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Café com seu dinheiro: 16/06
"O fracasso é apenas a oportunidade de começar de novo, desta vez de forma mais inteligente." - Henry Ford
Resumo de hoje:
🌍 Quando o planeta entra em combustão, o investidor aperta o cinto e prende o ar
💥 Petróleo: o combustível de toda instabilidade
📉 Ibovespa escorrega em meio ao vendaval internacional e incertezas domésticas
🧂 O açúcar derrete: o lado amargo da supersafra
A escalada militar entre Israel e Irã virou o principal foco de tensão global. O ataque israelense a alvos militares iranianos reacendeu o medo de uma guerra de grandes proporções no Oriente Médio, com risco real de envolvimento nuclear. Em meio ao conflito, mais de 240 pessoas morreram, milhares ficaram feridas, e os mercados globais reagiram como sempre fazem diante do caos: buscando proteção.
Com receios de bloqueios no Estreito de Ormuz, canal por onde passa mais de 25% do petróleo marítimo do mundo, o preço da commodity saltou. Isso elevou o temor inflacionário global e pressionou bolsas emergentes. No Brasil, o Ibovespa caiu 0,43%, em meio à fuga de risco e também por conta de fatores internos, como o risco de uma derrota bilionária do governo no STF e a incerteza sobre a próxima decisão da Selic.
Na contramão das commodities energéticas, o açúcar despencou para o menor patamar em 4 anos, refletindo uma superoferta global, com destaque para a Tailândia e o Brasil. O preço em reais acumula queda de 24% no ano. Esse contraste entre escassez e excesso ajuda a ilustrar o quão sensível o mercado está — os investidores estão navegando entre conflitos, inflação, juros altos e volatilidade generalizada.
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🌍 Quando o planeta entra em combustão, o investidor aperta o cinto e prende o ar
Tente se imaginar despertando numa manhã comum e recebendo a notícia de que duas das nações mais instáveis, explosivas e estratégicas do planeta estão agora envolvidas em um confronto direto, armado e perigoso. Parece uma cena saída de um thriller político hollywoodiano, mas infelizmente é realidade. Israel e Irã protagonizam uma escalada real de hostilidades, com bombardeios aéreos coordenados, centenas de mortes civis e militares, e um novo capítulo da tensão no Oriente Médio — com o agravante de envolver o espectro do armamento nuclear.
Israel, em uma ofensiva meticulosamente planejada, lançou ataques contra infraestruturas militares e nucleares estratégicas iranianas. Fontes diplomáticas afirmam que o objetivo central não é apenas retaliar ameaças, mas enfraquecer sistematicamente o regime teocrático dos aiatolás. O problema é que, ao agitar um ninho de vespas atômico, o mundo inteiro se contorce — e os mercados globais, altamente sensíveis ao risco geopolítico, imediatamente reagem com aversão ao risco e fuga para a segurança.
🛡️ Com o agravamento da situação, investidores ao redor do planeta tomaram decisões rápidas: migraram capitais para ativos considerados porto seguro, como dólar, ouro, títulos de governo e commodities energéticas. O petróleo teve disparada impressionante. O dólar voltou a se valorizar frente às moedas emergentes. E bolsas como o Ibovespa cederam. Em meio a esse cenário global conturbado, o investidor brasileiro ainda teve que digerir ruídos políticos domésticos, desvalorização de ativos estratégicos e um novo dilema sobre a trajetória dos juros no país.
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💥 Petróleo: o combustível de toda instabilidade
No tabuleiro da geopolítica, o petróleo sempre foi peça-chave. E basta uma fagulha no Oriente Médio para que o preço da commodity se transforme em uma bomba inflacionária prestes a explodir. Foi exatamente esse roteiro que o mercado global assistiu: com a escalada do conflito entre Israel e Irã, renasceram temores sobre um possível bloqueio do Estreito de Ormuz — um canal crucial por onde escoa mais de um quarto de todo o petróleo transportado por navios no mundo.
⛽ O resultado foi imediato: o barril do petróleo tipo Brent, que estava sendo negociado em torno de US$ 74, disparou para US$ 78,50, numa escalada que remete aos tempos mais tensos da guerra entre Rússia e Ucrânia, quando o valor ultrapassou US$ 120. E por que isso importa tanto? Porque petróleo mais caro encarece tudo: transporte, energia, produção industrial e, por consequência, os alimentos. A inflação ganha força, os bancos centrais ficam pressionados e a economia mundial entra em modo defensivo.
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📉 Ibovespa escorrega em meio ao vendaval internacional e incertezas domésticas
A sexta-feira não foi gentil com os investidores da Bolsa brasileira. O Ibovespa caiu 0,43%, encerrando o pregão aos 137.213 pontos. Não foi um tombo catastrófico, mas representou um alerta claro de que o mercado local está reagindo com cautela e incerteza. O cenário externo contribuiu, mas os fatores internos foram igualmente importantes.
⚖️ Um deles foi a possível derrota fiscal do governo federal no Supremo Tribunal Federal (STF), que pode resultar em uma perda bilionária de até R$ 35 bilhões para os cofres públicos. Isso afeta diretamente a capacidade de arrecadação, o equilíbrio das contas e, claro, a percepção de risco fiscal do país.
Além disso, há uma divergência notável entre economistas, analistas e gestores sobre o futuro da taxa básica de juros, a Selic. Uma pesquisa realizada pelo Valor Econômico mostrou que 62% dos especialistas acreditam na manutenção da taxa em 14,5%, enquanto 38% preveem uma elevação para 15%, o maior patamar observado desde o ano de 2006. A combinação de inflação resistente, combustíveis em alta e pressão cambial reacende o debate sobre o equilíbrio entre combate à carestia e estímulo à atividade econômica.
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🧂 O açúcar derrete: o lado amargo da supersafra
Enquanto o petróleo subia como um foguete, o açúcar descia ladeira abaixo. O preço internacional da commodity despencou para o nível mais baixo em quatro anos, impulsionado por uma oferta global exagerada. A Tailândia teve uma supersafra histórica, e o Brasil — líder mundial na produção — também colheu mais do que o previsto.
🍬 O resultado desse excesso? Uma queda acumulada de 24% no valor do açúcar em reais somente neste ano. A pressão sobre as margens de lucro das usinas sucroalcooleiras é intensa, o que pode, no médio prazo, desestimular investimentos no setor. É a famosa lei da oferta e demanda operando com força total: quando tem demais, o preço desaba.
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