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Resumo de Hoje:

  • 📉 Ibovespa caiu e dólar subiu: pregão de cautela, com investidores evitando risco e juros futuros abrindo na curva toda.

  • 🇺🇸 Trump retirou tarifas de 80 produtos brasileiros, mas manteve sobretaxa de 40% sobre a maioria das exportações, alívio parcial.

  • 🧠 Wall Street em modo espera: mercado travado antes do balanço da Nvidia e do payroll, que pode mudar a rota dos juros nos EUA.

  • 📊 IBC-Br veio abaixo do esperado, reforçando sinais de desaceleração da economia brasileira, mesmo com Focus mostrando inflação controlada em 2025.

  • 🏦 Fictor comprou o Banco Master por R$ 3 bi, em parceria com investidores dos Emirados; banco mudará de nome e comando após aprovação do BC.

Foi um daqueles dias em que o mercado acordou, tomou um gole de café, olhou para o noticiário e decidiu: “Hoje eu fico quieto.” A bolsa escorregou, o dólar ganhou força, os juros subiram e nenhum grande player quis puxar o bonde. Lá fora, Trump tirou tarifas mas deixou a bomba maior ligada, enquanto Wall Street prende a respiração antes de dois eventos que podem mudar o clima global: o balanço da Nvidia e o payroll. Aqui dentro, o Focus trouxe alívio na inflação futura, mas o IBC-Br esfriou o humor, confirmando que a economia brasileira não está em crise, está cansando. No fim do dia, o pregão virou um mosaico de pequenas histórias: Petrobras subiu, Rumo derreteu, bancos pesaram e um banco inteiro trocou de dono em silêncio. Nada explodiu, mas tudo se moveu. E, no mercado, os dias que parecem morosos são, muitas vezes, os mais reveladores.

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BOLSA EM QUEDA, DÓLAR EM ALTA, JUROS ABERTOS

O dia em que ninguém quis ser protagonista

O Ibovespa recuou 0,47%, encerrando aos 156.992 pontos, na maior queda desde 10 de outubro. Não é um tombo, é uma escorregada sem plástica, mas o suficiente para lembrar que recordes sucessivos de pontuação exigem combustível, e hoje o tanque veio raso.

doO movimento foi acompanhado pela alta do dólar comercial, que subiu 0,66%, para R$ 5,33, e pela abertura dos DIs (as taxas de juros futuras) em toda a curva.

Essa combinação é um clássico dos dias de incerteza:
📉 Bolsa cai → dinheiro sai de ativos de risco
💵 Dólar sobe → fuga para proteção
📈 Juros futuros sobem → prêmio maior para compensar o risco

Não se trata de um movimento exclusivo do mercado brasileiro, mas sim de um ajuste tático global. Sem dados novos, sem eventos positivos, o investidor prefere esperar e esperar custa caro. Por isso o preço dos ativos se move. A leitura do dia poderia caber em um único quadro: O investidor não estava vendendo o Brasil. Ele só não estava comprando nada.

A CANETADA DE TRUMP: UM ALÍVIO PARCIAL

Tarifas caem, mas o jogo comercial continua

A surpresa veio na sexta-feira à noite, quando Donald Trump decidiu retirar a tarifa de 10% aplicada a 238 produtos alimentícios importados, entre eles carne bovina, tomates, café e banana, itens que compõem a pauta de exportações do Brasil para os EUA. Mas é cedo para comemorar.

O pacote beneficia 80 itens diretamente ligados ao Brasil, mas deixa de fora o problema mais pesado: a tarifa de 40% que segue incidindo sobre a maioria dos produtos brasileiros exportados para o mercado americano.

A mensagem é ambígua:
➡️ Sim, existe disposição para negociar.
➡️ Não, os EUA não estão abrindo totalmente o jogo.

O vice-presidente Geraldo Alckmin ecoou esse sentimento ao dizer que espera “corrigir distorções”, ressaltando inclusive que os Estados Unidos têm superávit comercial com o Brasil, ou seja, vendem mais para nós do que compram. Há margem para pedir algo em troca.

Nas empresas, a reação foi moderada, mas significativa: 🐂 Frigoríficos tiveram um dia de alívio: Minerva subiu 1,99% e MBRF avançou 4,92%, com o JPMorgan elevando recomendação. 🏭 Mas, na prática, a liberação das tarifas foi tratada mais como sinalização diplomática do que como virada de jogo comercial.

3️⃣ WALL STREET SEGURA A RESPIRAÇÃO

Nvidia e payroll viram fatores de paralisia

O grande motivo por trás da apatia global tem dois nomes:

🔹 Nvidia
🔹 Payroll

A primeira, porque se tornou o coração do tema mais quente da economia global: inteligência artificial. Sua capacidade de continuar crescendo determina não apenas o valor da própria empresa, mas o humor de todo o setor de tecnologia. Se o balanço vier abaixo do esperado, o mercado terá de recalcular expectativas.

O segundo, porque o relatório de empregos americano é o dado que define movimento de juros, confiança, consumo e oferta de crédito. Nada no ciclo econômico é tão sensível à leitura do payroll como as decisões do Federal Reserve.

Ross Mayfield, estrategista da Baird, resumiu bem: “A Nvidia precisa provar que a demanda continua forte. O consumo precisa mostrar que aguenta o final do ano.”

Tudo junto significa isso:

🟡 Se a Nvidia decepciona → Nasdaq balança
🔴 Se o payroll vem quente → juros americanos sobem
🔴 Se juros sobem → ações sofrem
🔴 Se ações sofrem → o investidor fica ainda mais avesso a risco

É por isso que até as bolsas europeias encerraram o dia em queda.
É por isso que o investidor brasileiro amanheceu com o pé no freio.

