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Café com seu dinheiro: 19/09/2025
Selic parada, dólar mais fraco, tech bombando lá fora, energia liderando negócios aqui e Natura surpreendendo com venda da Avon.
Resumo de hoje:
📊 Selic mantida em 15%: juros futuros sobem, mas Bolsa fica no zero a zero.
💻 Tech nos EUA em alta: Intel dispara 22% após parceria bilionária com a NVIDIA.
⚡ Energia no Brasil: setor lidera fusões e aquisições com R$ 50 bi do total de R$ 140 bi.
🌎 Cenário internacional: senadores querem cancelar tarifas contra o Brasil e EUA-UK fecham pacote de US$ 340 bi.
💄 Natura surpreende: ações sobem 16% após venda da Avon Internacional para a Regent.
O Copom segurou a Selic em 15% e avisou que só deve começar a cortar no ano que vem. Isso puxou os juros futuros pra cima, mas a Bolsa ficou no zero a zero, mesmo com o mercado lá fora em festa — puxado pelo Fed cortando juros e pelo rali das techs. A Intel, por exemplo, subiu 22% depois de anunciar parceria bilionária com a NVIDIA. Com esse diferencial de juros mais alto entre Brasil e EUA, o real deve ganhar força e o dólar pode até cair mais. Aqui dentro, o setor de energia segue como destaque, representando 35% das fusões e aquisições do ano, com R$ 50 bilhões movimentados.
No front político e internacional, senadores americanos querem cancelar as tarifas impostas por Trump ao Brasil, enquanto EUA e Reino Unido fecharam um pacotão de US$ 340 bilhões em investimentos. Por aqui, a pesquisa Quaest mostrou Lula na frente contra todos os adversários testados, inclusive após a condenação de Bolsonaro pelo STF. Já no mundo corporativo, a Natura surpreendeu ao vender a Avon Internacional para a Regent, fazendo suas ações dispararem 16%. O resumo? Juros seguem firmes, dólar mais fraco, tech bombando, energia aquecida e empresas brasileiras se ajustando ao novo jogo.
1. 📈 Selic estacionada em 15%: o freio de mão puxado
O COPOM manteve a taxa Selic em 15% e ainda avisou que o carro só começa a andar de novo no ano que vem. É como se o Banco Central tivesse dito: “Relaxa, galera, o corte vem… mas só depois do Carnaval”.
O mercado até engoliu seco, porque esperava um tom mais suave. O efeito imediato foi uma alta nos juros futuros, aqueles que precificam quanto o mercado acha que vai custar o dinheiro daqui pra frente. Mas olha que curioso: a Bolsa não ligou muito e fechou no zero a zero, mesmo com o mundo inteiro surfando alta.
O que isso significa na prática? Que o Brasil está ficando com um diferencial de juros ainda maior em relação aos EUA, ainda mais com 2 quedas a mais previstas de juros pelo Fed, e isso pode dar mais força pro real. O dólar pode até descer mais um degrau e mirar nos R$5,00
👉 Explicando pro leigo: imagina que você tem duas opções de deixar seu dinheiro parado. No Brasil, ele rende 15% ao ano; nos EUA, menos de 5%. Onde você colocaria sua grana? Claro que aqui! É por isso que o real ganha fôlego.
2. 💻 Tech bombando lá fora: Intel ressuscitando?
Enquanto aqui a gente briga com juros, lá nos EUA as bolsas estão em festa. O S&P 500 bateu nova máxima histórica depois que o Fed cortou juros e prometeu mais dois cortes até o fim do ano.
Mas o grande destaque foi o setor de tecnologia. A Intel, que muita gente já tinha dado como carta fora do baralho, viu suas ações subirem 22% em um único dia. O motivo? A NVIDIA resolveu investir US$5 bilhões nela pra desenvolver chips. É tipo quando aquele amigo marombeiro te chama pra treinar junto: você sabe que vai ter resultado.
No acordo, a NVIDIA empresta sua expertise em gráficos e a Intel fornece processadores pra data centers. No agregado, o S&P já sobe 13% no ano e 100% em 5 anos. Parece Bitcoin, mas com lucro, gravata e relatório trimestral.
👉 Moral da história: enquanto a economia real anda devagar, a turma da tecnologia continua puxando a fila e ditando tendência. E adivinha? Isso respinga aqui, porque quando a maré sobe, até barco brasileiro boia.
3. ⚡ Energia elétrica: a tomada do M&A no Brasil
Se o setor tech bomba lá fora, aqui dentro quem está dominando as manchetes é a energia. Nada menos que 35% de todas as operações de fusões e aquisições no Brasil neste ano vêm desse setor, o que já soma uns R$50 bilhões de negócios.
Por quê? Porque as distribuidoras estão renovando concessões e as hidrelétricas também vão passar por revisão contratual. Aí os grandes grupos aproveitam para comprar, vender, se fundir e se arrumar para o futuro.
👉 Pro investidor, é sinal de que esse setor continua sendo um dos mais estratégicos e resilientes. Energia é tipo feijão: todo mundo precisa. E quando há previsibilidade regulatória (coisa rara por aqui), o capital estrangeiro aparece rapidinho.
4. 🇺🇸🌎 Política internacional: tapas, abraços e tarifas
E já que falei de gringo, vamos ao capítulo internacional. Primeiro, a treta: um grupo de senadores americanos quer cancelar as tarifas que Trump meteu no Brasil. O senador democrata Tim Kaine foi direto: “Essas tarifas são revoltantes”.
Traduzindo: isso foi política pura, porque Trump tava defendendo amigo condenado por aqui. Agora, a turma quer limpar a barra, já que prejudicar comércio, aumenta a inflação e não ajuda ninguém.
Do outro lado, rolou abraço: EUA e Reino Unido fecharam um pacotão de US$340 bilhões em investimentos, sendo US$200 bi só de empresas americanas. O foco é tecnologia, serviços financeiros e energia. CEOs da NVIDIA, Microsoft e Blackstone estavam lá, todos sorrindo.
5. 📊 Brasil: política, pesquisas e Natura vendendo Avon
Aqui dentro, a política ferve. A pesquisa Genial/Quaest mostrou que Lula segue na frente, mesmo depois da condenação de Bolsonaro e aliados pelo STF. Contra Bolsonaro, Lula abre 32% a 24%. Contra Tarcísio, dá 40% a 20%. Eduardo Bolsonaro, então, fica só nos 21%.
Na prática, o mercado olha isso de longe, mas fica atento. Política importa porque mexe em expectativa, e expectativa move preço.
Enquanto isso, no mundo corporativo, a Natura surpreendeu e anunciou a venda da Avon Internacional para a gestora Regent. As ações dispararam 16%. Analistas disseram que ninguém botava fé que isso ia rolar. Mas aconteceu, e a empresa agora pode focar na América Latina, onde sua força é maior. É aquele papo de “menos é mais”: corta o excesso, foca no que dá retorno.
🎯 Conectando os pontos
Se você chegou até aqui, já percebeu que economia é um grande tabuleiro de xadrez.
O BC segura a Selic e atrai capital pro Brasil.
Lá fora, o Fed solta os juros e fortalece tech.
Aqui dentro, energia é o setor do momento.
A política global ora briga, ora beija.
E nossas empresas se ajustam pra sobreviver.
Moral? Dinheiro nunca dorme. E quem entende esse jogo consegue se posicionar melhor, seja investindo, seja tocando empresa ou até escolhendo onde guardar a grana.
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Até amanhã