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Café com seu dinheiro: 15/08/2025
Bolsa cai levemente, dólar sobe, inflação dá sinais de alívio, Fed mantém cautela, Trump e Lula trocam farpas comerciais, PF expõe esquema bilionário de ICMS, Azul lucra e golpes online atingem 1 em cada 3 brasileiros.
Resumo de hoje:
📉 Bolsa recua 0,2%, dólar sobe e inflação mostra sinais de alívio no Brasil.
🇺🇸 PPI nos EUA surpreende, mas Fed mantém expectativa de corte moderado de juros.
🤼♂️ Trump critica tarifas brasileiras e Lula rebate com dados e firmeza diplomática.
🚨 Operação Ícaro revela esquema bilionário de propina e lavagem de dinheiro no ICMS.
✈️ Azul lucra R$ 1,29 bi e pesquisa mostra que 1 em cada 3 brasileiros já sofreu golpe online.
A bolsa brasileira encerrou o dia em leve queda de 0,2%, acompanhando a cautela global, enquanto o dólar subiu 0,32% para R$ 5,41. O alívio nos preços no atacado e o efeito das tarifas aumentaram as apostas de que o IPCA fique abaixo de 5% no ano, com mais oferta interna e menor impacto cambial. Nos EUA, o PPI subiu 0,9% em julho, a maior alta em três anos, mas o mercado ainda vê 92% de chance de o Fed cortar 0,25 pp em setembro, descartando relação direta com tarifas. Trump acusou o Brasil de ser mau parceiro comercial, mas dados mostram tarifa efetiva de apenas 2,7% sobre importações americanas; Lula rebateu afirmando que o país é bom parceiro, mas não se submeterá aos EUA.
No noticiário corporativo e policial, a Operação Ícaro prendeu executivos e o auditor Arthur Gomes, acusado de receber R$ 1 bilhão em propina em esquema de créditos de ICMS, com patrimônio de empresa ligada à sua mãe saltando de R$ 441 mil para R$ 2 bilhões em dois anos. No setor aéreo, a Azul lucrou R$ 1,29 bilhão no trimestre, revertendo prejuízo de 2024, com alta de 19% no tráfego e ocupação de 81%, mesmo em recuperação judicial. Já na vida digital, pesquisa do Datafolha revelou que 1 em cada 3 brasileiros já foi vítima de golpe online, com prejuízo médio de R$ 1.700 e total de R$ 26,7 bilhões no país.
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1️⃣ Bolsa tímida, dólar animado: o dia de ressaca do mercado
Ontem, a bolsa brasileira acordou meio preguiçosa e caiu 0,2%, enquanto as bolsas americanas ficaram praticamente no zero a zero. O dólar, por sua vez, subiu 0,32% e fechou em R$ 5,41. Nada dramático, mas suficiente para deixar importados e viagens internacionais um pouquinho mais salgados.
O clima foi de espera: investidores aqui e lá fora estão com o pé no freio, analisando dados de inflação e tentando adivinhar qual será o próximo passo dos bancos centrais. No Brasil, o alívio recente nos preços no atacado e a perspectiva de tarifas ajudando a baixar preços alimentam a expectativa de que o IPCA possa ficar abaixo de 5% no acumulado anual. Isso porque, com mais produtos entrando no mercado interno e menos pressão do dólar, a inflação tende a perder força.
Mas vale lembrar: inflação é como aquele vizinho que promete que não vai mais fazer festa, mas sempre dá um jeitinho de ligar o som às 3 da manhã. Pode melhorar, mas não dá pra confiar 100%.
2️⃣ PPI americano explode e Fed mantém o tom
Do outro lado do hemisfério, o PPI (índice de preços ao produtor) dos EUA surpreendeu geral e subiu 0,9% em julho, contra uma expectativa de 0,2%. Foi a maior alta em 3 anos. No acumulado de 12 meses, a alta é de 3,3%.
Apesar disso, o mercado ainda aposta 92% de chance de que o Fed corte os juros em 0,25 ponto percentual na reunião de setembro. O raciocínio é que essa alta inesperada não tem muito a ver com as tarifas — ou seja, não muda a “rota de voo” traçada pelo banco central.
