Café com seu dinheiro: 06/08/2025

Tarifas americanas, tensão política no Brasil, inflação caindo, banco lucrando e fusão bilionária no setor de alimentos: semana intensa na economia.

Resumo de hoje:

  • 🇺🇸📦 Tarifas de Trump: o Brasil levou 50%, mas com jeitinho

  • 🏛️🔥 Prisão, plenário ocupado e tretas institucionais: Brasília em chamas

  • 📉📊 Inflação implícita derrete: será que o juro vai cair?

  • 💰🏦 Itaú lucra bilhões: o banco continua surfando alto

  • 🥩🍗 Nasce a MBRF: BRF e Marfrig se juntam num gigante de proteín

As tarifas de 50% impostas pelos EUA a produtos brasileiros começam a valer hoje, mas cerca de 700 itens foram isentos da sobretaxa, principalmente ligados ao agro e petróleo, o que beneficiou o Sudeste — responsável por 73% das exportações brasileiras aos americanos. Já o Sul, com forte base industrial, foi o mais prejudicado. Enquanto isso, a tensão política aumentou no Brasil com a decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro, gerando protestos no Congresso e críticas dos EUA ao STF. Lula descartou conversar com Trump, alegando falta de disposição do americano para negociar.

No mercado, a reação foi contida: bolsas americanas caíram levemente, enquanto o Ibovespa teve leve alta e o dólar ficou estável em R$ 5,50. A boa notícia veio da inflação implícita, que caiu de 7,2% para 4,12% ao ano, animando o mercado com possível alívio nos juros no futuro. O Itaú anunciou lucro de R$ 11,5 bilhões no trimestre, reforçando o bom momento dos grandes bancos. E, no setor de alimentos, foi aprovada a fusão entre BRF e Marfrig, criando a MBRF — uma gigante de R$ 152 bilhões em receita, sob controle de Marcos Molina.

1. 🇧🇷➡️🇺🇸 “Trump taxou, mas deu uma colher de chá”

A tal da tarifa de 50% e o Brasil dividido em 2

Hoje começa oficialmente a cobrança da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA — uma decisão que vinha sendo anunciada há semanas pelo ex-presidente americano Donald Trump. E como já é de praxe nesse tipo de medida internacional, o impacto não vem igual pra todo mundo. 😬

Dos cerca de 4 mil produtos brasileiros exportados para lá, quase 700 ficaram isentos da sobretaxa de 40%. Esses produtos, no entanto, ainda vão pagar uma tarifa mínima de 10%, ou seja, ninguém escapou completamente, mas teve gente que apanhou menos.

Agora, olha como a conta ficou desigual:

  • 🟢 Sudeste se deu “menos pior”: 50% das exportações da região escaparam da sobretaxa. Isso porque a região vende muito petróleo e produtos do agronegócio, que entraram na lista de isenções.

  • 🔴 Sul levou fumo: só 12% das exportações da região escaparam da sobretaxa. Isso porque o Sul é muito mais industrial e vende produtos como máquinas, equipamentos e manufaturados — justamente o tipo de coisa que os EUA querem taxar pra proteger a própria indústria.

Pra dar uma ideia da dimensão, só o Sudeste exportou US$ 28 bilhões para os EUA em 2024, ou seja, 73% do total nacional. Ou seja: mesmo quando Trump tenta dar uma rasteira no Brasil, é o Sudeste que escorrega menos. 🩴🇺🇸

🤔 E o governo, o que fez?

Lula descartou ligar para Trump. Disse que o republicano “não tem disposição para negociar” e que “não tem o direito de taxar como fez com o Brasil”.

A verdade é que, politicamente, essa ligação seria mesmo inútil. Trump está em plena campanha eleitoral e se apoiando em discursos duros contra governos de esquerda — bater no Brasil, nesse contexto, é mais um ato político do que econômico.

2. 🏛️ Brasil em transe: política, prisão e plenário ocupado

Se a relação com os EUA já estava pegando fogo, aqui dentro também não ficou mais calmo. Pelo contrário. A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, decretada por Alexandre de Moraes por violar a proibição do uso de redes sociais, desencadeou uma reação em cadeia no Congresso Nacional. 🔥📱

O que rolou:

  • Bolsonaro mandou um vídeo para apoiadores durante manifestação em Copacabana.

  • Moraes entendeu que isso violava as medidas cautelares.

  • Resultado: prisão domiciliar decretada.

Na sequência, deputados e senadores aliados ao ex-presidente ocuparam o plenário da Câmara e do Senado, impedindo os trabalhos. Entre os pedidos dos bolsonaristas:

  • Anistia para os envolvidos no 8 de janeiro;

  • Fim do foro privilegiado;

  • Impeachment de Alexandre de Moraes.

O clima está bem carregado em Brasília. O vice-secretário dos EUA, inclusive, chamou a prisão de Bolsonaro de "ditadura judicial" — sendo essa já a segunda crítica direta dos americanos ao STF brasileiro em poucos meses.

