Café com seu dinheiro: 25/06/2025

"O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo" - Winston Churchill

Resumo de hoje:

  • 📉 Copom reforça: Selic vai continuar em 15% por um bom tempo

  • 💵 Banco Central vai ao mercado para conter pressão sobre o dólar

  • 💰 Tesouro anuncia superávit e tenta reforçar discurso de responsabilidade fiscal

Depois de quase duas semanas de incerteza, tensão e instabilidade nos mercados, os investidores finalmente puderam respirar com mais tranquilidade. O cessar-fogo entre Israel e Irã foi confirmado, encerrando oficialmente 12 dias de confrontos intensos que deixaram o mundo em estado de alerta. Ambos os lados se disseram “vitoriosos”, o que, no jogo diplomático, geralmente é o sinal que abre caminho para a paz — ou pelo menos uma trégua temporária.

A boa notícia veio acompanhada de uma sinalização ainda mais surpreendente por parte dos Estados Unidos, que indicaram que estão dispostos a afrouxar as sanções ao petróleo iraniano. Essa mudança de postura pegou o mercado de commodities de surpresa e aliviou a pressão sobre o preço do petróleo, que havia disparado nas últimas semanas. O reflexo foi imediato: as bolsas de valores ao redor do mundo subiram, embalada pela percepção de menor risco geopolítico e por um possível aumento na oferta global de petróleo — o que ajuda a conter a inflação e sustenta o apetite por ativos de risco.

📉 Copom reforça: Selic vai continuar em 15% por um bom tempo

No campo doméstico, o Banco Central brasileiro também trouxe novidades importantes. A ata da última reunião do Copom foi publicada ontem e confirmou o que o comunicado já havia sinalizado: a taxa Selic vai permanecer no patamar atual de 15% por um período prolongado. O comitê vê esse nível de juros como adequado para manter a inflação sob controle, mesmo diante das recentes melhoras nas projeções de curto prazo.

Em outras palavras, o BC está dizendo: “não se animem com cortes tão cedo”. Para o investidor, a mensagem é clara — a renda fixa continua oferecendo ótimos retornos com baixo risco, mas o mercado de ações ainda enfrenta obstáculos relevantes. As empresas mais sensíveis ao custo do crédito, como varejo e construção civil, tendem a seguir pressionadas.

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💵 Banco Central vai ao mercado para conter pressão sobre o dólar

Ainda falando de Banco Central, a autoridade monetária também anunciou uma intervenção direta no mercado de câmbio. Hoje, o BC vai vender US$ 1 bilhão em moeda americana no mercado à vista, além de ofertar o equivalente em contratos de swap cambial reverso, que têm como objetivo retirar reais da economia, ajudando a segurar o dólar.

Essa medida foi interpretada como uma tentativa de conter o avanço da moeda americana, cuja demanda no mercado à vista vinha crescendo nos últimos dias, pressionando o câmbio. Mesmo com a leve queda de 0,4% no dólar ontem, a autoridade monetária decidiu agir para evitar que a volatilidade ganhe força e contamine outros preços da economia, especialmente em um momento delicado para a inflação.

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💰 Tesouro anuncia superávit e tenta reforçar discurso de responsabilidade fiscal

Em meio à discussão sobre equilíbrio das contas públicas, o secretário do Tesouro Nacional, Rodrigo Ceron, divulgou uma atualização positiva: o Brasil acumulou um superávit primário de R$ 20 bilhões nos últimos 12 meses. Esse valor representa uma melhora de R$ 60 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado, quando o resultado foi um déficit de R$ 40 bilhões.

Segundo Ceron, os números mostram que o processo de consolidação fiscal está em curso, ainda que enfrente desafios políticos e pressões de aumento de gastos por todos os lados. A declaração veio em tom de defesa do governo, que busca reforçar seu compromisso com a responsabilidade fiscal e tentar acalmar os investidores, num momento em que qualquer ruído fiscal afeta diretamente a curva de juros e o câmbio.

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Até amanhã