Café com seu dinheiro: 11/06

"A imaginação é mais importante que o conhecimento, porque o conhecimento é limitado, ao passo que a imaginação abrange o mundo inteiro." - Albert Einstein

Resumo de hoje:

  • 📉 Inflação desacelera, mas ainda preocupa

  • 🏛 Política fiscal: sinal do Executivo, paralisia no Legislativo

  • 🌍 Lá fora: trégua comercial e alerta de freio global

  • 📉 Produção de petróleo dos EUA deve cair em 2025

A terça-feira, 10 de junho, amanheceu com uma daquelas notícias que mudam o humor dos mercados: a inflação deu uma trégua. O IPCA de maio subiu apenas 0,26%, bem abaixo dos 0,43% registrados em abril. E isso fez toda a diferença. O que segurou os preços? Uma combinação de fatores: o real mais valorizado, que torna os produtos importados mais baratos, e elementos sazonais, como a redução nos preços de alimentos, energia e combustíveis.

O Ibovespa, que vinha em uma sequência de quatro quedas consecutivas, finalmente encontrou forças para subir. O principal índice da bolsa brasileira avançou 0,54%, fechando aos 136.436 pontos. Foi uma alta modesta, mas significativa, principalmente por ter vindo em um cenário de alívio inflacionário e com investidores retomando alguma confiança.

O dólar, por sua vez, subiu 0,14%, encerrando o dia cotado a R$ 5,57. A leve valorização da moeda americana foi vista como um movimento técnico, resultado de ajustes após uma sequência de quedas recentes. No geral, o cenário de câmbio segue favorável ao Brasil, com juros altos atraindo capital estrangeiro.

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💣 No Brasil: inflação cede, mas Brasília trava tudo

O Brasil acordou com uma boa notícia: o IPCA de maio desacelerou para 0,26%, abaixo dos 0,43% de abril. Um alívio, sem dúvida. Parte disso se explica pelo real mais valorizado, que barateia os produtos importados, e por fatores sazonais — como a queda nos preços dos alimentos e da energia. Foi como se o mercado tivesse recebido um copo d’água gelada depois de caminhar no deserto.

Mas antes de comemorar como se estivéssemos livres do problema, vale a ressalva: a inflação acumulada em 12 meses ainda está em 5,32%, quase o dobro da meta de 3%. Isso significa que o custo de vida continua pesando no bolso, e o Banco Central segue em posição defensiva. A trégua pode ser passageira, e a qualquer sinal de desequilíbrio fiscal ou aumento de consumo, os preços podem voltar a acelerar.

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🏛 Política fiscal: o Executivo promete, o Legislativo não entrega

Enquanto os dados econômicos dão algum alento, o cenário político volta a jogar nuvens no horizonte. O ministro Fernando Haddad afirmou que o governo irá garantir o superávit fiscal em 2026 com novas medidas. Mas não detalhou como. No mundo dos investimentos, promessa sem plano concreto é como mapa sem bússola — ninguém segue com confiança.

No Congresso, propostas cruciais estão travadas. A tentativa de acabar com os supersalários no setor público? Parada. A redução no valor das emendas parlamentares, que engessam o orçamento e aumentam os gastos obrigatórios? Também encostada.

Resultado: mesmo com inflação em queda no mês, a incerteza fiscal permanece como uma âncora amarrada ao tornozelo da confiança dos investidores. O país até tem capacidade de correr, mas fica tropeçando nos próprios cadarços

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🌍 Lá fora: paz temporária, mas risco de desaceleração

Do outro lado do planeta, os sinais também são mistos. Por um lado, tivemos a tão esperada notícia de que EUA e China chegaram a um acordo parcial sobre tarifas, especialmente em setores estratégicos como semicondutores e automóveis. Isso trouxe alívio aos mercados, que vinham precificando uma possível reedição da guerra comercial iniciada em 2018.

Por outro lado, o Banco Mundial revisou para baixo o crescimento global previsto para 2025, de 2,8% para 2,3%. Nos EUA, a expectativa despencou de 2,8% para 1,4%. A explicação? A política de tarifas, combinada com juros altos e instabilidades regionais, já começa a cobrar um preço.

É como se o mundo estivesse dizendo: “ok, estamos evitando colisões, mas com isso vamos ter que reduzir a velocidade”. Um crescimento menor global significa menos demanda, menos exportação, menos giro na economia — e, claro, menos impulso para países emergentes como o Brasil.

📉 Produção de petróleo dos EUA vai cair: o que isso significa?

Outro dado que chamou a atenção foi o anúncio de que a produção de petróleo nos Estados Unidos deve recuar em 2025, pela primeira vez desde a pandemia. E isso não é um detalhe. Os EUA se tornaram os maiores produtores do mundo nos últimos anos, e uma queda nesse volume mexe com o equilíbrio global dos preços da energia.

A redução da oferta pode levar a preços mais altos do barril de petróleo, o que pressiona a inflação global — especialmente para países que dependem da importação do combustível. Ao mesmo tempo, é um reflexo da desaceleração econômica americana: com crescimento menor, há menos demanda por energia e menos incentivo para expandir a produção.

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