Café com seu dinheiro: 20/06

"Um herói é alguém que caminha voluntariamente para o desconhecido." - Tom Hanks

Resumo de hoje:

  • 🏦 Selic a 15% — e o recado foi direto: esqueça corte por agora

  • 💵 Lá fora: juros estáveis, mas cortes no horizonte

  • 🌍 Entre conflitos e inovação: dois focos de atenção global

O Banco Central apertou ainda mais o freio da economia: subiu a Selic para 15% ao ano e avisou — com todas as letras — que não tem pressa para aliviar. O comunicado foi direto, firme, quase um tapa na cara do mercado: se precisar subir mais, vai subir. Com isso, qualquer esperança de corte no curto prazo evaporou. Para o investidor mais conservador, é o paraíso dos pós-fixados. Para quem está na bolsa brasileira, é só mais um dia difícil. Não por acaso, o Ibovespa sentiu o golpe e caiu.

Do outro lado do mundo, a postura é outra. O Federal Reserve manteve os juros onde estão, entre 4,25% e 4,50%, mas reforçou que ainda vê espaço para dois cortes até o fim do ano. Ou seja: enquanto aqui seguimos com o pé no freio, os EUA já veem o fim da subida de ladeira. Resultado? Lá fora, o investidor olha pra frente com mais clareza — e com mais apetite para ativos de risco. O S&P 500 subiu, mesmo com o pano de fundo tenso no Oriente Médio.

E por falar em tensão, o clima esquentou entre Irã e Israel. O ataque iraniano a um hospital elevou o nível do conflito, e a resposta de Israel foi na mesma moeda: ameaça direta ao líder supremo iraniano. Os EUA ainda não decidiram se vão entrar no jogo, mas Trump disse que em duas semanas dá a resposta. O petróleo, claro, não ficou de fora e disparou com medo de interrupção na oferta.

Enquanto o mundo político pega fogo, a disputa bilionária da tecnologia também ganha novos capítulos. A Meta, de Zuckerberg, está tentando roubar talentos da OpenAI, oferecendo pacotes de remuneração de até US$ 100 milhões por cabeça. Sim, cem milhões. Sam Altman, CEO da OpenAI, não esconde a rivalidade: disse que Zuck vê sua empresa como o principal concorrente — e não está errado.

Aqui no Brasil, uma tentativa do governo de frear a inflação sem subir juros — zerar o imposto de importação de alimentos — completou 3 meses sem mostrar serviço. Os preços não cederam como se esperava, e o IPCA mal sentiu o efeito. O consumidor segue pagando caro no supermercado, e o Banco Central segue com a mão no botão de alta.

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🏦 Selic a 15% — e o recado foi direto: esqueça corte por agora

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 0,25 ponto, levando os juros básicos para 15% ao ano, o maior nível desde o início deste ciclo. Mas o que realmente balançou o mercado foi o tom firme da decisão: o BC sinalizou que, se a inflação insistir ou o fiscal desandar, os juros podem subir mais. Com isso, qualquer expectativa de alívio em breve foi descartada — e os cortes ficaram para um futuro mais distante.

📌 Para quem investe com perfil mais conservador, o cenário favorece a renda fixa tradicional. CDBs, fundos DI, Tesouro Selic e outros pós-fixados seguem entregando retornos atrativos com baixíssimo risco. Em muitos casos, ainda é possível alcançar rentabilidades acima de 1% ao mês, o que é excelente num ambiente de incertezas e juros elevados.

📉 Já para o mercado de ações, o clima é outro. O Ibovespa caiu -1,07%, fechando aos 137.770 pontos, pressionado por empresas que dependem fortemente do crédito, como varejistas e construtoras. Com o juro real nas alturas, um cenário macro ainda fraco e nenhum sinal claro de quando começa o ciclo de cortes, a bolsa brasileira segue perdendo espaço para a renda fixa. O investidor local está, por enquanto, em modo espera.

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💵 Lá fora: juros estáveis, mas cortes no horizonte

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve decidiu manter as taxas de juros inalteradas, preservando a faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano, exatamente como já era amplamente previsto pelos analistas e operadores de mercado. A grande diferença em relação ao cenário brasileiro é que, por lá, o ciclo de aperto monetário — aquele período de sucessivas altas nos juros — já terminou há algum tempo. Desde então, o banco central americano tem adotado uma postura mais cautelosa, observando os dados econômicos com atenção antes de tomar novas decisões.

Atualmente, os investidores seguem confiantes de que o próximo movimento deve ser para baixo. A expectativa mais comum no mercado é de que o Fed realize dois cortes nas taxas ainda este ano, até dezembro, o que poderia marcar o início de uma fase de política monetária mais flexível. Essa perspectiva traz um certo alívio e previsibilidade para quem investe em ativos de risco nos Estados Unidos, como ações e fundos de renda variável.

A leitura dominante é que o cenário inflacionário vem gradualmente melhorando. Com os preços ao consumidor subindo num ritmo mais moderado, a autoridade monetária ganha espaço para afrouxar os juros sem comprometer o controle da inflação. Isso fortalece a percepção de que a flexibilização monetária está no radar e pode começar a ser colocada em prática nos próximos meses, desde que os dados econômicos continuem apontando nessa direção.

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🌍 Entre conflitos e inovação: dois focos de atenção global

🔴 Oriente Médio em alerta máximo
O conflito entre Irã e Israel se intensificou após o bombardeio de um hospital em território israelense. A resposta veio rápido: o governo de Israel ameaçou diretamente o líder supremo iraniano. A possibilidade de escalada militar aumentou — e a dúvida agora é se os Estados Unidos vão se envolver. Trump prometeu uma decisão nas próximas duas semanas. O barril de petróleo disparou mais de 4%, com receio de impacto na oferta global.

💻 Vale US$ 100 milhões um engenheiro?
No universo da tecnologia, a Meta entrou em guerra declarada com a OpenAI. Está oferecendo bônus de contratação de até US$ 100 milhões para fisgar talentos da rival. Sam Altman, CEO da OpenAI, comentou que Zuckerberg enxerga sua empresa como o maior adversário — e tudo indica que está certo. A disputa pelo topo da inteligência artificial está pegando fogo — e quem vencer pode dominar um mercado trilionário.

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Até amanhã