Café com seu dinheiro: 12/08/2025

Mercado segue cauteloso com juros em queda, dólar em alta, energia mais cara e investidores ainda preferindo renda fixa.

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Resumo de hoje:

  • 📉 Mercado financeiro em leve queda – Ibovespa recua, dólar sobe e juros futuros continuam caindo com expectativa de corte na Selic.

  • 🌏 Trégua comercial EUA x China – Gigantes prorrogam pausa tarifária, mas Brasil perde chance de renegociar tarifas com os EUA após reunião cancelada.

  • 💸 Bolsa Família em debate – Estudo da FGV aponta impacto positivo social, mas alerta para redução na participação no mercado de trabalho e necessidade de ajustes.

  • Conta de luz mais cara – Aneel prevê reajuste médio de 6,3% em 2025, acima da inflação projetada, pressionando famílias e empresas.

  • 📈 Investidor brasileiro mais conservador – Renda fixa lidera com R$ 2,8 trilhões sob custódia, enquanto bolsa mantém 5,4 milhões de investidores.

    Perguntar ao ChatGPT

O mercado financeiro brasileiro fechou ontem em clima de cautela: o Ibovespa caiu 0,21%, acompanhando o desempenho negativo das bolsas americanas, enquanto o dólar subiu 0,14%, a R$ 5,44. Os juros futuros, no entanto, seguem em queda, com o DI para 4 anos recuando para 13,19%, refletindo expectativas de corte da Selic — hoje em 15% — para cerca de 13% no fim de 2026, impulsionadas por um cenário inflacionário mais controlado. No exterior, EUA e China prorrogaram por 90 dias a trégua tarifária, aliviando tensões comerciais, mas a tentativa do Brasil de renegociar tarifas de exportação para os EUA travou após o cancelamento de reunião entre Fernando Haddad e o secretário do Tesouro americano. No campo interno, estudo da FGV apontou que o Bolsa Família, embora tenha melhorado indicadores sociais, reduziu a participação no mercado de trabalho e precisa de ajustes para evitar distorções.

No dia a dia do brasileiro, a Aneel elevou de 3,5% para 6,3% a previsão de alta da conta de luz em 2025, acima da inflação projetada, pressionando orçamentos e custos empresariais. Já nos investimentos, dados da B3 e da Anbima mostram que a renda fixa segue como a preferida, com 100 milhões de CPFs e R$ 2,8 trilhões sob custódia, enquanto a bolsa mantém 5,4 milhões de investidores e R$ 588 bilhões investidos. O total aplicado pelos brasileiros atingiu R$ 7,9 trilhões, alta de 14% em um ano. O cenário combina expectativas de juros mais baixos com pressões de custos e incertezas externas, deixando investidores e empresas entre a cautela e a preparação para aproveitar possíveis oportunidades.

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📉 1. O humor do mercado: Ibovespa, dólar e juros

Ontem, o Ibovespa escorregou 0,21%, acompanhando o mau humor das bolsas americanas. Nada de tombo cinematográfico, mas aquele tropeço chato, tipo quando você bate o mindinho do pé na quina da cama. Já o dólar subiu 0,14%, fechando a R$ 5,44 — também sem grandes sustos, mas suficiente para fazer quem está planejando viagem pro exterior repensar o tamanho da mala.

Enquanto isso, os juros futuros continuam aquela descida lenta, mas firme. O DI para 4 anos caiu para 13,19%, vindo de 13,57% no começo do mês. E isso importa por quê? Porque o mercado tá cada vez mais acreditando que a Selic (hoje em 15%) pode começar a cair antes do previsto.
Pra quem não é do ramo: juros futuros são como aquele "spoiler" que o amigo dá antes de você ver a série — já indicam o que todo mundo acha que vai acontecer. E o "spoiler" de hoje diz que a taxa deve fechar o ano que vem em torno de 13%.

📌 Análise de botequim (mas com fundamento)
O que tá puxando essa expectativa de queda não é otimismo sem base — é o cenário inflacionário mais tranquilo e sinais de arrefecimento na economia. Se os preços sobem menos e o consumo perde ritmo, o Banco Central não precisa manter o freio tão pressionado.
Traduzindo: juros menores no futuro = crédito mais barato = mais espaço para empresas e consumidores respirarem. Mas, como sempre no Brasil, essa novela pode ter plot twist.

🌏 2. Trégua comercial EUA x China: “Paz” com prazo de validade

As duas maiores economias do mundo decidiram dar mais 90 dias de sossego na briga tarifária. EUA e China concordaram em reduzir aumentos de tarifas e aliviar restrições em exportações de terras raras e algumas tecnologias estratégicas.

