- Café com seu dinheiro
- Posts
- Café com seu dinheiro: 13/10/2025
Café com seu dinheiro: 13/10/2025
Trump reacendeu a guerra comercial com a China, derrubou os mercados e fez o Brasil sentir o baque, mesmo com a inflação dando um pequeno respiro.

Resumo de hoje:
🕰️ ANBIMA vai pausar certificações no fim de 2025
🤝Trump e China reacendem a guerra comercial, derrubando bolsas e aumentando o medo global.
📉 Dólar dispara e Ibovespa cai, com investidores estrangeiros fugindo do risco.
⚠️ Crédito corporativo brasileiro preocupa, com Ambipar, Braskem e Raízen sob pressão.
📊 Inflação dá leve respiro, com o Focus reduzindo o IPCA para 4,72%.
🕊️ Cenário segue tenso, mas controlável, à espera de trégua entre EUA e China e prudência do Banco Central.
A sexta-feira passada foi digna de novela: depois de meses de trégua aparente, Donald Trump reacendeu a guerra comercial com a China, ameaçando tarifas de 100% e jogando um balde de água fria no otimismo dos mercados. O S&P 500 desabou mais de 2%, o petróleo foi ao menor nível desde abril e o medo voltou a circular nas mesas de operação. O reflexo chegou rápido ao Brasil — o dólar disparou 2,38%, o Ibovespa caiu e o risco-país subiu para 150 pontos, com investidores estrangeiros desmontando posições e buscando refúgio seguro. A aversão ao risco global expôs o ponto fraco de economias emergentes: quando lá fora espirram, a gente pega gripe.
Enquanto isso, o Brasil enfrenta seus próprios dilemas: empresas como Ambipar, Braskem e Raízen estão sob pressão, reacendendo temores sobre crédito corporativo, enquanto o Banco Central equilibra o desafio de conter o câmbio sem sufocar a economia. A boa notícia veio do Boletim Focus, com inflação projetada em 4,72% e PIB ainda positivo, sinalizando que a casa não está pegando fogo — só esfumaçando. No fim, o cenário global é de tensão, mas administrável: se Trump e Xi Jinping baixarem o tom, o mercado respira; se a briga continuar, o samba vira pancadão. Por enquanto, o investidor brasileiro dança entre o otimismo e o medo, tentando não perder o compasso.
Apresentado por T2 Educação
🕰️ ANBIMA vai pausar certificações no fim de 2025
Imagine você no fim de dezembro de 2025, prestes a revisar o calendário para fazer aquela certificação que precisava, mas descobre que tudo ficará suspenso: você não poderá se inscrever, agendar provas ou até mesmo emitir documentos, porque a ANBIMA anunciou uma pausa obrigatória nas certificações durante a transição para o novo modelo.
Esse “apagão” digital vai acontecer entre 20/12/2025 e 26/01/2026. Se você deixar pra última hora, corre o risco de ficar parado esperando o sistema voltar e perder tempo valioso.
Mas, e se você já estivesse um passo à frente?
A T2 Educação enxergou essa pausa como mais do que uma mudança: como uma reviravolta estratégica. E já está se antecipando:
Está desenvolvendo novos cursos do zero, alinhados à trilha CPA, C-Pro R e C-Pro I, pra você não precisar se adaptar depois;
Garante acesso gratuito às novas certificações apenas para quem adquirir os preparatórios durante o mês de outubro, uma oferta exclusiva e por tempo limitado;
E pra quem é leitor do Café com Seu Dinheiro, tem presente extra: 20% de desconto em qualquer curso usando o cupom CAFECOMT2 no site.
Enquanto muitos vão reagir depois do choque, quem já se posicionar agora com a T2 vai surfar a mudança com vantagem.
👉 Descubra como a T2 está se preparando para a nova era da ANBIMA e garanta seu acesso antes que o relógio vire.

🎭 “O Tweet que derrubou o mundo”: Trump, China e o retorno da guerra comercial
Durante meses, o mercado acreditou que a treta EUA x China tinha virado passado. O S&P 500, principal índice das bolsas americanas, acumulava alta de 30% desde abril, surfando no otimismo de que a guerra comercial era só um capítulo ruim superado.
