Resumo de Hoje:
📈 Ibovespa em novo recorde, mas sem fôlego: O índice bateu 154 mil pontos pela manhã, mas devolveu parte dos ganhos e fechou com alta simbólica de 0,03%, em meio à piora das bolsas americanas.
💰 Copom mantém Selic em 15%: O Banco Central segurou os juros e adotou um tom menos duro, o que animou o mercado, mas ainda sem sinal claro de corte no curto prazo.
🌍 Wall Street em queda com cortes de empregos: Relatório mostrou o maior número de demissões em 20 anos nos EUA, derrubando Nasdaq (-1,9%) e pesando sobre o humor global.
🧠 China x EUA na corrida da inteligência artificial: CEO da Nvidia disse que a China vai vencer a disputa por IA, reacendendo tensões tecnológicas e geopolíticas entre as potências.
🛢️ Exportações e petróleo em queda: As vendas brasileiras aos EUA despencaram quase 38%, enquanto o petróleo Brent caiu para US$ 59,43, após corte de preços da Arábia Saudita.
O mercado brasileiro viveu um daqueles dias dignos de roteiro: o Ibovespa abriu em euforia, bateu recorde histórico aos 154 mil pontos, mas terminou o pregão de ressaca, com alta simbólica de 0,03%. A empolgação veio após o Copom manter a Selic em 15%, sinalizando um tom menos duro na política monetária, o suficiente para acender o otimismo matinal. Só que a alegria durou pouco: a piora em Wall Street, após dados mostrarem o maior corte de empregos nos EUA em 20 anos, esfriou o humor global.
Lá, o Nasdaq despencou quase 2%, arrastado por gigantes de tecnologia como Nvidia e Tesla, enquanto aqui Petrobras e Banco do Brasil seguraram o índice. No pano de fundo, a China e os EUA voltam a se estranhar na corrida pela inteligência artificial, o petróleo cai com a Arábia Saudita cortando preços, e as exportações brasileiras despencam quase 38% para o mercado americano. No fim, o Brasil sorri tímido em meio a um mundo trêmulo, um recorde histórico que soa mais como fôlego entre tempestades do que como sinal de calmaria.
📈 O dia em que a bolsa acordou animada (e dormiu de ressaca)
Logo na abertura, o Ibovespa bateu 154.352 pontos, o maior nível da história. É aquele momento em que o mercado acorda de bom humor, coloca uma roupa bonita e vai pra rua cantar “Deixa a vida me levar”.

Mas aí, como em toda novela, veio o plot twist: as bolsas americanas começaram a cair, o otimismo global evaporou e o Ibovespa perdeu parte da força, terminando o dia praticamente estável, com uma alta de 0,03%, aos 153.339 pontos. Ainda assim, foi o suficiente pra renovar o recorde.
O curioso é que a alta veio na contramão dos juros futuros, que subiram nos prazos curtos. Em bom português: parte do mercado achou que o Banco Central foi mais “bonzinho” na reunião do Copom, enquanto outra parte leu o mesmo comunicado e pensou “peraí, ainda tem lenha pra queimar”.

Essa confusão é típica de mercado. Cada investidor lê o mesmo texto como se fosse um horóscopo: um vê esperança, o outro vê alerta. O Copom manteve a Selic em 15%, e quem entende o básico de juros sabe: isso é alto pra caramba. Mas o tom foi menos agressivo, e só isso já deu esperança pra quem espera cortes lá na frente.
Durante a tarde, o clima azedou lá fora e, como sempre, o Brasil foi no embalo. A Nasdaq despencou, puxada pelas gigantes de tecnologia, e o investidor gringo fez o que sabe fazer melhor: pegou o dinheiro e correu pro dólar.
Ainda assim, a bolsa brasileira mostrou força. Sabe aquele aluno que, mesmo com barulho na sala, consegue terminar a prova? Foi o Ibovespa ontem.
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💰 Copom: firme, mas não intransigente
Em decisão ontem à noite, o Banco Central manteve a Selic em 15% ao ano, no maior patamar desde 2006, com o mercado reagindo hoje. É como se dissesse: “não vou apertar mais, mas também não vou relaxar”.

Pro cidadão comum, isso pode soar distante, mas a Selic é tipo o sol da economia: ilumina (ou queima) tudo. Juros altos seguram a inflação, mas travam o crédito, encarecem o financiamento, freiam o consumo.
O Copom sinalizou que a atividade econômica começa a esfriar e que a inflação está mais comportada. Traduzindo: o plano está funcionando, mas ninguém quer cantar vitória cedo demais. O tom “menos hawkish” (menos inclinado a apertar os juros) foi o que animou o mercado de manhã.
A dúvida é até quando a Selic vai continuar nesse nível. Enquanto o Brasil segura a taxa, lá fora o Federal Reserve, o “Banco Central dos Estados Unidos”, vive um impasse parecido. E a brincadeira é que, quando o Fed espirra, o mundo inteiro pega um resfriado.
Por enquanto, tanto lá quanto cá, os bancos centrais estão no modo “esperar pra ver”. E, no mercado, paciência é uma palavra cara: cada vírgula vira motivo pra subir ou cair bilhões.

