Café com seu dinheiro: 30/05

"Pare de se importar com as opiniões alheias. Se eu ouvisse tudo o que me diziam, não teria conseguido deixar de ser camelô para me tornar banqueiro." - Silvio Santos

Resumo de hoje:

  • 💣 IOF no centro da confusão fiscal

  • 🌎 Lá fora, tensão com sabor de tecnologia

  • 📉 Apesar disso, veio uma notícia que acalmou um pouco os ânimos

  • 🕊️ Paz no Oriente Médio?

Ontem, o mercado financeiro parecia um tabuleiro de guerra silenciosa. De um lado, Brasília tentando manter a máquina pública funcionando. Do outro, investidores tentando entender até onde vai a conta — e quem vai pagar por ela.

E no meio desse xadrez, o protagonista tem três letras e muita polêmica: IOF.

IOF: arrecada ou atrapalha?

⚖️ IOF: o novo vilão (ou herói?) do orçamento

Nos últimos dias, o aumento do IOF — aquele imposto que você paga sempre que pega um empréstimo ou financiamento — virou tema central em Brasília. Mas nesta quinta, o jogo subiu de nível. O Congresso começou a discutir a derrubada do decreto que aumentou a alíquota.

A resposta do governo veio em tom dramático. O Secretário do Tesouro, Rogério Ceron, não economizou nas palavras:

“Se derrubarem o IOF, não tem outra solução. O impacto é maior do que todo o Minha Casa Minha Vida e os investimentos do Ministério da Defesa.”

Rogério Ceron, Secretário do Tesouro Nacional

Ou seja, se o Congresso desmanchar o aumento, o governo perde R$ 20 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026. Em tempos de meta fiscal apertada e desconfiança dos investidores, essa arrecadação virou questão de sobrevivência para a credibilidade econômica do país.

👀 Para quem está de fora, pode parecer “só mais um imposto”. Mas para o mercado, o recado é claro: sem IOF, o plano fiscal corre o risco de desmoronar.

🎙️ O que disseram os grandes nomes?

Luis Stuhlberger, um dos gestores mais respeitados do Brasil, entrou no debate. Segundo ele, o aumento do IOF mostra como o governo enxerga os mais ricos: como fonte inesgotável de recursos. Ele classificou a medida como uma "aula de psicologia tributária", criticando o governo por desincentivar investimentos ao invés de cortar gastos.

Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, também se posicionou, lembrando que a credibilidade fiscal se perde em decisões pontuais como essa.

O mercado financeiro, como era de se esperar, reagiu com cautela. E o Ibovespa caiu.

📈 Lá fora: PIB dos EUA, Trump e a estrela chamada NVIDIA

Enquanto o Brasil brigava por arrecadação, os Estados Unidos também chamaram a atenção. O dado do PIB americano mostrou uma queda de 0,2% no último trimestre. Ruim? Sim. Mas melhor que o -0,4% que o mercado esperava. Resultado: alívio parcial nos índices de risco.

E enquanto isso, um nome brilhou no mercado como um superastro de Hollywood: NVIDIA.

💻 A fabricante de chips divulgou um lucro e receita muito acima das expectativas. Resultado? Suas ações dispararam, puxando o setor de tecnologia junto. Com a inteligência artificial no centro da revolução digital, a empresa virou praticamente sinônimo de futuro.

Em paralelo, o ex-presidente Donald Trump pressionou o Federal Reserve a baixar os juros, enquanto uma corte americana restaurou tarifas comerciais que haviam sido suspensas — elevando a temperatura no comércio internacional.

🧮 E os números do dia? Vamos por partes:

  • 📉 Ibovespa: caiu 0,25%, aos 138.534 pontos — reflexo direto da incerteza fiscal no Brasil.

  • 📈 S&P 500: subiu 0,40% — apoiado pelos bons resultados das big techs.

  • 📈 Nasdaq: também subiu 0,40%, impulsionado pela NVIDIA.

  • 💵 Dólar: caiu 0,39%, fechando em R$ 5,66 — ajudado por fluxo externo e apetite por risco.

  • Bitcoin: caiu 0,2%, cotado a cerca de US$ 106 mil — dia de pouca oscilação, mas muita atenção.

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Até amanhã