Mas aí, Trump acordou inspirado.
Em uma sexta-feira ensolarada (para ele, não para os investidores), postou que poderia cancelar a reunião com o presidente Xi Jinping — e, de quebra, cogitava impor tarifas de até 100% sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro.
💥 Em minutos, o otimismo virou caos:
O S&P 500 despencou mais de 2%, apagando todos os ganhos do último mês.
O petróleo caiu ao menor nível desde abril, já que a China — segunda maior consumidora mundial — sinalizou retração de demanda.
E o humor global evaporou, como gelo em café quente.
O estopim veio porque a China havia anunciado um controle mais rígido sobre exportações de “terras raras”, insumos essenciais para semicondutores, baterias de carros elétricos e equipamentos militares. Ou seja, a briga não era sobre brinquedos e roupas — era sobre o coração da tecnologia moderna.
O mercado, que estava feliz com a trégua, percebeu que o casal EUA-China ainda não assinou o divórcio, mas está longe da reconciliação.
⛅ No entanto, como em toda boa novela, o vilão mostrou um lado “paz e amor” depois do estrago: no fim de semana, Trump disse que pretende se encontrar com Xi na Coreia do Sul — e os futuros do S&P já subiram cerca de 1% nesta segunda.
O investidor respira. Ainda ofegante, mas respira.
📜 Moral do ato 1: mercado é como relacionamento tóxico — quando um lado promete parar de brigar e volta a ameaçar, o outro já entra em pânico.

💸 “Quando os EUA espirram, o Brasil pega gripe”: o reflexo por aqui
Se lá fora foi pancada, aqui foi ressaca. O Ibovespa até tentou disfarçar, mas caiu junto. O dólar, esse drama queen dos emergentes, subiu 2,38%, fechando a R$ 5,50.
📉 O motivo? O estrangeiro, que vinha investindo pesado no Brasil por causa dos juros altos, resolveu fechar a torneira. Esses investidores fazem o chamado carry trade — pegam dinheiro barato em dólar e aplicam em real, surfando na diferença de juros. Mas, quando o medo aparece lá fora, eles recolhem as fichas e vão embora mais rápido que convidado sem intimidade em festa de família.
O efeito dominó veio rápido:
O CDS Brasil (o “seguro contra calote” do país) subiu de 125 para 150 pontos — maior nível desde agosto.
As taxas de juros longos caíram, seguindo o recuo dos títulos americanos, mas sem compensar a alta do dólar.
E as tesourarias dos bancos notaram o desmonte de posições otimistas com o real.
Mesmo assim, há um ponto positivo: no ano, o real ainda acumula valorização de 11% frente ao dólar. Ou seja, mesmo levando pancada, o Brasil segue de pé — só um pouco zonzo.
🇧🇷 Moral do ato 2: o Brasil é como aquele amigo que mora no terceiro andar e sente o terremoto do vizinho do térreo. Quando o mundo balança, a gente balança junto.
🏦 “Crédito, o vilão silencioso”: empresas sob pressão e o medo do contágio
O problema é que, enquanto o dólar sobe e o humor global azeda, as empresas brasileiras começam a suar frio.
Algumas já estão no radar do mercado — e o nome “crise de crédito” volta a rondar os corredores de Faria Lima.
💥 Casos como:
Ambipar, com dificuldades financeiras e revisão de dívidas;
Braskem, ainda enfrentando turbulências jurídicas e cambiais;
Raízen, que viu suas ações afundarem abaixo de R$ 0,90;
e companhias aéreas, que sempre operam no limite da rentabilidade.
Tudo isso alimenta a percepção de que o risco de crédito brasileiro está piorando mais rápido do que o de outros emergentes.
E por quê? Porque quando o dólar dispara e o juro está alto, o custo da dívida em moeda estrangeira vira uma âncora. E âncora, você sabe, serve pra segurar… mas também pode afundar.
