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Café com seu dinheiro: 24/09/2025
Brasil descola dos EUA com bolsa em alta e dólar em queda após ata suave do COPOM.
Resumo de hoje:
📈 Ibovespa em alta – Bolsa sobe quase 1% e renova máxima histórica
💵 Dólar em queda – Moeda cai mais de 1% e atinge R$ 5,27, menor nível em 15 meses
🏦 COPOM dovish – Ata mais suave indica espaço para cortes de juros antes do esperado.
🇺🇸 Fed dividido – Mercado aposta em mais cortes em 2025, mas Powell mantém cautela.
🏛️ Tributos em debate – Proposta aumenta IR sobre LCIs/LCAs e gera resistência ruralista.
A semana foi de contrastes no mercado: enquanto as bolsas americanas caíram com a fala cautelosa de Powell sobre os juros, o Brasil nadou de braçada. O Ibovespa renovou máxima histórica, puxado pela leitura mais suave da ata do COPOM e pela queda do dólar para R$ 5,27, menor nível em 15 meses. O alívio veio da sinalização de que o Banco Central reconhece desaceleração da economia e melhora nas expectativas de inflação, abrindo espaço para pensar em cortes de juros antes do esperado. De quebra, o encontro relâmpago entre Lula e Trump na ONU trouxe uma pitada de otimismo geopolítico, mesmo em meio às novas sanções americanas a autoridades brasileiras.
No Congresso, a pauta foi tributária: surgiu a proposta de elevar o IR sobre LCIs e LCAs de 5% para 7,5% em 2026, mantendo a isenção em CRAs, CRIs e debêntures incentivadas. A bancada ruralista já se mostrou contrária, sinalizando embates à frente. Nos EUA, crescem as apostas em mais cortes de juros em 2025, mas o Fed segue dividido, mantendo os investidores na incerteza. Resultado: lá fora clima pesado, aqui dentro festa na bolsa – com a economia brasileira, por enquanto, conseguindo se descolar do mau humor global.
1. 📊 Ibovespa campeão e dólar no chão: Brasil descola do mundo
Imagina você estar jogando bola na praia com os amigos. O mar tá revolto, vento contra, mas do nada o seu time começa a golear como se fosse final de Champions. Foi isso que rolou com a bolsa brasileira: enquanto os gringos estavam tropeçando, o Ibovespa subiu quase 1% e ainda bateu recorde histórico. 🏆
E não parou aí: o dólar, que andava fazendo pose de fortão, despencou mais de 1% e caiu para R$ 5,27, menor nível em 15 meses. Pro brasileiro que quer viajar pra Miami ou comprar aquele iPhone novo, parece até milagre. 🙏
Por que isso aconteceu?
👉 Dois ingredientes entraram na panela:
A ata do COPOM saiu mais suave que o comunicado anterior.
E, pasme, teve até cena de novela internacional: Trump e Lula “se esbarraram” na ONU e, segundo o próprio Trump, rolou “excelente química” em 20 segundos de papo de corredor. 🤝
Resultado: o mercado brasileiro respirou aliviado, achando que as tensões entre Brasil e EUA podem dar uma trégua. Até porque, convenhamos, sanção gringa não ajuda ninguém.
2. 🏦 COPOM dovish: o Banco Central piscou?
Agora vamos falar do nosso árbitro preferido: o Banco Central.
Na última reunião, o COPOM manteve a Selic, mas deixou todo mundo preocupado com a visão sobre atividade econômica. Parecia que eles estavam vendo a economia bombando demais e que seria preciso segurar os juros por muito mais tempo. 💸
Mas aí veio a ata, e o tom foi outro: o BC reconheceu sinais de desaceleração da economia e melhora nas perspectivas de inflação. O famoso “dovish” (traduzindo: quando o BC tá mais calmo, menos agressivo).
Isso fez os juros futuros caírem, animando investidores. O mercado entendeu que talvez não precise segurar a Selic no nível atual por tanto tempo. O JP Morgan até soltou a visão: o BC pode começar a cortar juros antes mesmo da inflação bater na meta.
