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Café com seu dinheiro: 13/06
"A vida é bela, mas só pra quem tem coragem." - Cazuza
Resumo de hoje:
💣 “Taxhaddad” ataca novamente: menos compensação, mais arrecadação
⚖️ Congresso reage ao aumento do IOF
🌍 Lá fora: tensão militar e protecionismo à vista
✈️ Tragédia com Boeing derruba ações
Se o mercado financeiro fosse um personagem de novela, ontem ele teria acordado cedo, tomado um café preto bem amargo, aberto os jornais e dito: “Tudo bem, a gente vai pra frente, mas com o pé no freio.”
Mesmo diante de um cenário turbulento, repleto de ruídos fiscais, tensão entre os Três Poderes e conflitos geopolíticos se agravando lá fora, o Ibovespa conseguiu encerrar o pregão em alta. Não foi uma disparada, mas foi um movimento que demonstrou resiliência seletiva.
O impulso veio de setores específicos, como defesa e exportação, com destaque para empresas como Embraer e Marcopolo, que se beneficiam de dólar mais alto, maior demanda internacional e, no caso da Embraer, da tensão militar crescente no Oriente Médio.
O investidor não está eufórico, mas também não está vendendo tudo e correndo pro caixa. O tom é de otimismo cauteloso. Afinal, o cenário fiscal está cada vez mais pressionado, mas o ambiente externo — pelo menos por enquanto — segue ajudando.
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💣 “Taxhaddad” ataca novamente: menos compensação, mais arrecadação
O governo federal publicou uma nova medida provisória que pegou mal no mercado. Entre as mudanças, está a limitação do uso de créditos tributários, uma prática comum entre empresas que abatem impostos a pagar com créditos gerados em outras operações.
A nova regra deve trazer um impacto significativo no caixa de companhias de setores como agronegócio, indústria e construção civil, que muitas vezes acumulam créditos em razão de regimes especiais de tributação.
O Ministério da Fazenda estima uma arrecadação extra de R$ 20 bilhões em dois anos, o que ajudaria a fechar o rombo fiscal. Mas o mercado interpretou como mais um movimento de aumento de carga tributária disfarçada, algo que gera insegurança jurídica e pode afetar investimentos futuros.
Além disso, a MP também incluiu:
A tributação de títulos antes isentos, como LCI, LCA e CRA, muito populares entre investidores conservadores e do agronegócio.
E o aumento da alíquota de impostos sobre apostas esportivas, uma das fontes de arrecadação com maior crescimento no curto prazo.
💬 Leitura do mercado? O governo está esgotando as fontes fáceis de receita e começa a mirar nas brechas fiscais para tapar o buraco — mesmo que isso signifique elevar o custo Brasil e mexer na confiança do empresariado.
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⚖️ Congresso reage ao aumento do IOF
Como se não bastasse o pacote tributário, outro ponto de atrito explodiu em Brasília: o aumento do IOF sobre crédito, implementado via decreto.
A reação foi imediata. O presidente da Câmara, Arthur Lira, anunciou que vai colocar em votação um requerimento para derrubar o aumento. A justificativa? Falta de diálogo e impacto direto no custo do crédito para empresas e consumidores.
Essa movimentação escancara a fragilidade da articulação política do governo, que vem acumulando derrotas no Congresso e agora enfrenta a insatisfação até de aliados.
A leitura do mercado é que esse embate tende a crescer — e quanto maior o ruído político, mais alto é o prêmio de risco exigido pelos investidores.
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🌍 Lá fora: tensão militar e protecionismo à vista
Israel x Irã
O Oriente Médio voltou a estremecer o mercado global. Israel atacou uma base militar iraniana em resposta a ameaças anteriores, e o Irã prometeu retaliar.
O preço do petróleo subiu 8%, refletindo o medo de interrupções no fornecimento global, especialmente em um momento em que os estoques estão apertados e a demanda global segue firme.
A tensão elevou o risco de uma escalada militar que envolva outras potências regionais, como Arábia Saudita, Líbano e até os EUA. Isso gera um efeito cascata nos mercados: commodities disparam, ativos de risco sofrem e moedas de países emergentes se enfraquecem.
Trump quer dobrar tarifas
Em tom eleitoral, o ex-presidente dos EUA sugeriu dobrar de 25% para 50% as tarifas de importação sobre veículos estrangeiros.
A proposta visa estimular a produção local e proteger empregos industriais — mas também reacende o fantasma de uma nova guerra comercial, especialmente com países da União Europeia e do Leste Asiático.
Empresas do setor automotivo reagiram com cautela. A medida pode provocar retaliações e interromper cadeias de fornecimento, além de pressionar a inflação global caso os custos de produção subam.
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✈️ Tragédia com Boeing derruba ações
Um Boeing 787 Dreamliner da Air India caiu logo após a decolagem, resultando na morte de mais de 240 pessoas — o pior acidente aéreo registrado na última década.
A notícia gerou choque e forte repercussão internacional. O acidente também lança dúvidas sobre a confiabilidade e manutenção da frota Dreamliner, modelo que entrou em operação comercial em 2011 e é conhecido por sua leveza e eficiência de combustível.
As ações da Boeing despencaram 5%, em um movimento que pode se intensificar caso investigações revelem falhas técnicas ou operacionais.
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