A presidente do Fed de San Francisco já deu o recado: nada de corte de 0,5 ponto agora, porque isso soaria como medida de emergência. Traduzindo: o avião está descendo devagar e controlado, nada de acionar o paraquedas.
Essa postura cautelosa é importante porque juros nos EUA ainda são como um imã para o dinheiro global. Qualquer mudança brusca mexe com o fluxo de capital e, claro, com a cotação do nosso bom e velho dólar.
3️⃣ Brasil x EUA: quando a retórica vira jogo de tênis diplomático 🎾
E aí veio o capítulo Trump versus Lula. O ex-presidente americano, Donald Trump, resolveu puxar um assunto que mistura política e comércio exterior, dizendo que o Brasil é “um dos piores parceiros comerciais” dos EUA há anos. Alegou que o país cobra tarifas enormes e dificulta as coisas para os americanos.
Os números, no entanto, contam outra história: a tarifa média nominal brasileira para o mundo é de 12,4%, mas, na prática, sobre importações americanas, a tarifa efetiva é de apenas 2,7%, segundo a Câmara Americana de Comércio para o Brasil. Ou seja, o discurso está mais para “fake news comercial” do que para realidade.
Lula não perdeu tempo e rebateu, dizendo que o Brasil é, sim, um bom parceiro, mas que não vai “ficar de joelhos” para Washington. Em termos diplomáticos, foi um “me respeita, que eu me respeito”.
No fim das contas, essa troca de farpas dificilmente muda o comércio no curto prazo, mas serve de termômetro para como pode ser a relação entre os países caso Trump volte à Casa Branca. Spoiler: não seria exatamente um romance açucarado.
4️⃣ Operação Ícaro: corrupção, viagens e um salto de patrimônio digno de novela
Enquanto o mercado discutia juros e tarifas, a Polícia Federal estava em outro front: a Operação Ícaro. O nome, inspirado no personagem da mitologia que voou alto demais, não foi à toa — e a queda aqui foi grande.
A operação prendeu o presidente da Ultrafarma, um diretor da Fast e, principalmente, e um auditor fiscal, acusado de acumular R$ 1 bilhão em propina. Isso tudo ganhando um salário oficial de R$ 30 mil por mês.
O esquema envolvia favorecimento de empresas varejistas para obtenção indevida de créditos de ICMS, especialmente ressarcimentos. Tudo começou quando o patrimônio da mãe do auditor disparou, assim como as viagens do próprio para paraísos fiscais como Suíça, Emirados Árabes e Uruguai.
A cereja do bolo? Uma empresa chamada Smart Tax, supostamente usada para lavar o dinheiro, viu seu patrimônio subir de R$ 441 mil em 2021 para R$ 2 bilhões em 2023. Isso não é crescimento, é teletransporte financeiro.
5️⃣ Do céu da Azul ao alerta digital: duas histórias de recuperação e risco
Nem só de escândalo vive o noticiário. A Azul anunciou lucro de R$ 1,29 bilhão no trimestre, revertendo prejuízo de 2024. A receita subiu 8% e o tráfego de passageiros cresceu 19%, com taxa de ocupação de 81%. Isso tudo mesmo em meio a um processo de recuperação judicial. É como correr uma maratona usando muletas — e ainda ganhar medalha.
Por outro lado, a pesquisa do Datafolha mostrou que 1 em cada 3 brasileiros já caiu em golpes online. Boleto falso, compra não entregue, fraude no cartão… o cardápio é variado. Com 258 milhões de smartphones no país — média de 1,2 por habitante —, o prejuízo médio é de R$ 1.700 por vítima, somando impressionantes R$ 26,7 bilhões no total.
Moral da história: enquanto algumas empresas dão a volta por cima, muita gente ainda tropeça no básico da segurança digital. Vale lembrar que, no mundo de hoje, seu celular é quase como sua carteira, seu cofre e seu diário — tudo junto. E ladrão não precisa mais de chave de fenda, basta de um link.
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Até amanhã