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Caneta Caiu: 09/10/2025
Bancos lideram, Ambipar despenca, Bitcoin realiza, crédito se renova e BTG malha — tudo isso num Brasil onde até o Lula fala grosso e o mercado pede café. ☕📈
Resumo de hoje:
🏦 Setor financeiro domina: Bancos voltam ao topo da B3 em setembro, com Itaú, Bradesco e BTG puxando o volume.
♻️ Ambipar despenca: Venda de ações pelo controlador derruba a confiança e o preço da empresa.
🪙 Bitcoin realiza lucros: Após nova máxima histórica, investidores embolsam ganhos e o cripto dá uma pausa.
🏠 Crédito imobiliário se reinventa: Bancos lançam modelos híbridos de financiamento para reaquecer o setor.
💪 BTG de olho na Bodytech: Banco busca parceiro para investir e expandir a rede de academias
A sexta-feira veio com cara de fechamento de planilha e cheiro de café passado ☕: o setor financeiro voltou a reinar na B3, com Itaú, Bradesco e BTG puxando o volume de negócios e mostrando que, no fim das contas, é o spread bancário que manda no jogo. Enquanto isso, a Ambipar virou o vilão do dia — as ações despencaram após o controlador vender parte da posição, levantando dúvidas sobre confiança e governança. Lá fora, o Bitcoin tirou o pé do acelerador depois de uma nova máxima histórica, num movimento clássico de realização de lucros, e os bancos brasileiros aproveitaram pra relançar o crédito imobiliário com novas fórmulas mais flexíveis e híbridas.
Pra fechar com estilo, o BTG resolveu malhar o portfólio e busca um parceiro pra reforçar a rede de academias Bodytech, de olho no segmento de bem-estar premium. E no campo político, Lula encerrou o dia com bom humor e polêmica, dizendo que “tem idade pra falar grosso com Trump”. No balanço geral, o mercado terminou o dia com a típica cara de sexta: alguns ativos suando na academia, outros precisando de descanso — mas todo mundo já pensando no próximo café de segunda-feira. 📊🇧🇷
🏦 1 | O rei voltou: setor financeiro domina a B3
Enquanto a nova economia ainda tenta encontrar o caminho do lucro, os bancos seguem firmes no trono da B3 👑. Segundo o ranking de setembro, o setor financeiro foi o mais negociado da bolsa, superando commodities e varejo.
Itaú, Bradesco, BTG e Santander seguem sendo os astros do palco, com liquidez farta e investidores institucionais mantendo posição. E não é pra menos: o cenário ainda mistura Selic alta, crédito caro e apetite seletivo — o que, na prática, significa lucro garantido pros grandões.
O curioso é que, mesmo em tempos de transformação digital e revolução das fintechs, o mercado continua preferindo quem tem histórico e balanço parrudo. O investidor, cansado de promessas e valuations mágicos, voltou ao básico: caixa, governança e resultado.
No happy hour do mercado, parece que os bancos estão tomando um café duplo e rindo por último. ☕💵

♻️ 2 | Ambipar: da euforia à ressaca
Falando em café, teve investidor que precisou de uma dose extra de cafeína hoje pra digerir o tombo da Ambipar (AMBIP3). A ação caiu forte após a notícia de que o controlador vendeu parte de suas ações, gesto que, no mercado, soa quase como um spoiler de que “vem problema por aí”.
A empresa, que já vinha tentando limpar a imagem depois de críticas sobre endividamento e transparência, perdeu confiança — e confiança, em bolsa, é como espuma de cappuccino: sobe rápido e some mais rápido ainda. ☕💨
O mais irônico é que a Ambipar sempre se vendeu como símbolo da economia verde, surfando o hype ESG. Mas o discurso sustentável não segura o preço quando o investidor enxerga risco de governança. Resultado: queda de dois dígitos e um lembrete doloroso de que, no fim do dia, o que vale é o fluxo de caixa, não o marketing ambiental. 🌱📉

