Café com seu dinheiro: 17/09/2025

Dólar e desemprego em queda animam a economia, mas política e cenário global mantêm o clima de incerteza.

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Resumo de hoje:

  • 📉 Dólar cai abaixo de R$5,30 pela 1ª vez em 15 meses, puxado pela expectativa de corte de juros nos EUA.

  • 💼 Desemprego atinge mínima histórica de 5,6%, com renda real em alta e BC cauteloso para conter inflação.

  • 🏛 Câmara aprova PEC da Blindagem, ampliando foro privilegiado e proteção a políticos.

  • 🌍 Israel inicia ofensiva terrestre em Gaza, elevando tensão geopolítica e risco para petróleo.

  • 🏦 Estudo mostra que independência dos Bancos Centrais ajuda a reduzir desigualdade de renda.

O Brasil está surfando uma maré de boas notícias econômicas, mas com algumas nuvens no horizonte. O dólar caiu para abaixo de R$ 5,30 pela primeira vez em 15 meses, puxado pela expectativa de corte de juros nos EUA. Isso trouxe ânimo para a bolsa, que bateu recorde histórico de 144 mil pontos. No front interno, o desemprego atingiu mínima histórica de 5,6%, com renda real crescendo 6,4% em 12 meses, mesmo com a Selic em 15%. O problema é que esse cenário coloca pressão extra no Banco Central, que precisa segurar a inflação e deve manter os juros altos por mais tempo.

Enquanto isso, a política segue dando suas cartadas: a Câmara aprovou a PEC da Blindagem, ampliando o foro privilegiado de parlamentares e dirigentes partidários. No exterior, Israel intensificou a ofensiva em Gaza, o que pode mexer com preços do petróleo e o humor global. E, na esfera acadêmica, um estudo mostrou que bancos centrais independentes ajudam a reduzir desigualdade de renda, reforçando a importância da autonomia do BC. Em resumo: o Brasil vive um samba curioso – economia sorrindo, política complicando e o mundo lá fora lembrando que o jogo é sempre imprevisível.

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📉 1. O dólar cansou de ser fortão: abaixo de R$ 5,30 pela primeira vez em 15 meses

Imagina aquele amigo que sempre chega no churrasco fazendo pose, ostentando musculatura, e todo mundo já sabe que ele vai dominar a resenha. Esse era o dólar nos últimos tempos: imponente, dono da festa, todo mundo olhando pra ele. Só que de repente, meu amigo… o dólar deu uma cansada.

Pela primeira vez em 15 meses, a moeda americana fechou abaixo de R$ 5,30. No acumulado do ano, a queda já é de 14% contra o real. Um alívio danado pra quem viajou, pra importador que vive de trazer produto lá de fora e até pra galera que curte comprar eletrônico com cartão internacional.

O motivo? O Fed (Banco Central dos EUA) está prestes a dar aquela afrouxada na coleira. O mercado espera que hoje eles anunciem um corte de 0,25 ponto percentual nos juros. É como se o fortão tivesse resolvido tirar o pé da academia: menos juros nos EUA significa dólar menos atraente, investidores tirando dinheiro de lá e botando em países emergentes como o Brasil.

E o reflexo aqui foi imediato: Ibovespa bateu novo recorde histórico, chegando a 144 mil pontos. Tá todo mundo animado, mas com aquele pezinho atrás, porque festa no mercado financeiro nunca dura eternamente.

👉 Tradução pro leigo: dólar fraco significa que o Brasil fica mais barato para o gringo investir. E quando tem dinheiro entrando, a bolsa sobe.

💼 2. Desemprego em nível histórico: 5,6% – mas o BC continua de cara amarrada

Se eu te dissesse que a taxa de desemprego no Brasil ia bater mínima histórica de 5,6%, você acreditaria? Pois é, parece até fake news, mas é verdade. É a menor taxa da nossa história recente, melhor até do que o esperado pelo mercado, que apostava em 5,8%.

E o mais curioso é que isso acontece mesmo com os juros nas alturas (15%). O Banco Central tá segurando o copo de chope da economia com força, mas a galera continua contratando, consumindo, vivendo. O que explica? Em parte, a renda real cresceu 6,4% em 12 meses, graças ao mercado de trabalho aquecido e à inflação mais comportada do que no passado recente.

