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Café com seu dinheiro: 29/09/2025
Bolsas globais subiram com dólar fraco, mas o Ibovespa caiu em meio a riscos políticos, tensão geopolítica e incertezas sobre juros nos EUA.
Resumo de hoje:
📉 Ibovespa na contramão – bolsas globais em alta, dólar em queda, mas o índice brasileiro fechou negativo.
🇺🇸 PCE e Fed – inflação dentro do esperado anima mercado, que aposta em mais cortes de juros nos EUA.
💵 Força do dólar – DXY reage após mínimas de 3 anos, reacendendo debate sobre fim da fraqueza da moeda.
🏛️ Política americana – risco de shutdown e impasse no teto da dívida mexem com os mercados.
🌎 Cenário internacional – IPO reverso no Brasil, rusgas diplomáticas com EUA e guerra na Ucrânia em destaque.
As bolsas globais fecharam a semana em alta, embaladas por um dólar mais fraco, mas o Ibovespa destoou e caiu levemente. O alívio veio dos dados de inflação do PCE nos EUA, que vieram dentro do esperado, reforçando a aposta do mercado em mais dois cortes de juros pelo Fed neste ano. Ainda assim, a economia americana segue forte, e isso traz dúvidas sobre até onde o banco central pode ir sem reacender a inflação. Enquanto isso, o dólar global (DXY) ensaia recuperação após bater mínimas de três anos, reacendendo o debate sobre o fim da fase de fraqueza da moeda americana, o que pressiona países emergentes como o Brasil.
No campo político, os EUA enfrentam a novela do teto da dívida com risco de shutdown, e aqui no Brasil, a diplomacia voltou a azedar após críticas do secretário de Comércio americano, mesmo com Trump acenando para se encontrar com Lula. Empresas brasileiras buscam alternativas para entrar na bolsa via IPO reverso, movimento que pode ganhar força em tempos de mercado desafiador. Já no cenário geopolítico, a Rússia intensificou ataques contra Kiev, em ofensiva que além da tragédia humanitária aumenta a instabilidade global. O investidor, diante desse cenário, precisa navegar entre sinais positivos e riscos que continuam no radar.
1. 🌍 Sexta-feira feliz no mundo, azeda no Brasil: quem convidou o Ibovespa?
Sexta-feira foi um daqueles dias em que todo mundo parecia animado na balada… menos o Brasil. 🎶 Lá fora, as bolsas globais subiram bonito, pelo menos +0,50%, embaladas pelo dado de inflação, que não deu susto. A moeda americana por aqui perdeu 0,50% e fechou a R$5,33. Isso normalmente faria a galera do Ibovespa brindar, mas por aqui a festa não rolou: nosso índice caiu 0,10%.
É aquele amigo que chega na festa, vê todo mundo dançando e fala: “Não tô no clima”. 😅
2. 🇺🇸 PCE, Fed e os cortes de juros: o maestro da festa
Se tem uma sigla que faz o mercado americano perder o sono, é PCE – Personal Consumption Expenditures Price Index. É o indicador de inflação preferido do Fed, o banco central dos EUA.
O dado saiu em linha com o esperado. Isso significa que, mesmo com a inflação ainda bem acima da meta de 2% (atualmente girando entre 3%), não teve susto. O mercado respirou aliviado: “ufa, não vem bomba escondida”.
Agora, qual é a fofoca?
📉 O Fed cortou 0,25 ponto percentual recentemente e o mercado aposta em mais dois cortes até o fim do ano. Isso parece pouco, mas cada corte do Fed é como aquele desconto de Black Friday: pode ser simbólico, mas movimenta bilhões.
💪 O problema é que a economia americana segue forte: desemprego baixo, consumo firme, produção industrial acelerada. É como tentar convencer um maratonista cheio de energia a parar pra descansar: difícil.
O dilema do Fed é clássico: se corta muito, pode reacender a inflação; se corta pouco, segura o crescimento. Por isso, o PCE virou a bússola – cada décimo importa.
3. 💵 O dólar global e a novela do DXY: fim da fraqueza?
O dólar global, medido pelo índice DXY, andou nas mínimas de 3 anos recentemente. A galera achava que o bilhete verde tava aposentando mais cedo. Mas não é que ele resolveu dar uma reagida?
