das famílias brasileiras voltou a subir, atingindo 78,4% em junho, com 29,5% em situação de inadimplência. Apesar da economia apresentar sinais de estabilidade, o alto comprometimento da renda limita o consumo — que representa mais de 60% do PIB. Em resumo: o mercado navega em um momento favorável, sustentado por fluxo e fundamentos, mas com nuvens no horizonte que exigem atenção do investidor mais estratégico.
📈 Ibovespa atinge nova máxima e dólar recua: o que explica o bom humor do mercado?
A quarta-feira foi marcada por forte desempenho dos ativos brasileiros. O Ibovespa subiu 1,35%, alcançando quase 141 mil pontos, enquanto o dólar comercial caiu para R$ 5,40, menor valor desde agosto de 2023.
🎯 O que impulsionou esse movimento?
✅ Ambiente externo favorável: os dados de emprego nos EUA superaram expectativas — foram 206 mil novas vagas em junho, sendo 147 mil no setor privado. Isso indica que a economia americana segue aquecida, o que trouxe alívio aos investidores.
✅ Desvalorização do dólar globalmente: com a perspectiva de cortes nos juros americanos ainda em jogo, o dólar perdeu força frente a várias moedas, beneficiando emergentes como o real.
✅ Atividade econômica firme no Brasil: apesar dos juros elevados, o mercado de trabalho interno segue sólido, reduzindo os riscos de retração no segundo trimestre.
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🇺🇸 Economia americana robusta, mas há um custo potencial
📈 O dado de emprego fortalece a tese de que os EUA podem adiar cortes de juros, o que tende a beneficiar o dólar no médio prazo. Mas, por ora, os mercados reagiram com otimismo.
S&P 500 e Nasdaq renovaram máximas históricas, refletindo apetite global por risco — especialmente em mercados com juros atrativos, como o Brasil.
💣 Ao mesmo tempo, a aprovação do pacote fiscal de Donald Trump pela Câmara chama atenção. A proposta, que reduz impostos e corta programas sociais, pode gerar um impacto de US$ 3,3 trilhões na dívida pública americana em dez anos.
📌 O risco fiscal nos EUA é um fator que pode alterar o comportamento do Fed e trazer pressão futura sobre os mercados.
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🏛️ No Brasil, fundamentos sólidos... mas a política segue como obstáculo
🧭 Apesar do cenário econômico estável, o ambiente institucional continua tenso. Partidos entraram com nova ação no STF para validar o decreto que suspende o aumento do IOF — terceira contestação sobre o tema.
⚖️ A atuação da AGU aprofundou o mal-estar entre Executivo e Legislativo, em um momento em que o governo depende de articulação política para avançar com sua agenda.
⛽ Além disso, a AGU solicitou investigação sobre a política de preços dos combustíveis. A suspeita é de que aumentos estejam sendo repassados integralmente aos consumidores, enquanto reduções ficam retidas por distribuidores e postos.
📉 Caso se confirme, isso pode gerar medidas regulatórias com impacto direto no setor e nas empresas listadas em bolsa.
💳 Endividamento das famílias permanece elevado — e isso pesa no consumo
📊 Em junho, 78,4% das famílias brasileiras estavam endividadas, o maior nível desde janeiro. Destas, 29,5% relataram inadimplência — um dos principais fatores de limitação ao consumo interno.
💡 Como o consumo das famílias responde por cerca de 60% do PIB, o nível elevado de endividamento, somado ao crédito caro, representa um desafio importante para o crescimento no segundo semestre.
🔍 Apesar disso, os dados são ligeiramente melhores do que no mesmo mês do ano passado, o que sinaliza certa estabilidade — mas ainda inspira cautela.
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Até amanhã