🌍 O mundo tropeçando: e o Brasil tentando dançar no meio
Nos Estados Unidos, o noticiário foi daqueles que tiram o sono. Um relatório da Challenger, Gray & Christmas mostrou que mais de 150 mil empregos foram cortados em outubro, o pior outubro em 20 anos.

O mercado, que já andava nervoso com as ações de tecnologia, entrou em pânico: Nvidia, Tesla, AMD, Qualcomm, todas despencaram. A Nasdaq caiu quase 2%, e o resto foi junto.


Por que isso importa pra gente? Porque o dinheiro estrangeiro que vem pro Brasil é o mesmo que está lá fora. Se o investidor americano vê risco, ele tira do emergente primeiro. É tipo aquele amigo que, quando sente o barco balançar, é o primeiro a nadar pro cais.
Mas nem tudo foi tragédia: aqui, Petrobras e Banco do Brasil seguraram a onda. As ações da petroleira subiram antes do balanço (que sai à noite), e o BB teve alta de 1,11%, mesmo com o resto dos bancos apanhando. Já Vale caiu 0,35%, empurrada pelo minério de ferro em queda.
Maiores altas da bolsa brasileira hoje

O que o gringo enxerga? Um Brasil ainda barato e com juros altos. Isso atrai. Mas, ao mesmo tempo, vê um mundo meio cambaleando, com inflação que cede devagar e um cenário geopolítico confuso. É por isso que o nosso mercado sobe devagarinho, tipo quem anda com o freio de mão puxado.
Maiores quedas da bolsa brasileira hoje

🧠 O duelo da inteligência (artificial e geopolítica)
No meio do caos, uma fala roubou a cena: o CEO da Nvidia, Jensen Huang, disse ao Financial Times que “a China vai vencer a corrida da inteligência artificial”. E o motivo, segundo ele, é simples: energia mais barata e menos regulação.
A declaração veio logo depois de o governo americano proibir novamente a Nvidia de vender seus chips mais avançados pra China. A tensão entre os dois países está tão acirrada que parece briga de condomínio: um tenta impor regra, o outro contorna pela garagem.

Por trás dessa disputa está algo muito maior: o controle da próxima grande revolução tecnológica. A IA não é mais brincadeira de laboratório, é poder econômico, militar e político.
E o que isso tem a ver com o Brasil? Tudo. Porque cada vez que EUA e China se desentendem, o mundo inteiro sente. Nossa economia depende das duas: vendemos soja e minério pra China, e captamos investimento dos EUA. Se um briga com o outro, a gente fica no meio, tentando não ser atingido.
Esse cenário global ajuda a explicar por que o petróleo também caiu: Brent fechou a US$ 59,43 o barril, depois que a Arábia Saudita reduziu preços e reacendeu o medo de excesso de oferta.
Em resumo: o mundo está cheio de sinais mistos. A tecnologia despenca, o petróleo cai, e os bancos centrais esperam. Parece o momento em que o DJ abaixa o som pra ver se a pista ainda tem fôlego.
📦Brasil real: exportações caindo, empresas se mexendo
Enquanto isso, aqui dentro, tem história boa e ruim.
A boa: algumas empresas estão voando. A Rede D’Or, por exemplo, subiu 8,36% depois de divulgar um resultado forte, com margem EBITDA de 26,7%, acima das projeções. A ruim: a Minerva despencou 13,5%, num movimento de realização e resultado pontual mais fraco.
E tem mais um detalhe que movimentou o mercado: o Senado aprovou o PL 1.087/2025, que pode gerar uma onda de distribuição de lucros até 31 de dezembro. As empresas que quiserem pagar dividendos com as regras antigas precisam correr, e o mercado adora quando pinga dividendo na conta.
Mas o pano de fundo é outro: o Brasil exportou 37,9% menos pros EUA em outubro. É queda feia, e não dá pra culpar só tarifa. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, até produtos com imposto zero caíram. Isso mostra que a demanda americana está mais fraca, e quando o maior comprador do mundo perde fôlego, o reflexo vem rápido.

Essa mistura de notícias boas e ruins é o retrato fiel do momento: o mercado não está em crise, mas também não está em festa. Está naquele estado intermediário entre “tá tudo bem” e “mas pode piorar”.
🔎 Fechando a conta
No fim das contas, o Brasil segue aquele ditado: “a gente não é os Estados Unidos, mas também não é mais aquele país que desaba ao primeiro vento”.
Temos bolsa recorde, juros altos, inflação controlada, mas uma economia que ainda anda em passo de tartaruga. Lá fora, os gigantes da tecnologia tropeçam, os bancos centrais hesitam e a geopolítica ferve.
Por aqui, o investidor olha o cenário e pensa: “tá difícil, mas já foi pior”. E é bem isso mesmo, já foi pior. O Brasil segue com todos os seus defeitos, mas com uma estrutura de mercado cada vez mais sólida.
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Até mais tarde!