🎯 Por que isso importa pra gente?
Porque guerra comercial entre gigantes mexe com tudo: do preço do minério que a Vale vende, ao custo do celular que você compra na Black Friday. Menos tarifas = menos pressão nos custos globais, o que ajuda a manter a inflação sob controle no mundo todo (inclusive aqui).

📌 O detalhe que chama atenção
O Brasil tentou aproveitar essa maré e negociar com os EUA a redução da tarifa de 50% sobre exportações brasileiras. Estava marcada uma reunião entre Fernando Haddad (ministro da Fazenda) e o secretário do Tesouro americano, mas… foi cancelada.
Segundo o próprio Haddad, o motivo teria sido articulação de forças de extrema-direita junto à Casa Branca. Polêmicas à parte, o ponto é que ficamos sem a chance de avançar na negociação, e isso pode custar caro para o nosso agronegócio e indústria.

📊 Impacto potencial
Se essa tarifa de 50% cai, exportar para os EUA fica mais competitivo — mais dólares entram no país, dólar tende a cair, balança comercial melhora. Mas com a negociação travada, seguimos com um pé no freio.

💸 3. Bolsa Família: efeito no trabalho e o debate da “recalibragem”

Saiu um estudo da FGV que acendeu debate quente sobre o Bolsa Família. O programa, que custava R$ 35 bilhões por ano e atendia 14 milhões de famílias em 2019, hoje gasta R$ 170 bilhões e atende 21 milhões de famílias — um salto de 50% no público e 3,5x no benefício médio (de R$ 190 para R$ 670).

📌 O dado polêmico: para cada 2 famílias que entram no programa, 1 deixa o mercado de trabalho.
Isso não significa que o programa seja ruim — muito pelo contrário, os indicadores sociais (como redução da pobreza extrema e aumento da frequência escolar) melhoraram muito. O que os pesquisadores defendem é recalibrar: manter o benefício, mas ajustar regras para evitar que ele desestimule a busca por emprego.

🎯 O dilema econômico
Programas de transferência de renda têm um efeito duplo: no curto prazo, aliviam a pobreza e movimentam a economia (dinheiro na mão do povo é gasto no comércio local, por exemplo). Mas no longo prazo, se mal calibrados, podem reduzir a oferta de mão de obra e dificultar o crescimento sustentável.

💡 Possíveis caminhos

  • Criar regras mais claras de transição, onde o benefício diminui gradualmente à medida que a renda sobe (evitando “perda seca” para quem aceita um emprego).

  • Vincular parte do benefício a programas de qualificação profissional.

  • Monitorar com mais precisão casos de fraude.

⚡ 4. Conta de luz e o fantasma do reajuste acima da inflação

A Aneel revisou para cima sua projeção de reajuste médio das tarifas de energia: de 3,5% para 6,3% em 2025. Isso quer dizer que, na média, a conta de luz vai subir mais que o IPCA projetado (5%).

📊 Por que isso importa tanto

  • Energia mais cara pressiona o custo de produção das empresas → preços sobem → inflação aumenta.

  • Para as famílias, representa menos dinheiro disponível para outros gastos.

  • O impacto é regressivo: famílias mais pobres sentem mais, pois energia é um gasto fixo e difícil de cortar.

💡 Fatores que explicam o aumento

  • Custos de geração e transmissão subiram.

  • Chuvas irregulares afetaram o uso de hidrelétricas, aumentando a dependência de fontes mais caras.

  • Contratos de energia atrelados a índices que subiram mais que a inflação oficial.

📌 Efeito macroeconômico
Se a energia sobe acima da inflação, o Banco Central pode ficar mais cauteloso para cortar juros rapidamente — afinal, energia pesa bastante no índice. É aquele clássico "um passo pra frente e meio pra trás" da política monetária.

📈 5. O brasileiro e seus investimentos: o amor pela renda fixa

Dados da B3 e da ANBIMA mostram que o brasileiro está cada vez mais investidor — mas com o pé no chão.

📌 Números que chamam atenção

  • Renda fixa: 100 milhões de CPFs, R$ 2,8 trilhões sob custódia, crescimento de 20% no trimestre.

  • Ações: 5,4 milhões de investidores, R$ 588 bilhões sob custódia.

  • Total: R$ 7,9 trilhões investidos, alta de 14% em um ano.

🎯 O que isso diz sobre o momento
Com juros ainda altos, a renda fixa virou queridinha: oferece retorno previsível e seguro. Já a bolsa, apesar de ter espaço para crescer, continua atraindo menos gente — reflexo de um investidor que prefere evitar emoção.

💡 Oportunidade à vista
Se a Selic realmente cair para 13% ou menos, parte desse dinheiro pode migrar para ativos mais arriscados, como ações e fundos imobiliários. Quem estiver preparado pode aproveitar essa onda — mas sem esquecer que risco e retorno andam juntos.

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Até amanhã