🎯 Tradução pro leigo: lembra quando o professor dizia que você tinha que entregar a lição toda perfeita, mas aí aceitava entregar 80% porque viu que você tava no caminho certo? É isso. O BC viu que o remédio da Selic já tá fazendo efeito e pode liberar o paciente mais cedo.
3. 🇺🇸 Fed dividido: cortar ou não cortar, eis a questão
Do outro lado do hemisfério, os EUA estão naquele drama de novela mexicana:
De um lado, os dados mostram desaceleração do mercado de trabalho.
Do outro, a inflação ainda não tá na meta de 2%.
O Fed (Banco Central americano) tá dividido. No começo de setembro, só 37% do mercado acreditava em dois cortes de juros em 2025. Agora já são quase 80%. 🎲
Mas aí vem o Jerome Powell, presidente do Fed, e solta aquele discurso estilo “deixa em aberto, não vou prometer nada”. Resultado: a bolsa americana caiu, com o S&P 500 fechando em baixa de 0,5%. 📉
Análise carioca:
Powell parece aquele amigo que diz “talvez eu vá no churrasco” e te deixa comprando picanha sem saber se ele aparece. O mercado odeia incerteza. E, por isso, enquanto a bolsa brasileira surfava, a americana amargou queda.
4. 🏛️ A novela tributária: IR nas LCIs e LCAs
No meio desse samba do mercado, o Congresso resolveu colocar mais pimenta na feijoada. O relator da medida provisória que substitui o IOF propôs aumentar o IR sobre LCIs e LCAs de 5% para 7,5% em 2026. 📑
👉 Pra você que não acompanha:
LCIs/LCAs são títulos de banco, isentos de IR pra pessoa física até o final de 2025.
Só que agora querem taxar.
Em compensação, querem manter a isenção das debêntures incentivadas, CRAs e CRIs – que financiam projetos de infraestrutura e o agronegócio. 🍃
Problema: a bancada ruralista já fechou questão contra o aumento. E quando os caras do agro batem o pé, você sabe: o governo vai ter que suar a camisa pra aprovar.
Moral da história: ainda vamos ver muita briga. Enquanto isso, o investidor precisa ficar de olho, porque esses ajustes mudam totalmente o cardápio de investimentos isentos de IR.
5. 🌍 Política internacional, Lula & Trump e o “climão” das sanções
E pra fechar, vamos de geopolítica.
Enquanto aqui a gente comemorava a “química” entre Lula e Trump, os EUA apertaram ainda mais o cerco, aplicando sanções via Lei Magnitsky – dessa vez atingindo até a esposa do ministro Alexandre de Moraes. 🎭
É como aquele jantar de família em que dois primos se abraçam sorrindo, mas na mesa ainda tem uma galera se cutucando. O encontro de 20 segundos foi lido pelo mercado como sinal de possível reaproximação. Só que, ao mesmo tempo, as sanções mostram que a relação continua cheia de farpas.
Por que isso importa pra você, leitor?
Porque política internacional bate direto no dólar, nos juros e na bolsa. Se os EUA resolvem endurecer mais, o real pode sofrer. Se houver trégua, a gente ganha fôlego. É como jogo de tênis: cada saque de um lado muda completamente a dinâmica do outro.
🎯 Conclusão
Essa semana foi a prova de que economia não é só número: é narrativa, confiança e, às vezes, até química de corredor na ONU. 💡
O Brasil surpreendeu positivamente com bolsa em alta e dólar em queda.
O COPOM mostrou que pode não precisar ser tão durão.
O Fed segue em cima do muro.
No Congresso, a briga é por mais imposto.
E na política internacional, seguimos entre tapas e beijos com os EUA.
O investidor que entende essa novela sabe que cada detalhe muda o humor do mercado. E, no fim das contas, economia é isso: um grande roteiro que mistura drama, comédia e suspense – só não dá pra assistir de camarote sem saber o que tá rolando.
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Até amanhã