Resumo de Hoje:

  • 📈 Bolsas globais divididas: Dow Jones renova recorde histórico enquanto o Nasdaq cai, puxado pelo receio de bolha nas empresas de tecnologia.

  • 💼 Emprego nos EUA enfraquece: dados da ADP mostram desaceleração nas contratações e aumentam as apostas de corte de juros pelo Fed.

  • 🇧🇷 Brasil em maré boa: Ibovespa engata a 12ª alta consecutiva, o real se valoriza e o mercado já precifica início da queda da Selic em 2026.

  • 🏦 Empresas surpreendem: Gol volta ao lucro, B3 cresce e bancos avançam com resultados acima das expectativas.

  • 🍽️ Mudança no vale-refeição: novo decreto do governo reduz taxas, acelera repasses e promete mais concorrência no setor.

O mercado global viveu um daqueles dias em que o noticiário parece roteiro de filme: enquanto o Dow Jones renovava recordes históricos embalado pelo otimismo com o fim do shutdown nos EUA, o Nasdaq escorregava com o medo de uma bolha nas empresas de tecnologia. No pano de fundo, dados mais fracos de emprego americano alimentaram apostas de corte de juros pelo Fed, derrubando o dólar e reacendendo o apetite por risco, movimento que chegou com força ao Brasil. Por aqui, o Ibovespa emplacou a 12ª alta consecutiva, o real firmou-se entre as moedas de melhor desempenho do dia e o mercado já fala em virada da Selic em 2026. No meio disso tudo, empresas celebram lucros robustos, o governo mexe nas regras do vale-alimentação e o investidor tenta entender se o que vem pela frente é um novo ciclo de bonança ou apenas a calmaria antes da próxima ressaca.

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Sure, if you held your stocks since the dotcom bubble, you would’ve been up—eventually. But three years after the dot-com bust the S&P 500 was still far down from its peak. So, how else can you invest when almost every market is tied to stocks?

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O barco das bolsas nos EUA: sol, vento e nuvens aperreando

Imagine que a economia norte-americana é um veleiro grande cruzando o Atlântico. Hoje, ele está com boa aparência, mas com umas nuvens no horizonte que fazem a gente ficar de olho. No porto, em Nova York, as bolsas deram aquela acelerada: o Dow Jones Industrial Average subiu 1,18%, bateu recorde histórico de fechamento, subindo para 47.927,96 pontos. Já o S&P 500 avançou 0,21%. Mas o brilho ficou um pouco apagado no setor de tecnologia: o Nasdaq Composite caiu 0,25%.

O que está por trás desse misto de festa + sobressalto?

  • O setor de tecnologia está respondendo: algumas empresas ligadas à inteligência artificial e hardware, que vinham sendo idolatradas, receberam um puxão de orelha. Por exemplo, a SoftBank Group Corp. vendeu toda a participação na Nvidia Corporation (que recuou ~2,96%).

  • A CoreWeave Inc., empresa menor mas com risco de contágio, alertou que suas receitas ficarão abaixo do esperado, e suas ações despencaram ~16,31%.

  • Ao mesmo tempo, o fato de se vislumbrar o fim da paralisação parcial do governo americano (“shutdown”) trouxe alívio para os investidores, ajudando a afastar a queda maior.

Então: o veleiro está acelerando, mas o “mar” (entenda mercado + tecnologia + expectativas) dá sinais de ondulação. Para quem está em terra firme (ou seja, você, eu, quem não trabalha diretamente no mercado), isso importa porque quando o veleiro sacode, pode haver reflexos, crédito que aperta, confiança que balança, empresas que reavaliam planos.

Emprego nos EUA: o motor que parece estar resmungando

Vamos fechar o zoom e olhar para o motor desse veleiro americano: o mercado de trabalho. Porque se o motor tosse, o barco pode perder velocidade mesmo que o vento ainda sopre. Os dados da Automatic Data Processing, Inc. (ADP) mostraram que, nas quatro semanas encerradas em 25 de outubro, as empresas privadas americanas cortaram em média 11.250 vagas por semana.

Traduzindo para o papo de calçada: o mercado de trabalho estava “bombando”, com todo mundo contratando, mas agora está como aquele vendedor de água de coco que vê o calor cair: se vender menos, contrata menos, vira economia mais “tranquila”.
Isso importa porque:

  • Menos vagas significa menos gente entrando na roda, menos renda nova, menos consumo fresco.

  • Menos consumo implica menos faturamento para empresas, que contratam menos ou investem menos.

  • E para o banqueiro central (lá nos EUA: o Federal Reserve), emprego mais fraco dá folga para baixar juros, ele pensa: “se o motor está fraco, posso afrouxar o aperto”.

E de fato: o dólar caiu após o dado, porque moeda forte como o dólar tende a subir quando a economia está firme, e nessa parece que o dólar perdeu um pouco da fúria.
Para quem está de fora: o motor do gigante americano mostra sinais de desgaste, e isso repercute no mundo inteiro, porque a economia global está conectada. Se o motor vacila, o barco treme.

Brasil pegando vento: bolsa sobe, dólar dá folga, e juros começam a ser cobiçados

Agora vamos atravessar o Atlântico e dar uma biscada no quintal de casa, o Brasil. Aqui o cenário parece estar mais para passeio de barco em dia de sol do que tempestade. Nosso principal índice, o Ibovespa, bateu recorde após recorde: entrou em alta, fechou em 157.749 pontos, alta de 1,60% no dia. O dólar à vista caiu cerca de 0,64%, cotado em R$ 5,2727, chegando ao menor patamar desde junho de 2024.

