Café com seu dinheiro: 13/08/2025

Mercados reagiram com otimismo a dados de inflação mais baixos no Brasil e nos EUA, mas o tarifaço de Trump e a regulação das big techs trazem novos desafios.

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Resumo de hoje:

  • 📉 Mercado financeiro em leve queda – Ibovespa recua, dólar sobe e juros • 📈 Bolsas em alta e dólar em queda – Otimismo global impulsiona o Ibovespa e fortalece o real.
    • 💸 Inflação dos EUA desacelera – Aposta em corte de juros pelo Fed já em setembro.
    • 🍅 Inflação no Brasil abaixo do esperado – Selic pode cair antes do previsto.
    • 🍊 Tarifaço de Trump – Setor de suco de laranja prevê perda de R$ 1,5 bi.
    • 📱 Regulação das big techs – Governo prepara projeto para proteger crianças nas redes sociais.

Ontem foi dia de otimismo no mercado: bolsas americanas subiram mais de 1% e o Ibovespa avançou 1,7%, embalado pelo enfraquecimento global do dólar, que fechou abaixo de R$ 5,40. O real já acumula alta de 12% no ano, ajudando a segurar preços e aliviar a inflação. Nos EUA, o índice de preços desacelerou para 2,7% ao ano, e o núcleo caiu de 3,1% para 2,9%, reforçando a aposta de corte de juros pelo Federal Reserve já em setembro. No Brasil, a inflação de julho veio abaixo do esperado, 0,26%, acumulando 5,23% em 12 meses, o que abre espaço para o Banco Central começar a reduzir a Selic, hoje em 15%, ajudando a reaquecer a economia.

Mas nem tudo é positivo: o “tarifaço” imposto por Trump vai impactar o setor de suco de laranja brasileiro, que estima perder R$ 1,5 bilhão em exportações aos EUA, apesar de escapar da taxa de 50% — parte da cadeia, como insumos para bebidas e cosméticos, foi sobretaxada. O governo anunciou um pacote de US$ 30 bilhões em crédito para empresas afetadas e prometeu novas medidas. Fora da pauta estritamente econômica, o governo prepara um projeto para regular big techs após vídeo viral alertar sobre riscos para crianças nas redes sociais, o que pode mudar a forma de operação das plataformas no Brasil e impactar o setor de tecnologia.

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1️⃣ Um dia de sol nas bolsas ☀️📈

Ontem foi daqueles dias em que o mercado acorda de bom humor. Lá nos EUA, as bolsas subiram mais de 1%. Por aqui, o Ibovespa emplacou uma alta ainda mais bonita: +1,7%. O dólar, que vinha fazendo graça nos últimos meses, perdeu força e fechou abaixo de R$ 5,40. E os juros futuros — que funcionam como um termômetro das expectativas de inflação e política monetária — também caíram.

Mas o que explica essa euforia? 🤔
O grande empurrão veio do enfraquecimento global do dólar. Quando a moeda americana perde força lá fora, países emergentes como o Brasil ganham fôlego. No geral, investidores se animam a aplicar aqui. Não é à toa que o real acumula valorização de 12% no ano frente ao dólar. É um desempenho que deixa o Brasil bonito na foto internacional, mesmo com nossos problemas internos.

2️⃣ O Fed e a inflação americana: cortes à vista? 🇺🇸💸

A cereja do bolo ontem foi a divulgação dos dados de inflação nos EUA. Veio um alívio: a taxa anual está em 2,7% — ainda acima da meta de 2% do Federal Reserve (o “BC” americano), mas melhor do que o mercado temia.

Quando a gente tira do cálculo os itens mais voláteis, como energia e alimentos — o famoso núcleo da inflação — a taxa caiu de 3,1% para 2,9%. Isso mostra que, apesar das tarifas impostas pelo Trump nas importações (e que, no fim das contas, pesam no bolso do próprio americano), o efeito da queda da gasolina e do desaquecimento nos aluguéis está segurando os preços.

Por que isso importa pra gente?
Porque o mercado agora aposta que o primeiro corte de juros nos EUA pode vir já em setembro. Juros mais baixos lá fora tendem a trazer capital para mercados emergentes, já que o investidor busca retornos mais atrativos — e adivinha? Isso ajuda nossa bolsa e fortalece o real.

3️⃣ Inflação no Brasil: surpresa boa 🍅📉

Aqui no Brasil, o IBGE divulgou que a inflação de julho foi de 0,26%, abaixo da expectativa de 0,35%. Parece pouco, mas no mundo econômico, esse décimo faz diferença.

Os vilões tradicionais — alimentos — estão mais comportados pelo terceiro mês seguido, e o dólar mais fraco ajudou a baratear produtos importados. Em 12 meses, acumulamos 5,23%, contra 5,35% no mês anterior. Esse movimento já fez várias instituições financeiras revisarem suas projeções pra baixo, colocando o IPCA de 2025 abaixo de 5%.

A meta de inflação do Brasil é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual pra cima ou pra baixo. Ou seja, estamos mais perto do teto da meta, mas numa trajetória de queda.

E o que isso significa pra você?
Que o Banco Central pode ter mais espaço para cortar a Selic, hoje em 15%. É como um remédio amargo: enquanto está alto, combate a inflação, mas também trava a economia, encarecendo crédito, desanimando investimentos na economia real e aumentando a inadimplência. Se o BC aliviar a dose, empresas e consumidores respiram melhor.

4️⃣ Tarifaço de Trump e o suco de laranja 🍊🚢

Nem tudo são flores. Mesmo o Brasil ficando de fora da tarifa adicional de 50% para exportações aos EUA, o setor de suco de laranja estima perder R$ 1,5 bilhão em vendas para o mercado americano. Isso porque haverá uma tarifa de 10% para o produto in natura e, pior, os subprodutos usados em bebidas e cosméticos serão sobretaxados em 50%.

Resultado: parte da cadeia produtiva pode ficar inviável economicamente.
O governo brasileiro já anunciou um pacote de ajuda para empresas afetadas: US$ 30 bilhões em crédito, incentivos para compras governamentais e estímulo ao conteúdo nacional. Lula disse que esse é só o primeiro anúncio, sugerindo mais medidas por vir.

Esse é um exemplo clássico de como a geopolítica afeta a economia real: uma decisão de política comercial nos EUA impacta diretamente produtores brasileiros e a balança comercial.

5️⃣ Regulação das big techs e redes sociais para crianças 📱🚫

Fora da esfera estritamente econômica, mas com impacto no mercado de tecnologia, o governo brasileiro está se mexendo para regular e punir big techs. O gatilho foi um vídeo viral do influenciador Felca, que tem mais de 20 milhões de seguidores, alertando sobre riscos de exposição de crianças nas redes sociais.

O projeto deve mirar desde políticas de segurança e privacidade até multas para empresas que não cumprirem as regras. Se aprovado, isso pode mudar a forma como plataformas operam no Brasil e até influenciar modelos de negócio baseados em publicidade e dados.

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Até amanhã