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Caneta Caiu: 13/10/2025
O dia foi sobre confiança, da paz em Gaza aos bancos brasileiros, passando por chips da OpenAI e drinks suspeitos, todo mundo tentando provar que ainda dá pra acreditar em alguma coisa.
Resumo de hoje:
🤝 Trump e Gaza: acordo de cessar-fogo assinado sem Israel e Hamas na mesa, mais símbolo que solução.
☠️ Crise do metanol: 32 casos de intoxicação no Brasil e queda nas vendas de destilados em São Paulo.
🏦 Banco Master & Will Bank: BC aprova aportes bilionários para reforçar capital e conter riscos.
🤖 OpenAI e Broadcom: parceria multibilionária para ampliar estoque de chips — o novo ouro digital.
🧠 Nobel de Física pro Google: reconhecimento por avanços em computação quântica e ciência high-tech.
O dia foi daqueles em que o mundo inteiro pareceu falar de confiança — e da falta dela. Lá fora, Donald Trump apareceu como mediador de um cessar-fogo em Gaza, ao lado de Egito, Catar e Turquia, tentando apagar um incêndio sem os principais envolvidos na sala: Israel e Hamas. Enquanto isso, o Google levou o Nobel de Física com avanços em computação quântica, mostrando que as big techs agora não só dominam o mercado, mas também a ciência. E a OpenAI fechou um acordo bilionário com a Broadcom pra garantir o estoque de chips que alimenta a corrida da inteligência artificial — porque, no novo mundo, quem tem silício manda.
Por aqui, o clima foi mais agridoce. O Banco Central autorizou quase R$ 1 bi em aportes no Banco Master e Will Bank, um respiro num setor que ainda tenta provar solidez. Já o mesmo BC agora monitora contas suspeitas de fraude, numa tentativa de limpar o sistema financeiro antes que respingue. No meio disso, o país viu subir para 32 os casos de intoxicação por metanol, e as vendas de destilados despencaram — ninguém confia nem no copo. No fim das contas, o recado do dia foi um só: seja na geopolítica, nas finanças ou no bar da esquina, sem credibilidade, nada segura em pé — nem a paz, nem o brinde. 🍸
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🌍 Trump, Gaza e a paz com hora marcada
Donald Trump reapareceu no noticiário mundial, dessa vez não por um tweet inflamado, mas por uma caneta: o ex-presidente americano assinou um acordo de cessar-fogo em Gaza ao lado de países mediadores como Egito, Catar e Turquia.
O detalhe? Israel e Hamas não estavam lá. É tipo fechar o contrato do casamento sem os noivos presentes. Ainda assim, o acordo tenta frear meses de destruição e abrir espaço para reconstrução.
A “Faixa de Gaza”, pra quem sempre ouviu o nome e nunca entendeu direito, é uma tirinha de terra espremida entre Israel, Egito e o mar Mediterrâneo — e, nas últimas décadas, virou sinônimo de tragédia e resistência. Agora, tenta ser palco de um novo recomeço.
Se vai dar certo, só o tempo dirá. Mas já é curioso ver Trump, um homem conhecido por dividir o mundo em “eu” e “o resto”, querendo costurar paz em uma das regiões mais explosivas do planeta. Diplomacia é um drink complicado: tem que misturar gelo, limão e ego sem deixar ferver.
🍾 Enquanto isso, no Brasil: o perigo veio no copo
Falando em misturas perigosas… o Brasil vive um surto de intoxicação por metanol.
São 32 casos confirmados, resultado de bebidas adulteradas vendidas como se fossem destilados comuns. O problema é que o metanol não é álcool de bar — é álcool de posto. E o efeito é devastador: cegueira, falência de órgãos e, em muitos casos, morte.
O impacto vai além da saúde. As vendas de destilados em São Paulo caíram mais de 20 pontos percentuais no início de outubro. Gente com medo de brindar, bares esvaziando e fabricantes sérios tentando provar que seu produto é limpo.
É o mesmo dilema da economia: confiança demora meses pra se construir e segundos pra evaporar.
🏦 Banco Master, Will Bank e o socorro bilionário
No mercado financeiro, o clima também foi de ressaca. O Banco Central aprovou um aumento de capital de R$ 421 milhões no Banco Master e de R$ 419 milhões no Will Bank, ambos do mesmo grupo.
Parece bom — dinheiro novo, fôlego extra. Mas o contexto é que o grupo vinha tentando vender o banco e o BC não topou. Então o aporte soa mais como transfusão de sangue do que musculação.
É o mesmo filme: instituições tentando reconquistar credibilidade, mostrar que estão firmes, que dá pra confiar. E o BC, como um bartender criterioso, não serve mais um gole sem ver se o cliente já pagou a conta anterior.
🤖 OpenAI compra chips como quem estoca vinho raro
Do outro lado do Atlântico, a OpenAI assinou um acordo bilionário com a Broadcom pra expandir sua compra de chips.
Na prática, a empresa está criando sua própria safra de semicondutores — um “porão de vinhos” de inteligência artificial.
O motivo? Com tanta demanda por IA e tanto gargalo de produção, quem tiver chip manda. É o novo ouro, o novo petróleo, o novo... tudo.
A OpenAI parece ter entendido que não dá pra depender da safra dos outros. Quem quiser fazer o futuro precisa plantar o próprio silício.
🧠 Google leva o Nobel de Física — e o mundo vira laboratório
Enquanto isso, o Google levou o Nobel de Física, mostrando que o limite entre ciência e big tech já foi pro espaço (literalmente).
Pesquisadores ligados à empresa foram premiados por avanços em computação quântica — aquele tipo de coisa que soa mais como ficção científica do que física.
O prêmio é simbólico: mostra que o poder das empresas de tecnologia já não está só no mercado, mas também no pódio da ciência.
E se o futuro pertence a quem domina os átomos e os dados, o Google acaba de carimbar o passaporte pra próxima era.
💳 Fraudes, contas suspeitas e o BC de lupa na mão
Fechando o noticiário nacional, o Banco Central intensificou a vigilância sobre contas suspeitas de fraude.
Fintechs, bancos digitais e até intermediários menores estão no radar — o recado é claro: o Brasil quer evitar um “novo caso Americanas” no sistema financeiro.
É o BC agindo como segurança de balada: olhar desconfiado, luz na cara, e um “me mostra esse RG aí, campeão”.
🧩 Moral da história: confiança é o ativo mais volátil
Tudo o que rolou hoje, do Oriente Médio à esquina do boteco, gira em torno de uma palavra só: confiança.
Sem ela, não tem paz, não tem crédito, não tem brinde.
Trump tentando reerguer pontes, bancos tentando provar solidez, empresas disputando quem entrega mais poder computacional, e um país tentando lembrar que beber com segurança não é luxo — é sobrevivência.
A lição econômica é simples: mercado e sociedade vivem de credibilidade. E uma vez rachada, não tem “venda casada” que salve.
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Até amanhã