🧠 Análise de bar:

A tensão política interna, misturada com a pressão comercial externa, aumenta a percepção de risco institucional. Isso normalmente assusta investidores, mas até aqui o mercado reagiu de forma relativamente neutra, talvez por já estar anestesiado com o nível de ruído político no Brasil. Ou talvez esperando cenas dos próximos capítulos... 📺

3. 📉📈 Um alívio (por enquanto): a inflação implícita está caindo!

Agora, vamos sair um pouco da confusão política e olhar pra um dado que trouxe um alento pro mercado: a inflação implícita de 1 ano caiu de 7,2% para 4,12%. 🎯

Calma, vamos explicar.

🤓 O que é inflação implícita?

É a inflação “que o mercado acredita” que vai acontecer no futuro — ela é calculada a partir da diferença de preços entre títulos públicos prefixados e os atrelados à inflação. Uma espécie de termômetro da confiança.

A queda dessa expectativa se deve a três fatores:

  1. 📊 Postura conservadora do Banco Central: com juros ainda altos e sinalizações claras de que não vão baixar no curto prazo;

  2. 🧊 Surpresas benignas nos dados recentes de inflação, com alguns índices vindo abaixo do esperado;

  3. 💵 Estabilidade do dólar, que segue em R$ 5,50 — sem grandes sustos para cima.

🧠 O que isso significa pra você?

Se essa tendência continuar, é possível que o Banco Central comece a considerar cortes de juros no futuro, o que ajuda o crédito, o consumo e os investimentos. Mas calma: isso depende de muita coisa não desandar — inclusive Brasília. 📍

4. 🏦 Itaú nadando de braçada

Em meio a esse ambiente tenso, uma notícia chamou atenção pela força dos números: o Itaú reportou lucro de R$ 11,5 bilhões no segundo trimestre de 2025. Isso mesmo: bilhões. 💰🐋

Vamos aos detalhes:

  • Alta de 3,4% em relação ao trimestre anterior;

  • Alta de 14% sobre o mesmo período de 2024;

  • Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de impressionantes 23%.

Mas pera… como um banco lucra tanto assim?

Vários fatores:

  • Juros altos: com a Selic elevada, o spread bancário (diferença entre o que o banco paga e o que cobra) continua grande;

  • Inadimplência sob controle: o Itaú conseguiu manter a taxa de calote estável, mesmo com o crédito caro;

  • Receita com serviços: o banco continua ganhando bem com cartões, seguros, câmbio e assessoria de investimentos.

🧠 O que isso mostra?

Mostra que, num Brasil com juros altos e economia travada, os grandes bancos continuam sendo máquinas de lucro. Isso atrai investidores (ações do setor bancário são tradicionais nas carteiras), mas também levanta debate sobre concentração e competitividade do sistema financeiro brasileiro. 🤨

5. 🍗🐮 Fusão no prato: nasce a MBRF

No setor corporativo, depois de meses de expectativa, finalmente foi aprovada a fusão entre BRF (dona da Sadia e Perdigão) e Marfrig (gigante da carne bovina). Juntas, elas formam a MBRF, um novo colosso com R$ 152 bilhões de receita líquida. 🐓➕🐄 = 💣

O que muda com isso?

  • Cria uma das maiores empresas de proteína animal do mundo;

  • Une marcas fortes e uma malha logística que cobre quase todo o território nacional;

  • Ganha mais poder de barganha no exterior — inclusive em mercados como EUA e China.

O controle será do empresário Marcos Molina, da Marfrig, que passa a liderar a nova empresa.

E o mercado, gostou?

  • Ações da Marfrig subiram 4%;

  • Ações da BRF caíram 0,7%.

Essa reação desigual se explica porque a Marfrig passa a ser a controladora da nova companhia, enquanto a BRF será integrada. É como se a Marfrig tivesse comprado a BRF, na prática — embora legalmente tenha sido uma fusão.

📊 Conectando os pontos: o que tudo isso quer dizer pro investidor comum?

Se você não trabalha no mercado, mas gosta de entender o que está rolando, aqui vai a tradução do Brasil de 2025 em cinco bullets:

  1. 🇺🇸 As tarifas americanas chegaram, mas com algumas exceções — o que protege uma parte do agro e do petróleo, mas machuca a indústria;

  2. 🏛️ A política continua fervendo, agora com prisão domiciliar, plenário ocupado e tensão entre STF e EUA;

  3. 📉 A expectativa de inflação caiu, o que pode abrir espaço para cortes futuros nos juros — se o resto colaborar;

  4. 🏦 Os grandes bancos continuam lucrando pesado, enquanto boa parte do Brasil sofre com crédito caro;

  5. 🍗 Uma nova gigante de alimentos nasce da fusão BRF-Marfrig, com promessas e riscos.

🔮 E o que esperar?

O Brasil está num momento de pouco crescimento, mas muita emoção. O investidor precisa navegar por essas marés com cuidado — diversificando, evitando apostas emocionais e prestando atenção aos movimentos de Brasília, de Washington e de Wall Street.

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Até amanhã