Café com seu dinheiro: 24/06/2025

"Se você pode sonhar, você pode realizar." - Walt Disney

Resumo de hoje:

  • 🛢️ Mesmo com alívio, petróleo segue no radar — e os bancos alertam

  • 🏦 Fed muda o tom — e o mercado começa a sonhar com corte de juros

  • ⚖️ STF amplia direito ao salário-maternidade — e contas públicas sentem

  • 🇦🇷 Argentina cresce — mas decepciona levemente

  • 💰 JBS faz história: maior captação externa do ano

  • 🐾 Disputa no setor pet: Petlove aciona o Cade contra Petz e Cobasi

Depois de semanas em que os mercados caminharam sobre brasas, a terça-feira trouxe uma trégua inesperada — e vinda de onde poucos imaginavam: Donald Trump. O ex-presidente americano, sempre direto e provocador, afirmou em suas redes sociais que Irã e Israel chegaram a um acordo de cessar-fogo, pondo fim à escalada militar mais grave do ano.

Segundo Trump, o entendimento aconteceu logo após um ataque iraniano a uma base dos Estados Unidos no Catar, que teria sido precedido de um aviso formal à Casa Branca — gesto visto como sinal de que o Irã não queria provocar uma guerra aberta.

O impacto nos mercados foi imediato e profundo. O barril de petróleo, que vinha subindo firme com o risco de bloqueio do Estreito de Ormuz, despencou 7,2% no dia, trazendo alívio para uma série de ativos e setores sensíveis à energia. As ações da Petrobras caíram 2,5%, acompanhando a queda do Brent, e o Ibovespa também recuou 0,4%, num movimento mais técnico do que alarmista.

O dólar comercial caiu 0,4%, fechando a R$ 5,50, ajudado pela percepção de menor risco externo. Já as bolsas americanas fecharam no azul, impulsionadas pela redução da tensão geopolítica e por falas otimistas de membros do Federal Reserve.

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🛢️ Mesmo com alívio, petróleo segue no radar — e os bancos alertam

Apesar da queda expressiva do petróleo ontem, as projeções de bancos globais seguem carregadas de cautela. Segundo relatórios do Goldman Sachs e do Barclays, o barril pode facilmente retornar à casa dos US$ 100 se houver qualquer novo sinal de agravamento da crise. O principal ponto de atenção segue sendo o Estreito de Ormuz, por onde circula cerca de um quinto de todo o petróleo consumido no planeta. Qualquer movimentação que ameace interromper o tráfego marítimo na região afetaria diretamente a oferta global e poderia gerar um novo ciclo de alta inflacionária — um fantasma que o mundo inteiro quer evitar neste momento.

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🏦 Fed muda o tom — e o mercado começa a sonhar com corte de juros

Enquanto o mundo digeria o cessar-fogo no Oriente Médio, outra surpresa surgiu nos Estados Unidos. Diretores do Federal Reserve adotaram um discurso mais brando, sugerindo que a instituição está cada vez mais aberta a iniciar um ciclo de cortes de juros ainda em 2025. A mudança de tom não passou despercebida: segundo dados do CME FedWatch, a probabilidade de manutenção da taxa atual entre 4,25% e 4,50% na próxima reunião está em 77%, mas o que mais chamou atenção foi o movimento na curva futura: a chance de ao menos um corte até o fim do ano subiu para 83%, contra 64% há apenas sete dias.

Esse novo posicionamento agradou o mercado, que já começava a se preocupar com a manutenção dos juros elevados por muito tempo. Um possível início de corte nos EUA traria fôlego adicional para ativos de risco, estimularia a economia global e poderia até ajudar o Banco Central brasileiro a antecipar sua própria flexibilização monetária

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🐾 Disputa no setor pet: Petlove aciona o Cade contra Petz e Cobasi

No Brasil, outro embate — dessa vez no mundo dos pets — chamou atenção. A Petlove entrou com uma ação no Cade para barrar ou atrasar a fusão entre Petz e Cobasi, duas gigantes do setor que planejam se unir para dominar o mercado de produtos e serviços para animais de estimação. A denúncia da Petlove alega risco de concentração excessiva, prejudicando concorrência e opções ao consumidor. Se o Cade decidir investigar com mais profundidade, o processo de fusão pode atrasar ou até ser condicionado a desinvestimentos. É uma briga de gente grande — e de muito dinheiro.

⚖️ STF amplia direito ao salário-maternidade — e contas públicas sentem

Em uma decisão com forte impacto social e fiscal, o Supremo Tribunal Federal decidiu que trabalhadoras autônomas que tenham feito ao menos uma contribuição ao INSS já têm direito ao salário-maternidade. Antes, era necessário um período mínimo de 10 meses de contribuição. A medida é considerada uma vitória histórica para mulheres autônomas e informais, mas também representa um novo peso para o orçamento público.

Segundo estimativas do governo, o impacto nas contas será de R$ 5 bilhões já em 2025, subindo para R$ 12 bilhões em 2026 e chegando a R$ 15 bilhões em 2027. A decisão reacende o debate sobre o equilíbrio fiscal e a urgência de reformas que garantam previsibilidade e sustentabilidade das contas da Previdência.

🇦🇷 Argentina cresce — mas decepciona levemente

No lado sul do continente, a Argentina divulgou os dados de crescimento do PIB do primeiro trimestre: alta de 5,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar de ser um número positivo, ficou abaixo dos 6,1% esperados pelo mercado. Ainda assim, os analistas avaliam o resultado como uma sinalização de recuperação econômica moderada, com impacto limitado nas expectativas de médio prazo.

A condução fiscal do governo Javier Milei tem sido acompanhada de perto por investidores estrangeiros — e cada dado como esse é mais um termômetro da confiança no processo de reconstrução do país.

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RODAPÉ
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Até amanhã