Resumo de hoje:
💰 Juros em foco: Fed corta 0,25 ponto e adota tom mais cauteloso, enquanto o BC brasileiro deve manter a Selic em 15%.
📈 Bolsa em alta: Ibovespa bate recorde aos 149 mil pontos com alta do minério de ferro e melhora nas tensões entre EUA e China.
🏦 Crédito e consumo: crescimento do crédito desacelera, inadimplência sobe e o juro alto freia o apetite por novos empréstimos.
🧾 Nova Lei das S.A.: Câmara aprova ações coletivas de acionistas minoritários e amplia o poder de fiscalização da CVM.
🤖 Gigantes e setores: NVIDIA chega a US$ 5 trilhões, cobre dispara 30% e o Congresso aprova volta da franquia gratuita de bagagem em voos.
O Fed cortou os juros em 0,25 ponto percental, levando a taxa americana para a faixa entre 3,75% e 4%, mas o tom conservador de Jerome Powell esfriou o otimismo dos investidores. O presidente do Fed indicou que há espaço para uma pausa nos cortes, o que fortaleceu o dólar e manteve as bolsas estáveis. No Brasil, o Banco Central deve manter a Selic em 15% na reunião da próxima semana, reforçando o diferencial de juros e ajudando o real a se valorizar. Enquanto isso, o Ibovespa bateu novo recorde aos 149 mil pontos, impulsionado pela alta de 15% no minério de ferro e pela melhora do humor global com as tensões comerciais entre EUA e China.
Apesar do otimismo na bolsa, o crédito desacelera e a inadimplência segue em alta, reflexo dos juros elevados. A Câmara aprovou mudanças na Lei das S.A., fortalecendo a proteção dos investidores e o poder da CVM. Lá fora, a NVIDIA atingiu valor recorde de US$ 5 trilhões com a explosão da demanda por chips de inteligência artificial, o cobre subiu 30% com risco de escassez global e o setor aéreo brasileiro volta a oferecer despacho gratuito de bagagem. Em resumo, o mundo muda de marcha com juros menores lá fora, mas cautela, enquanto o Brasil tenta manter o equilíbrio entre crescimento, crédito e inflação.
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Em meio a um cenário econômico cheio de turbulências, com dólar oscilando, bolsa flertando com instabilidade e empresários de olho no extrato, um setor vem mostrando estabilidade e crescimento: o da educação corporativa. Dados recentes indicam que 94% das empresas brasileiras têm orçamento anual específico para treinamento e desenvolvimento de colaboradores, segundo a “Pesquisa Panorama do Treinamento no Brasil 2023/2024”. Essa estatística revela que capacitação e recorrência não são mais “bom ter”, mas sim “tem que ter”.
As empresas que estão investindo entenderam que o jogo da educação mudou. Não basta mais ofertar um curso episódico, é preciso criar um ecossistema que fideliza, monetiza e transforma conteúdo em comunidade. E é exatamente nesse espaço que plataformas como a EngagED entram.
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1️⃣ A dança dos juros lá fora: o Fed pisa, mas com cuidado
Ontem foi dia de decisão importante nos Estados Unidos. O Federal Reserve, o banco central americano, cortou os juros em 0,25 ponto percentual, levando a taxa pra 3,75% a 4,00% ao ano, exatamente como o mercado esperava.
Mas o detalhe foi o que pegou os investidores de surpresa. A decisão não foi unânime: um diretor defendeu um corte maior, de 0,50 ponto, e outro queria deixar tudo como estava. Essa divisão acendeu o alerta de que o Fed pode pausar os cortes nas próximas reuniões.
Jerome Powell, o presidente do Fed, foi claro: o comitê quer avaliar os efeitos dos cortes antes de seguir em frente. Traduzindo pro bom português: “vamos dar um tempo e ver o que acontece”.
O tom foi considerado hawkish (duro, conservador) e esfriou o ânimo do mercado. O dólar se valorizou globalmente, as bolsas ficaram sem direção definida e o investidor ficou com aquela cara de “ué”.
Por que isso importa pra você?
