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- Café com seu dinheiro: 27/06/2025
Café com seu dinheiro: 27/06/2025
"A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito" - Fernando Pessoa
Resumo de hoje:
🇺🇸 Dólar global despenca com especulação sobre sucessor de Powell
🌏 EUA e China fazem acordo sobre terras raras, mas PIB decepciona
🏛️ Brasília tropeça com IOF e pode rever metas fiscais de 2026
⚖️ Alívio parcial para o Rio de Janeiro na dívida com a União
📉 Casas Bahia afunda, enquanto Raízen e Cogna captam no exterior
O mercado brasileiro finalmente teve um respiro depois de dias intensos e turbulentos. A prévia da inflação oficial, o IPCA-15, trouxe uma boa surpresa: os preços subiram apenas 0,26% no mês, abaixo das expectativas, e a inflação acumulada em 12 meses caiu para 5,27% — marcando a primeira desaceleração em quase um ano.
Isso trouxe alívio generalizado ao mercado de juros futuros, que recuaram com força, renovando o otimismo dos investidores com possíveis cortes na taxa Selic ainda em 2025. O reflexo disso foi direto no Ibovespa, que subiu 1%, com destaque para ações ligadas ao consumo e à construção civil — setores mais sensíveis ao custo do crédito.
🇺🇸 Dólar global despenca com especulação sobre sucessor de Powell
Nos Estados Unidos, o dia foi marcado por movimentos fortes no mercado de câmbio e especulação política. O governo Biden estaria avaliando antecipar o anúncio do substituto de Jerome Powell no comando do Federal Reserve, o banco central americano. A expectativa é que o nome indicado seja de perfil mais flexível com os juros — o que acendeu o entusiasmo em Wall Street.
No entanto, esse tipo de interferência gera preocupação com a autonomia do Fed, e o impacto foi imediato: o dólar global caiu ao menor nível em três anos, enquanto as bolsas americanas fecharam em alta, embaladas pela esperança de uma política monetária mais suave nos próximos meses.
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🌏 EUA e China fazem acordo sobre terras raras, mas PIB decepciona
Em outro ponto do mapa, Estados Unidos e China conseguiram selar um acordo estratégico para garantir o fluxo comercial de terras raras, insumos indispensáveis para eletrônicos, carros elétricos e equipamentos militares. Apesar da trégua, os efeitos da guerra comercial já apareceram nos números: o PIB dos EUA encolheu 0,5% no primeiro trimestre, mais do que os 0,2% esperados.
O motivo? Empresas e consumidores anteciparam importações antes das tarifas entrarem em vigor em abril — e isso esvaziou o trimestre seguinte, puxando a economia para baixo.
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🏛️ Brasília tropeça com IOF e pode rever metas fiscais de 2026
Enquanto o mercado comemorava a queda da inflação, o governo Lula levava um duro golpe no Congresso. A derrubada do decreto que aumentava o IOF sobre investimentos foi um recado claro da insatisfação dos parlamentares com o Planalto. A medida tinha como objetivo arrecadar cerca de R$ 12 bilhões ainda este ano e mais R$ 20 bilhões em 2026, mas caiu por 383 votos contra 98 — com deputados da própria base votando contra o governo.
Agora, cresce o risco de a equipe econômica ter que revisar a meta fiscal de 2026, hoje estimada como superavit de até 0,25%. Além disso, a promessa de isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil começa a parecer cada vez mais distante.
A Advocacia-Geral da União (AGU) até poderia tentar reverter a derrota no STF, mas já sinalizou que não pretende judicializar o caso, o que deixa o governo em busca de outras formas de reforçar o caixa.
⚖️ Alívio parcial para o Rio de Janeiro na dívida com a União
Em decisão importante no campo jurídico, o Supremo Tribunal Federal decidiu manter o regime de recuperação fiscal do Estado do Rio de Janeiro. Isso representa uma economia significativa para os cofres fluminenses: em vez de desembolsar R$ 11 bilhões em 2025, o estado deverá pagar R$ 4,9 bilhões. Ainda assim, o problema estrutural permanece: o total da dívida é de R$ 217 bilhões, o equivalente a duas vezes a receita líquida anual do estado. A medida dá fôlego no curto prazo, mas a sustentabilidade financeira de médio e longo prazo segue sendo um desafio.
📉 Casas Bahia afunda, enquanto Raízen e Cogna captam no exterior
O noticiário corporativo teve altos e baixos marcantes. A Casas Bahia, uma das varejistas mais conhecidas do país, viu suas ações desabarem 70% após rumores de que Michael Klein, ex-controlador da companhia, estaria cogitando reassumir o comando. O mercado viu isso como um possível retrocesso, já que a empresa passa por dificuldades operacionais e financeiras há meses.
Enquanto isso, duas grandes empresas brasileiras foram ao mercado externo buscar capital.
A Raízen, do setor de energia, levantou US$ 750 milhões com bonds de 7 anos, sinalizando confiança dos investidores internacionais.
A Cogna, gigante do setor educacional, também teve sucesso e captou US$ 100 milhões junto ao Banco Mundial, que deve apoiar projetos de expansão com impacto social positivo.
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Até amanhã