📈 Nos últimos dias, o DXY mostrou sinais de recuperação. Analistas já discutem se acabou a fase de “dólar fraco no mundo”.
Por quê?
Os EUA não deram a desacelerada que muita gente esperava em 2025.
Dados de emprego, vendas no varejo e produção industrial vieram fortes.
Enquanto isso, Europa e Japão não entregaram muito crescimento.
É como aquela pelada de domingo em que todo mundo acha que o craque do time não vai jogar bem… e ele mete dois gols só de raiva. ⚽
Mas atenção: dólar forte globalmente costuma pressionar moedas emergentes, como o real. E isso significa mais desafio pro nosso Banco Central, que já lida com inflação teimosa e cenário fiscal confuso.
4. 🇺🇸 Política americana: Trump, Congresso e a ameaça de shutdown
Lá nos EUA, além do Fed, tem a novela do teto da dívida. Todo ano é a mesma coisa: governo americano gasta mais do que arrecada, precisa pedir pro Congresso aprovar mais endividamento, e começa a chantagem política.
📌 Se não aprovarem a lei de gastos até 1º de outubro, o governo simplesmente fecha (o famoso shutdown). Literalmente, não sobra dinheiro nem pra papel higiênico na Casa Branca. 🚽
Os quatro principais líderes do Congresso vão se reunir com Trump na véspera do prazo. Só que, mesmo que aprovem, é tapa-buraco: o projeto só financia o governo até novembro. É como pagar o mínimo da fatura do cartão – resolve hoje, mas a dívida continua.
Esse jogo de empurra já virou tradição americana, mas aumenta a volatilidade global. Afinal, estamos falando do maior devedor do planeta, que imprime a moeda mais usada do mundo. Se dá ruim lá, respinga aqui rapidinho.
5. 🌎 O xadrez internacional: IPO reverso, Brasil–EUA e guerra na Ucrânia
a) 📈 IPO reverso: a moda da vez
As empresas brasileiras andam de olho num atalho para a bolsa: em vez de fazer um IPO tradicional (caro e burocrático), estão comprando empresas já listadas. Isso é o chamado IPO reverso.
Exemplos:
A Reag, alvo da operação Carbono Oculto, comprou a GetNinjas.
A incorporadora BRZ, cansada de esperar o IPO, comprou a Fica.
Funciona assim: a empresa pequena já listada serve de “porta de entrada”. Depois, com mais visibilidade e governança, a companhia busca captação via follow-on. É como casar com alguém que já tem cidadania americana pra conseguir o green card. 💍
b) 🇧🇷🇺🇸 Brasil e EUA: o tom azedou de novo
Trump até acenou pra encontrar Lula, mas o secretário de Comércio dos EUA mandou uma dessas de boteco: “O Brasil precisa ser consertado”. 🤦♂️
Climão diplomático antes do possível encontro na Malásia, na cúpula da ASEAN, no fim de outubro.
O mercado fica de olho porque essas falas azedam acordos, investimentos e confiança externa no Brasil.
c) ⚔️ Ucrânia sob ataque
Enquanto isso, a Rússia lançou centenas de drones e mísseis contra Kiev, matando pelo menos 4 pessoas e ferindo dezenas. Foram 595 drones e 48 mísseis em uma só noite – ataque que durou mais de 12 horas.
As defesas ucranianas interceptaram a maioria, mas os danos à infraestrutura foram grandes. Cada ataque desse não é só uma tragédia humanitária – também mexe com o preço de energia, alimentos e a geopolítica global.
🎯 Conclusão: o mundo é uma balada com vários DJs
Se a gente juntar tudo:
Bolsas globais animadas 🎉
Fed tentando controlar a pista com o PCE 🎚️
Dólar testando se ainda é o dono do baile 💵
Congresso dos EUA brincando de apagar incêndio 🔥
IPO reverso, rusga diplomática e guerra adicionando tempero 🌶️
O investidor brasileiro olha esse cenário e pensa: “Tá difícil escolher a música pra dançar”. Mas é justamente nesses momentos que informação vira diferencial.
Quem entende os movimentos globais consegue proteger carteira, buscar oportunidades e não cair na armadilha do barulho político.
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Até amanhã