🪙 3 | Bitcoin: do topo à pausa estratégica
Enquanto o Ibovespa oscilava, o Bitcoin decidiu dar um descanso no topo. Depois de bater nova máxima histórica na semana, a turma das criptos resolveu realizar lucros.
O movimento é clássico: todo rally precisa de uma pausa pra respirar — e, no mundo cripto, as respirações costumam ser intensas. 😮💨
Os traders veteranos lembram que o Bitcoin, apesar da aura de revolução, ainda é um ativo que obedece às leis da física do mercado: sobe demais, corrige depois. E a realização dessa semana não muda a tese — só mostra que, por trás do discurso libertário, tem muito gestor com planilha de risco e stop loss programado.
E quer saber o mais curioso? Quem segurou a bronca durante a euforia não foram só aventureiros de fórum, mas institucionais e fundos sérios, que agora tratam Bitcoin como um ativo de portfólio — com alocação, hedge e até auditoria. O que antes era símbolo de rebeldia, hoje é mais um item da prateleira financeira global.
A revolução virou produto. E produto bom, às vezes, também tira férias. 💼🪙
🏠 4 | Crédito imobiliário 2.0: o velho sonho, com novo carnê
Enquanto a bolsa balançava e o cripto descansava, o brasileiro médio continuava sonhando com o que mais dói no bolso e aquece o coração: a casa própria.
Mas os bancos perceberam que o modelo de crédito tradicional já não cabe na realidade de quem vive de renda variável — e começaram a lançar novos formatos de financiamento imobiliário, mais flexíveis, com parcelas híbridas (parte fixa, parte atrelada a indicadores como IPCA).
A ideia é oferecer previsibilidade sem travar as margens, aproveitando o momento de leve retomada do setor. Com juros ainda altos, mas inflação controlada, o crédito habitacional volta a ser pauta.
É uma tentativa de desburocratizar o sonho e destravar o mercado. Afinal, o brasileiro pode até não saber quem é Jerome Powell, mas sabe de cor o valor da parcela do financiamento. 🏡💸

💪 5 | BTG, musculoso até na estratégia
Se o mercado imobiliário está se reinventando, o BTG Pactual decidiu malhar outro tipo de músculo. O banco está buscando investidores para a rede de academias Bodytech, da qual é sócio, segundo o Valor. 🏋️♂️
A ideia é trazer parceiros estratégicos pra fortalecer a operação — e talvez preparar a rede pra expansão, IPO ou consolidação com outras marcas do setor.
Parece inusitado, mas faz sentido dentro da lógica do banco: o BTG vem ampliando presença em negócios de lifestyle, saúde e bem-estar, um ecossistema que dialoga com o público premium que ele atende. É como se o banco dissesse: “queremos estar com você no treino, no investimento e no almoço de negócios”.
Se a tese der certo, o BTG não vai só administrar dinheiro — vai administrar endorfina. 💳💪
🎙️ 6 | Lula, Trump e o tom da sexta
E como o mercado brasileiro não vive só de balanço, o dia terminou com aquele tempero político que a gente já conhece. O presidente Lula afirmou que “tem idade pra falar mais grosso com Trump”, numa entrevista em tom de brincadeira — mas, claro, sem perder o toque de provocação diplomática. 😏🇧🇷🇺🇸
A frase virou manchete e rendeu meme. E, de quebra, lembrou aos investidores que 2026 (ano eleitoral) já está ali, piscando na esquina. O humor do mercado pode até melhorar com o petróleo caindo e o dólar recuando, mas a política segue sendo o eterno “risco de cauda” brasileiro.
No fim, Lula foi mais “stand-up” que chefe de Estado, mas quem acompanha Brasília sabe: é quando o tom sobe que o câmbio costuma bocejar.
☕ Moral do fechamento
O pregão de hoje foi a cara de uma sexta no mercado: bancos rindo, ESG chorando, cripto respirando, e o governo falando grosso. 🎭
O setor financeiro segue soberano, mostrando que, mesmo com inovação e hype, é o crédito e o spread que mandam no jogo. A Ambipar lembrou que confiança é ativo frágil; o Bitcoin provou que até revolução faz pit stop; o crédito imobiliário tenta se reinventar; e o BTG mostrou que quer ser o banco que te ajuda a investir — e a definir o tanquinho.
Enquanto isso, o investidor brasileiro fecha a semana olhando pra tela com aquele olhar de quem quer descanso, mas sabe que segunda tem reunião com o fiscal, o juro e o dólar.
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Até amanhã