Mas calma: antes de sair comemorando, tem um detalhe. Esse cenário dificulta a vida do próprio BC, que precisa manter os juros altos por mais tempo pra não deixar a inflação escapar. A reunião do Copom acontece hoje e a expectativa é de manutenção da Selic em 15%. Só no fim do ano (ou início do próximo) deve começar a cair.

👉 Tradução pro leigo: mais gente empregada = mais renda circulando. Mais renda circulando = mais consumo. Mais consumo = inflação pode subir. É tipo aquele churrasco: todo mundo animado, mas se exagera na picanha, a carne acaba rápido.

🏛 3. PEC da Blindagem: o Congresso puxando o cobertor só pra ele

Enquanto a economia dá sinais positivos, o clima em Brasília segue… digamos, criativo. Ontem à noite, a Câmara dos Deputados aprovou a chamada PEC da Blindagem. Em resumo: agora deputados e senadores só poderão ser alvo de ação penal se houver autorização da respectiva casa do Congresso.

Como se não bastasse, a medida ainda estende foro privilegiado para presidentes de partidos políticos – mesmo sem mandato. É tipo o sujeito que não tá nem jogando, mas consegue entrar no vestiário, tomar banho e ainda pegar medalha.

Esse tipo de movimento costuma gerar ruído pro investidor estrangeiro. Lembra que falamos lá em cima do dólar caindo porque o gringo traz dinheiro? Pois é, ele até traz, mas quando vê notícia dessas pensa: “Será que meu dinheiro tá seguro nesse país ou tão puxando o tapete da justiça?”

🌍 4. Israel, Gaza e o barril de pólvora internacional

Do outro lado do mundo, a economia brasileira também fica de olho no noticiário de guerra. Israel iniciou ontem uma ofensiva terrestre contra Gaza, mesmo com pressão internacional para parar. Os relatos falam em bombardeios dos mais intensos dos últimos dois anos, e milhares de palestinos fugindo.

“Mas Rian, o que isso tem a ver com meu bolso aqui no Brasil?” Tudo. Porque conflito no Oriente Médio mexe direto com duas coisas que importam pro nosso dia a dia: preço do petróleo e humor dos investidores globais.

Se o barril dispara, a gasolina no Brasil fica mais cara. E se o mercado internacional entra em modo “medo”, o dinheiro corre pros ativos mais seguros, geralmente o dólar. Por enquanto, o conflito não afetou tanto os preços, mas a tensão é um lembrete de que, em economia, a geopolítica sempre dá um jeito de sentar na mesa.

👉 Tradução pro leigo: guerra lá longe pode aumentar sua conta no posto aqui perto.

🏦 5. Bancos Centrais independentes e o impacto na desigualdade

Pra fechar, uma boa notícia que não vem do noticiário quente, mas da academia: um estudo de Bruno Tiberto, do nosso Banco Central, foi aceito na respeitada Journal of International Money and Finance. A conclusão é de encher o peito: bancos centrais independentes ajudam a reduzir desigualdade de renda.

Como assim? Quando o BC tem liberdade pra definir juros e políticas sem interferência política, ele consegue controlar melhor a inflação. E quem mais sofre com inflação alta? Justamente os mais pobres. No fim, a independência aumenta a participação da renda dos 80% mais pobres da população.

Ou seja, aquela briga política pra tentar tirar a autonomia do BC não é só tecnicismo: é papo sério que afeta desigualdade, bolso do trabalhador e até estabilidade social.

👉 Tradução pro leigo: Banco Central independente = inflação sob controle = mais renda sobrando pra quem tem menos.

🎯 Conclusão: um Brasil no meio do samba

O Brasil tá vivendo um daqueles momentos que parecem um samba de roda: o dólar desce, o desemprego cai, a bolsa sobe… mas no fundo tem sempre aquele pandeiro fora do ritmo: Congresso blindando político, guerra no Oriente Médio ameaçando gasolina, e a Selic ainda parada nos 15% como se fosse um bumbo pesado.

A lição é simples: não dá pra olhar só o número bonito. Economia é equilíbrio – igual bicicleta, se parar de pedalar, cai.

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Até amanhã