Café com seu dinheiro: 16/09/2025

Mercados animados com corte de juros nos EUA, mas Brasil sofre com PIB fraco e tensão diplomática.

Resumo de hoje:

  • 📈 Ibovespa em novo recorde, com alta de 19% no ano, puxado pela expectativa de corte de juros do Fed.

  • 💵 Dólar recua para o menor nível desde junho de 2024, aliviando viagens e importados.

  • 🇺🇸🇧🇷 Tensão diplomática entre Brasil e EUA por causa da condenação de Bolsonaro, apesar do tom conciliador de Alckmin.

  • 📉 IBC-Br cai 0,53% em julho, terceira queda seguida, mostrando fraqueza na economia real.

  • 🌍 Alphabet passa a valer mais de US$ 3 tri e TikTok ganha fôlego com acordo preliminar entre EUA e China.

O resumo da semana mostra uma contradição curiosa: de um lado, o Ibovespa bateu novo recorde e acumula alta de 19% no ano, embalado pela expectativa de corte de juros pelo Fed, que atrai capital para países emergentes. O dólar também recuou, trazendo alívio para viajantes e importadores. Mas, ao mesmo tempo, o clima político entre Brasil e EUA azedou após declarações de autoridades do governo Trump sobre a condenação de Bolsonaro, enquanto Alckmin tentou acalmar os ânimos dizendo que o Brasil é “solução, não problema”.

No lado real da economia, o IBC-Br mostrou queda de 0,53% em julho, terceira seguida, puxada por agro e indústria, sinalizando um PIB mais fraco no terceiro trimestre. No cenário global, a Alphabet atingiu valor de mercado acima de US$ 3 trilhões e o TikTok ganhou sobrevida nos EUA após acordo preliminar entre Washington e Pequim. Moral da história: enquanto a bolsa antecipa boas notícias, a economia real mostra fraqueza — e o investidor precisa navegar entre otimismo financeiro e cautela com a política e a atividade.

1. 📈 Ibovespa nas alturas: a montanha-russa da bolsa

O Ibovespa abriu em festa, subindo 0,9% e cravando um novo recorde histórico, acumulando alta de 19% só em 2025. Isso é como se o seu time já tivesse garantido vaga antecipada na Libertadores ainda no meio do campeonato. 🎉

O combustível dessa alta? A expectativa de que o Fed (o Banco Central dos EUA) deve cortar os juros na reunião de amanhã. Quando os gringos pagam menos pra deixar o dinheiro parado lá, sobra mais grana pra vir dar rolê nos mercados emergentes como o Brasil.

👉 Só que não foi só alegria. No meio do pregão, a bolsa chegou a subir 1,3%, mas perdeu força depois que o governo americano ameaçou retaliar a condenação de Bolsonaro. O mercado, como aquele amigo ansioso, não gosta de incerteza política. Resultado: o Ibovespa deu uma escorregada, mas ainda fechou positivo.

Ah, e o dólar? Recuou 0,61%, chegando ao nível mais baixo desde junho de 2024. Pro bolso de quem vai viajar, uma bela notícia. 💵✈️

2. O estresse diplomático: Trump, Bolsonaro e Alckmin no meio

Aqui entra o tempero da semana: a política internacional.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, soltou que a Casa Branca deve anunciar “medidas adicionais” contra o Brasil por causa da condenação de Bolsonaro. Segundo ele, o julgamento é “mais um capítulo da opressão judicial” que, na visão deles, até respinga em empresas americanas por aqui.

📌 Tradução pro leigo: os EUA podem usar isso como desculpa pra aumentar barreiras comerciais ou criar atritos diplomáticos. Isso gera estresse, porque somos parceiros comerciais deles em várias áreas – soja, carne, aço…

Mas calma, nem tudo é treta. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, mandou aquela de bombeiro no evento do Valor Econômico:

  • Disse que a tensão deve diminuir;

  • Reforçou que só 3 países do G20 têm déficit fiscal com os EUA (Reino Unido, Austrália e Brasil);

  • E concluiu: “o Brasil não é problema, é solução”.

📊 É o típico discurso de tentar acalmar investidores e mostrar que o Brasil quer jogar junto no comércio global. Na prática, o mercado financeiro respirou um pouco com essa fala.

3. 📉 PIB dando sinais de cansaço: o alerta do IBC-Br

Se a bolsa tá voando, a economia real tá mancando. O IBC-Br, aquele indicador que funciona como “prévia do PIB”, caiu 0,53% em julho. Foi a terceira queda mensal seguida.

👉 Isso mostra que o terceiro trimestre pode ser mais fraco do que o esperado. E quando abrimos o índice, a coisa fica ainda mais clara:

  • Agropecuária: -0,81% 🌽

  • Indústria: -1,07% 🏭

Traduzindo: colheita menor + fábricas reduzindo produção = menos atividade econômica.

O investidor olha e pensa: “opa, se a economia real tá devagar, será que a bolsa não tá sonhando alto demais?” Esse tipo de contraste – bolsa em festa e PIB em queda – é comum em momentos de expectativa de corte de juros. O mercado se antecipa, mas o mundo real demora mais pra reagir.

4. 🌍 Techs gigantes e a novela TikTok

No lado global, as techs seguem dando show. A Alphabet (Google) viu suas ações subirem 4%, e agora vale mais de US$ 3 trilhões. Pra você ter noção, isso é quase 1,5x o PIB do Brasil. Sim, uma empresa de buscador e YouTube vale mais do que tudo que a gente produz junto. 😅

Mas a treta mesmo tá no TikTok. Depois de meses de vai-não-vai, autoridades americanas e chinesas chegaram a um acordo preliminar pra manter o app nos EUA. O suspense vai ter mais um capítulo com a reunião virtual de Trump e Xi na sexta, a primeira desde junho.

Essa novela importa porque o TikTok não é só dancinha. Ele mexe com publicidade, dados, influência política e até a autoestima da molecada. 📱

E claro, também mexe com a geopolítica. Um acordo de trégua até novembro foi estendido, adiando medidas mais duras. Isso acalma os mercados, que morrem de medo de nova guerra tarifária entre as duas maiores economias do planeta.

5. 🎭 Moral da história: e eu com isso?

Depois desse giro, o que dá pra levar pra vida real?

  • A bolsa tá otimista por causa da expectativa de corte de juros nos EUA, mas o PIB brasileiro mostra fraqueza. Ou seja: cuidado com o excesso de otimismo.

  • O dólar mais baixo pode aliviar passagens e importados – mas o clima diplomático com os EUA pode virar jogo rápido.

  • As big techs seguem crescendo e impactam o mundo inteiro, mesmo que você ache que não tem nada a ver.

  • E a política internacional, seja com Bolsonaro, Trump, Xi ou Alckmin, continua sendo aquele tempero que deixa o mercado imprevisível.

💡 Moral: o investidor que entende que economia é mais sobre paciência do que emoção consegue surfar essa montanha-russa com mais tranquilidade.

📌 Quer proteger seu patrimônio com quem entende de verdade o que pode acontecer quando a economia sai dos trilhos?


Na Hedge Partners, liderada por quem vos fala, a gente ajuda empresários e famílias a manterem seus ativos blindados — com ou sem plano mirabolante em Brasília.

Clique aqui e conheça nossos serviços.

🖼️ Quer anunciar para os nossos mais de 11 mil leitores?
É só clicar aqui.

Até amanhã