Café com seu dinheiro: 20/08/2025

Mercados oscilaram entre crises políticas no Brasil, expectativa sobre juros nos EUA e tensões geopolíticas, refletindo em bolsa em queda, dólar em alta e insegurança para investidores.

Resumo de hoje:

  • 📉💻 Wall Street patina: Nasdaq e S&P caem com chips fritando e ansiedade pelo discurso do Fed em Jackson Hole

  • 🏦⚖️ Bancos brasileiros derretem R$ 38 bi após STF esquentar o jogo com a Lei Magnitsky

  • 💸📈 Dólar dispara a R$ 5,50 e juros futuros sobem na montanha-russa do risco

  • 🏙️🔨 Leilão de CEPACs na Faria Lima dá flop: pouco interesse e muita insegurança jurídica

  • 🌍♟️ Geopolítica pegando fogo: Trump manda recado a Putin e Israel avalia trégua com o Hamas

As bolsas internacionais tiveram um pregão de contrastes: o Dow Jones ficou estável, mas o S&P 500 e o Nasdaq caíram com força, puxados por empresas de chips como a NVIDIA, que recuou 3,5%. O mercado inteiro está de olho em Jackson Hole, onde o presidente do Fed deve sinalizar se haverá cortes de juros nos EUA ainda este ano — decisão que pode redefinir o apetite por risco no mundo todo. No Brasil, o clima foi ainda mais pesado: os bancos perderam R$ 38 bilhões em valor de mercado após a decisão do ministro do STF Flávio Dino sobre a Lei Magnitsky, que gerou insegurança sobre como instituições financeiras devem lidar com sanções americanas. Resultado: o Ibovespa despencou 2,1%, o dólar subiu para R$ 5,50 e os juros futuros voltaram a subir.

Enquanto isso, a Prefeitura de São Paulo frustrou expectativas no leilão de CEPACs da Operação Urbana Faria Lima: só 57% dos títulos foram vendidos, sem ágio, refletindo preços altos e insegurança jurídica. Já no cenário internacional, Donald Trump falou em reforço aéreo dos EUA para a segurança da Ucrânia no pós-guerra e mandou recado a Putin, enquanto Israel avalia uma proposta de cessar-fogo do Hamas, envolvendo reféns e prisioneiros. Tudo isso mostra como a economia é um tabuleiro global: das tensões em Brasília às disputas no Oriente Médio, os movimentos se refletem no bolso do investidor comum, seja no preço do dólar, no crédito mais caro ou na oscilação da bolsa.

1️⃣ Wall Street: chips fritando e nervos à flor da pele 🎰💻

As bolsas em Nova York viveram um dia de descompasso: o Dow Jones terminou estável, mas S&P 500 e Nasdaq tombaram, puxados pelas empresas de tecnologia — principalmente as de semicondutores. A NVIDIA, estrela da inteligência artificial e queridinha dos últimos anos, caiu 3,5% em um único pregão.

Por que isso importa pra você, mesmo que não opere na bolsa americana? Porque essas empresas são o coração da tecnologia moderna. Se hoje você abre o celular pra pedir comida, faz um Pix ou assiste Netflix, existe um chip lá dentro trabalhando. Quando esses papéis sofrem, é sinal de que o mercado está menos confiante na velocidade da inovação e mais preocupado com os juros do Fed.

E aí entra o ponto quente: todo mundo está de olho no discurso do presidente do Federal Reserve, no famoso encontro de Jackson Hole. É como se fosse a final do campeonato, onde ele vai dizer se o time (a economia) vai jogar mais ofensivo (cortar juros logo) ou segurar a defesa (manter juros altos). Se o Fed indicar cortes ainda em 2025, os ativos de risco sobem; se esfriar o clima, o investidor corre pra dólar e títulos seguros.

👉 Moral da história: o chip pode estar em queda hoje, mas a palavra do “técnico” em Jackson Hole vai definir se essa é só uma correção ou o início de uma temporada mais dura.

2️⃣ Bancos brasileiros no olho do furacão ⚖️🏦

Enquanto isso, no Brasil, quem levou o maior “cartão vermelho” foram os bancos. Em apenas um dia, perderam R$ 38 bilhões em valor de mercado. O motivo? A tensão em torno da Lei Magnitsky.