Por que isso está acontecendo?

  • A inflação no Brasil está mais sob controle do que se esperava, o que dá confiança para o mercado.

  • O Banco Central do Brasil sinalizou que os 15% da Selic podem já estar “fazendo serviço suficiente” para convergir a inflação à meta, ou seja: parece haver espaço para a “manobra de redução”.

  • Investidores estrangeiros olham e pensam: “opa, esse barco parece navegando direito”, então aportam.

Para você que está relaxando no sofá ou na rede: isso pode se traduzir em boas pistas para o emprego, para o crédito, para a economia “amiga” de quem consome e trabalha, não apenas para os grandes investidores.
Mas atenção: como sempre, não é sol eterno, há alertas:

  • Apesar da queda do dólar agora, analistas estimam que até o fim do ano ele possa subir (real se depreciar) para R$ 5,40-5,50.

  • Apesar do otimismo, os juros ainda estão altos; redução ainda não foi confirmada.

  • Mesmo que a bola esteja rolando bem hoje, uma mudança de vento externo (como o motor dos EUA falhando) pode balançar tudo.

Juros no Brasil: quando essa manobra vai de fato começar?

Lembra da manobra: vela ajustada, motor pronto, vento a favor, e agora estamos falando da manobra central que todo mundo comenta: a queda de juros. A Selic está em 15% ao ano, alta para muitos padrões, e o Copom está dizendo que esse nível pode estar “suficiente”.

O que o mercado acha: que os cortes de juros no Brasil podem começar em breve. A casa de análise Santander Brasil estima um primeiro corte de 0,5 ponto percentual em janeiro de 2026.

Por que isso afeta você?

  • Juros altos significam que financiamento de carro, imóvel, crédito em geral fica caro, se caírem, pode abrir espaço.

  • Empresas caminham mais confiantes quando juros estão “domados”, isso pode gerar empregos, expansão.

  • Contudo: corte não é automático, nem imediato; pode demorar e exige que inflação continue controlada.

Então, estamos no momento “pré-manobra”, vela esticada, barco pronto, tudo alinhado, mas a ordem para “soltar” ainda não foi dada (ou pelo menos não completamente). Nesse meio-tempo, vale manter os olhos bem abertos: inflação internacional, câmbio, empregos nos EUA, tudo pode mexer o leme.

Negócios, escândalos e aquela alteração no vale-alimentação que talvez você note no café

Pra fechar o papo, vamos para o “lado real”, histórias que tocam nosso dia-a-dia, que às vezes a gente ignora porque parecem “coisa de banco” ou “coisa de empresa grande”, mas que têm ecos nos trocados que entram ou saem do nosso bolso.

a) Empresas que dão show

  • A Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A. fechou o 3º trimestre com lucro de R$ 248 milhões, surpreendendo, porque um ano antes tinha perda de R$ 1,4 bilhão. Receita líquida de R$ 5,5 bilhões (+11,6%). Transporte de passageiros sozinho: R$ 5 bilhões (+12,4%).

  • A B3 – Brasil, Bolsa, Balcão obteve lucro de R$ 1,2 bilhão (+3,5% vs ano anterior). Receita de R$ 2,8 bilhões (+2%). A empresa também adquiriu fintechs, empresas de tecnologia e lançou novos produtos.

Isso mostra que parte da economia brasileira está “funcionando direito” e quando a economia funciona, emprego e oportunidades tendem a aparecer.

b) Escândalo estilo “filme de ação”

A chinesa Zhimin Qian foi condenada em Londres a 11 anos e 8 meses por fraudar investimentos em bitcoin e lavar US$ 6,4 bilhões. Sim, parece história de filme, mas serve como lembra-te de que o “mercado financeiro”, “tecnologia”, “criptomoedas” têm risco real, e nem tudo que reluz é ouro.

c) Reforma que talvez toque no seu bolso

O governo brasileiro assinou decreto alterando o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Principais mudanças: teto de 3,6% para taxa MDR, 2% para tarifa de intercâmbio; pagamento aos restaurantes em até 15 dias (hoje ~30); arranjos de pagamento com +500 mil trabalhadores abrirão para novas empresas em 180 dias; interoperabilidade entre bandeiras em 360 dias.

Tradução simples: se você trabalha, recebe vale-refeição ou alimentação, ou frequenta restaurante com vale-refeição, essas mudanças podem fazer com que as taxas cheguem menores, os repasses mais rápidos, e possivelmente uma melhora nos serviços.

Finalizando…

Hoje a visão é de otimismo com cautela. O Brasil está navegando com bom vento, mas isso não significa que se pode largar o leme. Se você está vendo “notícias de bolsa”, “dados de emprego lá fora” ou “nova regra do vale-refeição”, saiba: nada disso é conversa distante, é o pano de fundo do seu dia a dia, da padaria ao contracheque.

O preço do café, o aluguel, o crédito que aperta ou afrouxa, tudo é economia respirando no seu pescoço, mesmo quando você não percebe. E, como qualquer bom marinheiro, quem entende o vento, se antecipa à onda.

Como disse John Maynard Keynes: “O difícil não é aceitar novas ideias, mas abandonar as velhas.”

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Até mais tarde!

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