Quando os juros americanos sobem ou demoram pra cair, o dólar tende a se fortalecer. Isso encarece tudo que é precificado em dólar: passagem aérea, eletrônicos, e até o café do seu espresso pode sentir no preço do grão importado. Além disso, investidores globais preferem aplicar lá fora, o que tira pressão dos mercados emergentes como o Brasil.
O resumo do capítulo é simples: o Fed cortou, mas deixou o clima tenso. O mercado esperava uma festa, mas Powell chegou com cara de quem vai embora cedo. 🎭
2️⃣ Brasil na espera: o BC de olho no gringo
Enquanto isso, aqui no Brasil, o Banco Central se prepara pra sua própria reunião, marcada pra 4 e 5 de novembro. O consenso é de que a Selic será mantida em 15%.
A leitura é que, com o Fed ainda cauteloso, não faz sentido o BC sair cortando os juros agora. O diferencial entre o juro brasileiro e o americano já está grande, o que favorece a valorização do real e ajuda a conter o dólar.
Mas há um custo: juros altos por muito tempo significam crédito caro, consumo mais fraco e economia que anda, mas manca.
De qualquer forma, o Brasil virou uma espécie de “porto seguro de juro alto”. Investidor estrangeiro adora esse tipo de cenário. O real se valoriza, as reservas crescem e a bolsa ganha fôlego.
Traduzindo pra vida real:
Se você tem aplicação em renda fixa, é uma boa notícia: os juros seguem altos. Mas se você tá pensando em financiar o carro, o apartamento ou abrir o negócio, respira fundo: o custo de capital ainda é salgado.
O BC tá entre a cruz e a planilha: não quer matar o crescimento, mas também não pode deixar a inflação escapar.
3️⃣ Ibovespa no topo: a bolsa brasileira em ritmo de samba
Enquanto o mundo digere Powell, o Brasil resolveu sambar. O Ibovespa bateu novo recorde, chegando aos 149 mil pontos, impulsionado por um cenário mais leve nas tensões comerciais entre EUA e China e pela alta do minério de ferro, que subiu 15% desde julho e agora gira em torno de US$ 110 por tonelada.
A Vale foi destaque, surfando essa onda. E o curioso é que o mercado errou feio as previsões. Quando Trump anunciou tarifas sobre produtos chineses lá em abril, muita gente achou que a China reduziria sua demanda por minério. Aconteceu o contrário: a demanda ficou estável.
Por que isso importa:
O Brasil é um grande exportador de commodities, e quando elas sobem, entram mais dólares no país. Isso ajuda o câmbio e melhora o humor dos investidores.
Mas, calma: recorde na bolsa não significa que a economia está uma maravilha. Significa que o investidor acredita no futuro das empresas, e não necessariamente que a renda real da população está subindo.
Pra quem investe, o recado é o de sempre: mantenha o pé no chão. Recorde de hoje não garante festa amanhã.
4️⃣ Crédito mais caro, consumo mais fraco
Nem tudo são flores. O saldo de crédito no sistema financeiro brasileiro vem desacelerando. Em setembro, cresceu 10% nos últimos 12 meses, abaixo dos 10,4% de agosto e bem distante do pico de 12,3% registrado em fevereiro.
O principal motivo é o aumento da taxa Selic, que subiu de 10,5% em julho de 2024 para 15% em junho de 2025. Juros altos esfriam o apetite dos bancos e das pessoas por empréstimos.
A inadimplência ficou estável em 3,9%, mas era de 3% em dezembro passado. Ou seja, o juro alto está fazendo efeito: gente devendo mais e bancos emprestando menos.
E o que isso significa no seu dia a dia?
Financiamento de carro, casa, ou cartão parcelado estão mais caros. O crédito pessoal também encareceu. Mas o lado bom é que o BC parece estar conseguindo conter o risco de inflação sem causar um “apagão” de crédito.
Pense nisso como um freio de mão puxado: o carro ainda anda, só que devagar.