Pra simplificar: essa lei é usada pelos EUA pra aplicar sanções a pessoas envolvidas em corrupção ou violações de direitos humanos. Só que o ministro do STF Flávio Dino decidiu que essas ordens não têm validade automática aqui no Brasil. E isso abriu um problemão: e se um banco brasileiro tiver que escolher entre obedecer o STF ou respeitar uma sanção americana?

Imagina o dilema: de um lado, você tem a Justiça brasileira dizendo “não cumpra essa ordem”; do outro, o governo dos EUA pronto pra punir quem não obedecer. Como dizem, “ficar entre a cruz e a espada”.

O mercado odiou essa insegurança. As ações do Banco do Brasil despencaram quase 6%, e os bancos privados caíram entre 3% e 4%. Resultado: o Ibovespa tombou 2,1%.

👉 Aqui a análise é simples: banco vive de confiança e estabilidade. Quando a regra do jogo parece incerta, o investidor foge — porque o risco de perder dinheiro sobe na mesma proporção.

3️⃣ Dólar nervoso e juros futuros na montanha-russa 💸📈

Com os bancos em apuros e o STF na berlinda, o mercado correu pro porto seguro: o dólar. A moeda americana disparou 1,19%, chegando a R$ 5,50. Os juros futuros também subiram, refletindo o aumento da percepção de risco.

Agora, pensa comigo: se você é uma empresa brasileira que também atua nos EUA, a vida fica complicada. Cumpre a lei daqui ou a de lá? Se ficar do lado errado, pode ser punido por um governo ou pelo outro.

Isso mostra como, no fundo, o mercado é uma novela global. O que acontece em Brasília ecoa em Wall Street, e vice-versa. Para o investidor comum, a tradução é: dólar mais caro encarece viagem, iPhone, importados e até o pãozinho (já que o trigo é cotado lá fora). E juros mais altos atrapalham crédito, financiamento e investimento.

👉 Ou seja: até quem não tem ação de banco nem dólar na conta sente os efeitos no dia a dia.

4️⃣ A novela paulistana dos CEPACs 🏙️📉

Saindo do macro e vindo pro concreto (literalmente): a Prefeitura de São Paulo tentou vender CEPACs (Certificados de Potencial Adicional de Construção) na região da Faria Lima. Traduzindo: é como se a cidade vendesse o “direito de construir mais alto” do que o permitido.

Só que o leilão flopou. Dos títulos ofertados, apenas 57,6% foram vendidos, pelo valor mínimo de R$ 17,6 mil cada. Arrecadaram R$ 1,6 bilhão, mas poderia ter sido bem mais.

Por que a galera não se animou? Dois motivos:

  1. O preço considerado caro.

  2. Uma briga na Justiça sobre o “bônus” de 30% que a prefeitura prometeu.

O dinheiro arrecadado vai pra Paraisópolis, mas o resultado deixou claro: segurança jurídica importa tanto quanto o tijolo. Sem confiança na regra, até o mercado imobiliário mais quente do país perde força.

👉 A metáfora é boa: se você não confia na fundação, não importa se o prédio é bonito, ninguém vai querer morar lá.

5️⃣ Geopolítica: Trump, Putin, Israel e o eterno xadrez mundial 🌍♟️

Pra fechar, vamos pro cenário global. O ex-presidente e agora novamente presidente americano, Donald Trump, disse que os EUA poderiam garantir um papel aéreo na segurança da Ucrânia no pós-guerra. Ao mesmo tempo, mandou um recado direto a Putin: se não colaborar num acordo de paz, “vai se complicar”.

No Oriente Médio, Israel avalia uma proposta de cessar-fogo aceita pelo Hamas: 60 dias de trégua, libertação de 200 prisioneiros palestinos em troca de 10 reféns vivos e 18 mortos.

Esse xadrez internacional mostra como o risco geopolítico pode influenciar desde o preço do petróleo até a confiança dos investidores. Quando a incerteza aumenta, o mercado corre pra ativos seguros.

👉 No fim, economia é isso: um tabuleiro onde a jogada de um líder lá longe pode mudar o preço do feijão aqui no Brasil.

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Até amanhã