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Café com seu dinheiro: 12/06
"Impossível é só questão de opinião." - Chorão
Resumo de hoje:
💸 A canetada do governo: fim das isenções e mais impostos
📈 Bolsa sobe no fio da navalha e o juro volta ao radar
🏛 Lá fora: trégua comercial, mas riscos à vista
🪙 Ouro vira o novo euro?
💻 Tecnologia em ebulição
A quarta-feira começou com o mercado tentando entender onde estava pisando. Depois de alguns dias animados com sinais de trégua na inflação, os investidores foram surpreendidos por um novo capítulo do drama fiscal brasileiro.
Uma nova medida provisória, assinada pelo governo, caiu como uma bomba no mercado financeiro. A intenção era boa — equilibrar as contas públicas e mostrar compromisso com a responsabilidade fiscal. Mas a execução reacendeu uma velha preocupação: o embate entre o Executivo e o Legislativo.
E como sempre acontece nesse tipo de conflito, quem fica no meio do fogo cruzado é o investidor, que vê o risco fiscal crescer e já começa a recalibrar suas expectativas sobre juros, inflação e crescimento.
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💸 O governo foi pro tudo ou nada: corta isenções, sobe impostos e irrita o Congresso
O plano do governo era mostrar firmeza. Para tentar aumentar a arrecadação e reduzir o déficit, foi publicada uma medida provisória que muda completamente o jogo para os investidores. A MP acaba com a isenção de impostos sobre aplicações em LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures incentivadas — instrumentos que até então eram isentos e muito procurados por quem busca segurança na renda fixa.
De acordo com o ministro Fernando Haddad, essas isenções custam cerca de R$ 41 bilhões por ano aos cofres públicos. Em uma fala emblemática, ele comparou esse valor ao custo de três programas Farmácia Popular — ou seja, sinalizou que é preciso escolher entre beneficiar o mercado ou a população carente.
A MP ainda:
Aumenta a tributação dos juros sobre capital próprio (JCP), de 15% para 20%
Eleva a CSLL (contribuição social sobre lucro líquido) de seguradoras e instituições de pagamento de 9% para 15%
Reajusta a tributação sobre casas de apostas (as famosas "bets"), de 12% para 18% da receita líquida
No papel, o plano é arrecadar R$ 10 bilhões já em 2025 e dobrar esse valor em 2026. Só que o efeito colateral foi imediato: reação dura do Congresso, que classificou a medida como mais uma tentativa de empurrar a conta para a sociedade.
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🔥 Brasília fervendo: bate-boca, microfone cortado e clima de ruptura
O ambiente político em Brasília não poderia estar mais inflamável. Pela segunda vez em menos de quinze dias, uma audiência com ministros do governo terminou em confusão: gritos, bate-boca, ofensas e microfones desligados. A cena parecia mais um reality show do que uma reunião entre poderes. O Congresso não quer mais saber de novos impostos sem cortes de gastos. E o governo, por outro lado, insiste que precisa de receita para manter programas sociais e investimentos.
O mercado assistiu a tudo com apreensão. Afinal, se a relação entre Executivo e Legislativo continuar assim, qualquer tentativa de reforma estrutural ou ajuste fiscal profundo estará fadada ao fracasso. Isso levanta dúvidas sobre o futuro da economia, da dívida pública e da trajetória dos juros.
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📈 Bolsa sobe no fio da navalha e o juro volta ao radar
Mesmo com esse cenário de instabilidade, o Ibovespa conseguiu fechar em alta de 0,54%, graças ao desempenho positivo de ações específicas como TIM e Petrobras. O dólar ficou praticamente estável, e o mercado de juros futuros já voltou a precificar uma possível alta da Selic, dependendo de como evoluir o risco fiscal e as sinalizações do Banco Central.
O problema é que o ambiente de incerteza mina o apetite ao risco. Investidores começam a tirar o pé de ativos mais voláteis e buscar portos seguros, como títulos públicos indexados à inflação ou prefixados com retornos acima de 13% ao ano. A preocupação com o equilíbrio das contas públicas passou a ser central novamente.
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🌍 Lá fora: trégua comercial com a China e guerra fiscal nos EUA
Enquanto o Brasil lidava com sua própria crise política, nos EUA, Donald Trump comemorava um acordo comercial parcial com a China, garantindo o fornecimento de terras raras em troca de tarifas fixas de 55%. Foi uma jogada estratégica para tentar diminuir tensões e mostrar poder em ano eleitoral.
Por outro lado, o dólar global (DXY) caiu 9% no acumulado do ano, mesmo com a redução dos riscos comerciais. Os grandes bancos — como Goldman Sachs, Bank of America e JPMorgan — mantêm suas apostas na fraqueza da moeda americana, citando o crescente déficit fiscal e a pressão política para cortar juros, que vêm sendo reforçadas por Trump.
🪙 O ouro voltou a brilhar
Nessa dança de incertezas, um velho conhecido voltou ao centro do palco: o ouro. Pela primeira vez na história recente, o metal precioso ultrapassou o euro como segundo principal ativo de reserva global.
Hoje, 20% das reservas dos bancos centrais do mundo estão em ouro, contra 16% em euro. É um claro sinal de que, num cenário de dúvidas sobre moedas, déficits e inflação, o mercado volta a buscar segurança no que é sólido — literalmente.
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Até amanhã