5️⃣ Nova lei das S.A.: o investidor brasileiro ganha voz
Nem só de juros vive o mercado. A Câmara dos Deputados aprovou mudanças na Lei das Sociedades Anônimas, criando a possibilidade de ações coletivas de acionistas minoritários, algo parecido com as class actions dos EUA.
A ideia é permitir que investidores se unam para cobrar indenizações em casos de prejuízo causado por má conduta da empresa. A CVM também ganhou mais poder para fiscalizar e punir.
Por que isso é importante?
Mais proteção pros pequenos investidores e mais responsabilidade pras empresas. Isso aumenta a confiança no mercado de capitais, o que atrai capital estrangeiro e ajuda o Brasil a se consolidar como um ambiente mais transparente.
Pra você que investe (ou pensa em investir), isso é um passo enorme pra maturidade do mercado. E pra quem ainda não investe, é um sinal de que o jogo tá ficando mais justo.
Governança corporativa pode não ser tema de bar, mas é ela que define se o seu dinheiro dorme tranquilo.
6️⃣ NVIDIA: o novo império dos chips
Enquanto a gente discute juros, a NVIDIA segue escrevendo história. A empresa atingiu US$ 5 trilhões de valor de mercado e se tornou a primeira do mundo a chegar nesse patamar.
As ações subiram 3,1% depois de resultados excepcionais, impulsionados pela venda de chips de inteligência artificial e pela expectativa de acesso ampliado ao mercado chinês.
Pra colocar em perspectiva: há apenas três meses, a empresa valia US$ 4 trilhões. Um trilhão em 90 dias. Tá bom pra você?
O presidente americano Donald Trump disse que pretende discutir o chip Blackwell, da NVIDIA, com o presidente Xi Jinping. Isso reforçou a tese de que os EUA e a China podem cooperar (ou disputar) nesse novo ouro digital.
Por que isso interessa pra gente:
O mundo entrou oficialmente na era da inteligência artificial. E toda revolução tecnológica muda a economia. A NVIDIA é a locomotiva dessa nova fase, assim como a Microsoft foi na era dos PCs e a Apple na era dos smartphones.
Pro Brasil, significa oportunidades e desafios. A demanda por tecnologia vai aumentar, mas o país precisa investir pesado em educação e infraestrutura digital pra não ficar pra trás.
Se o cobre é o sangue da indústria tradicional, o chip virou o sangue da nova economia.
7️⃣ Setores que movimentaram o dia: bancos, metais e voos
Bancos
O Bradesco lucrou R$ 6,2 bilhões no terceiro trimestre, alta de 19% na comparação anual. O resultado veio impulsionado por margem com clientes e seguros. O retorno sobre o patrimônio (ROE) ficou em 14,7%.
O Santander Brasil teve lucro de R$ 4 bilhões, alta de 9,4% no ano, superando as expectativas. O banco se beneficiou de uma alíquota efetiva de imposto muito baixa, de apenas 6%, contra uma taxa nominal de 45%. O ROE foi de 17,5%.
Leitura rápida: bancos voltaram a crescer depois de um semestre morno. Isso mostra que, mesmo com o crédito desacelerando, a rentabilidade do setor segue firme.
Cobre
O cobre subiu 30% desde abril, reflexo de problemas na produção em grandes minas, envelhecimento das jazidas e tarifas impostas pelos EUA. A alta preocupa o setor industrial, mas é ótima notícia pros países exportadores.
O cobre é um dos metais mais usados na eletrônica, nos carros elétricos e na construção. Quando o preço dispara, é sinal de que a indústria global está voltando a respirar.
Aviação
A Câmara dos Deputados aprovou uma medida que proíbe a venda de passagens sem franquia de bagagem. A nova regra determina gratuidade para bagagens de até 23 kg em voos domésticos e internacionais.
As companhias aéreas criticaram a decisão, dizendo que ela reduz a concorrência e encarece os bilhetes. Já o consumidor comemora, porque ninguém aguenta mais pagar R$ 200 pra despachar uma mala.
O impacto final ainda é incerto, mas a medida reacende o debate sobre o equilíbrio entre preço e serviço no setor aéreo.
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Até mais tarde!