O mercado já começa a cochichar sobre a possibilidade de o Banco Central cortar juros antes do esperado, para dar algum fôlego ao crédito corporativo.
Mas há um dilema: se cortar demais, pressiona o câmbio; se não cortar, quebra empresa.
🎭 É um jogo de equilíbrio delicado — o tipo que faria qualquer economista virar equilibrista de circo.
💬 Moral do ato 3: o crédito é como oxigênio: ninguém repara quando está fluindo, mas basta faltar pra todo mundo entrar em pânico.

📉 “Nem tudo é caos”: a inflação dá um respiro e o Focus sorri discretamente
Depois de tanto drama, uma boa notícia: o Boletim Focus trouxe um alívio.
Os economistas reduziram a projeção do IPCA de 2025 de 4,80% para 4,72% — e, se o número parece pequeno, no mundo da macroeconomia isso é quase um “ufa!”.
Outros pontos importantes:
PIB estimado em 2,1% — modesto, mas positivo.
Selic deve continuar em 15%, com projeção de queda para 12,25% em 2026.
Dólar esperado em R$ 5,45 no fim de 2025.
Essa leve melhora mostra que, mesmo com o estresse global, o mercado ainda acredita que o Brasil não perdeu o controle da inflação.
E, num país com histórico de trauma inflacionário, isso já é uma vitória.
💡 Pensa assim: o Focus é o termômetro do humor do mercado. Se ele cai um pouquinho, é sinal de que o paciente — a economia — ainda está suando, mas com febre controlada.
🌤️ Moral do ato 4: no meio do caos, há sempre um dado otimista piscando pra você — basta saber onde olhar.
🔮 “E agora?”: o que vem pela frente
Agora, respira. Vamos juntar as peças e olhar pra frente.
Os próximos capítulos dessa novela global vão depender de seis personagens principais:
Trump e Xi Jinping – se eles selarem a paz, o mercado volta a sorrir; se brigarem, a tensão dobra.
Investidores globais – se o medo persistir, o dinheiro foge dos emergentes e o dólar sobe.
Câmbio – se o real se segurar abaixo de R$ 5,50, já é vitória.
Crédito corporativo – se não houver novas “Ambipars”, o mercado respira.
Banco Central – se cortar juros na hora certa, vira herói; se errar, vilão.
Expectativas – se o mercado acreditar que o governo mantém o controle fiscal, o pânico passa.
📊 Em termos de cenários:
Tipo | O que acontece | Consequência |
---|---|---|
Tenso, mas administrável | Trump faz as pazes, crédito estabiliza | Dólar cai, juros firmes, IPCA perto de 4,7% |
Tempestade perfeita | Guerra comercial volta, dólar dispara | BC aperta juros, empresas sofrem |
Surpresa positiva | Diplomacia funciona, inflação cai mais | BC corta juros, mercado sorri |
No fim das contas, o que vai definir tudo é confiança — o ativo mais volátil e mais valioso do mercado.
Porque, convenhamos, a economia global é como um grande jogo de dominó: quando um cai, todos tremem; mas se um se reergue, a sequência pode inverter rápido.
☕ O samba do mercado não é pra amadores
E assim termina nossa história da semana: um enredo com Trump, tarifas, petróleo, dólar, crédito e inflação — tudo junto e misturado, como feijoada de sexta.
O investidor estrangeiro está de olho, o brasileiro está tenso, e o Banco Central tenta fazer o papel de maestro de uma orquestra onde cada instrumento toca num ritmo diferente.
Mas entre tombos e retomadas, há uma lição simples:
👉 o mercado é cíclico, mas a disciplina é constante.
Pra quem não trabalha no mercado, a dica é observar sem pânico — e lembrar que decisões políticas lá fora têm reflexos diretos no seu bolso aqui.
Se o dólar sobe, tudo encarece: da gasolina ao iPhone.
Se a Selic cai, o crédito melhora, mas o risco aumenta.
É um jogo de compensações, e entender isso é o primeiro passo pra jogar melhor.
🖼️ Quer anunciar para os nossos mais de 26 mil leitores? É só clicar aqui.
Até mais tarde!