E é por isso que, quando alguém diz que "o dinheiro está esperando", não é metáfora — é literal.

A ECONOMIA BRASILEIRA DÁ SINAIS DE CANSAÇO

O Focus melhorou, mas o IBC-Br esfriou o ambiente

O Brasil acordou com um dado bom e um dado ruim.

📍 O bom:
O Boletim Focus trouxe, pela primeira vez, projeção do IPCA de 2025 dentro do teto da meta. Isso significa que o mercado acredita que a inflação estará controlada no médio prazo. Um marco simbólico em um país historicamente traumatizado pelo tema.

📍 O ruim:
O IBC-Br, considerado a prévia do PIB, veio abaixo do esperado em setembro, reforçando a ideia de que a economia está perdendo tração.

E os economistas não amenizaram:

▶️ Rodolfo Margato (XP): “Não muda o curto prazo, mas aponta desaceleração.”

▶️ Rafael Perez (Suno): “Mesmo serviços — que eram mais resilientes — começam a perder ritmo. O arrefecimento deve ficar mais claro no fim do ano.”

A história completa é esta:
📌 A Selic alta segurou a inflação, mas também freou estímulos à demanda.
📌 O consumo começa a cansar.
📌 Serviços — último motor forte — ameaça perder força.
📌 O PIB de 2024 já não parece tão robusto quanto parecia em março.

Em português de balcão: Brasil está arrumado e disciplinado, mas cansado. Não há crise. Há exaustão.

5️⃣ UM PREGÃO DE RETALHOS: PETROBRAS SOBE, RUMO DESABA, BANCOS PESAM

E ainda teve compra bilionária de banco

O dia na bolsa não teve grandes vencedores coletivos e sim histórias isoladas dentro de um mercado sem direção.

Maiores Altas da Bolsa em 17/11

🔹 Petrobras (PETR4) subiu 0,55%, longe da máxima, ajudada pela notícia de uma descoberta de petróleo leve na Bacia de Campos — em profundidade favorável (734 metros), algo raro num país acostumado a raspar o pré-sal a 7 mil metros.

🔹 Vale (VALE3) virou para queda de 0,08%, apesar do minério de ferro forte. O investidor não comprou a ideia, preferiu esperar.

🔹 Embraer (EMBR3) avançou 0,95% com novas encomendas, mostrando que o momento comercial da empresa segue favorável.

🔹 Hapvida (HAPV3) respirou depois da pancada anterior e subiu 1,18%. Mais alívio técnico do que convicção.

Maiores Baixas da bolsa em 17/11/2025

🔹 Frigoríficos foram bem:
BEEF3 +1,99%
MBRF3 +4,92% (com call de compra do JPMorgan)

🔻 Do lado negativo, o destaque foi Rumo (RAIL3), despencando 9,08%, pressionada por preocupações com preço de frete.

📉 E o peso final veio do setor financeiro:
Bradesco –0,77%
Itaú –0,74%
Santander –0,86%
Só o Banco do Brasil escapou: +0,27%

Quando os bancos caem, o Ibovespa cai. Simples assim.

⚡ BREAKING DO DIA: MUDANÇA NO SETOR FINANCEIRO

A Fictor Holding Financeira anunciou a compra do Banco Master, com aporte imediato de R$ 3 bilhões, em parceria com investidores dos Emirados Árabes.

O negócio ainda depende de aprovação do Banco Central e do Cade.

Detalhes importantes:

📌 O controlador Daniel Vorcaro sairá da operação após a aprovação
📌 O banco mudará de nome: Banco Fictor
📌 Não entram no acordo: Will Bank nem Banco Master de Investimentos
📌 A Fictor planeja trocar conselho e diretoria

A mensagem do comunicado: “O Brasil precisa de mais concorrência bancária.
Estamos entrando nesse jogo.”

No pano de fundo, isso confirma uma tendência silenciosa:
grupos internacionais estão voltando a olhar para o setor financeiro brasileiro.
Com juros ainda altos, inadimplência sob controle e estrutura bancária concentrada, o mercado enxerga espaço para novos players.

🎯 A FRASE MAIS IMPORTANTE DO DIA

“Se incerteza é a palavra do ano, ela ainda manda nos mercados.”

Essa foi a leitura final dos operadores de bolsa hoje.

📌 A semana é encurtada pelo feriado da Consciência Negra
📌 A agenda lá fora será decisiva
📌 Nvidia e payroll podem ditar o tom do resto do mês
📌 No Brasil, a economia não está em queda, está em desaceleração

Nada desabou.
Nada explodiu.
Nada foi para os extremos.

Hoje foi apenas um daqueles dias em que o mercado olha para os dois lados da rua antes de atravessar e resolve não atravessar ainda.

🔚 PARA FECHAR

O Brasil acordou mais maduro, mas não mais animado.
O investidor estrangeiro segue mandando no volante da B3.
O governo americano tirou o freio de mão com uma mão e deixou a outra no gatilho.
E a economia brasileira, com todos os seus acertos recentes, começa a sentir o peso da própria responsabilidade fiscal.

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E como diria Peter Lynch, o homem que venceu o mercado por mais de uma década: “Saber o que você possui e por que você o possui é muito mais importante do que qualquer previsão.”

Ontem, o mercado não se mexeu tanto, mas o mundo, sim. Hoje, pode ser o contrário. E é por isso que seguimos juntos.

Peter Lynch foi o lendário gestor do fundo Magellan da Fidelity, que rendeu cerca de 29% ao ano entre 1977 e 1990, tornando-o um dos investidores mais bem-sucedidos da história.

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Até mais tarde!

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