- Café com seu dinheiro
- Posts
- Obrigado.
Obrigado.
Dinheiro é uma construção social criada para facilitar a vida. Porém, em vez de ser um meio, muitas vezes se tornou um fim, gerando ansiedade, angústia e nos afastando do propósito real da existência: buscar a felicidade.
Não digo que o dinheiro não seja importante. Ele é. Mas decidi mudar a forma como me relaciono com ele. Não luto mais por dinheiro. Luto para ser sincero comigo mesmo, para entregar algo de valor às pessoas que me cercam. Sei que, pelo meu trabalho, ele virá.
Grande parte do meu tempo é dedicada a estudar, compreender o mundo e compartilhar conhecimento com quem me acompanha: meus clientes, meus amigos e minha família. Isso, naturalmente, aumenta o valor da minha hora, pois o ecossistema que construí em torno do conhecimento também pode se traduzir em oportunidades comerciais. Mas nunca foi e nunca será pelo dinheiro. É pela transformação que posso gerar na vida das pessoas.
O paradoxo é que o ser humano se tornou refém da própria invenção. Hoje consumimos mais conteúdo do que nunca, mas em formatos cada vez mais superficiais: vídeos curtos, séries rápidas, mensagens instantâneas. A leitura, que exige esforço, interpretação e raciocínio, vem perdendo espaço. E é justamente aí que está a beleza: ler é treinar o intelecto.
Assim como, para correr uma maratona, o que já fiz pelo menos 4 vezes, é preciso alternar treinos curtos, longos, rápidos e lentos, para desenvolver o raciocínio precisamos de leituras leves e profundas, em diferentes idiomas e estilos. Cada texto é um exercício mental.
Desde que, aos 18 anos, me obriguei a ler jornal todos os dias, nunca mais parei. Descobri que o raciocínio é tão treinável quanto a resistência física. E percebi algo essencial: não somos máquinas de fazer dinheiro. Somos fruto de um processo histórico milenar, que nos deu a capacidade de pensar, questionar e evoluir.
Talvez a verdadeira vitória seja aprender a parar de sofrer e buscar a felicidade, mesmo quando o noticiário tenta nos convencer do contrário.
Parabéns, meu querido amigo leitor, minha querida amiga leitora. Você faz parte desse grupo quase espartano que ainda busca conhecimento através da leitura. Já somos 23 mil, um feito notável em tão curto espaço de tempo. Se você gosta de tomar um café comigo todos os dias, compartilhe com quem você gosta. Em tempos inundados de fake news, a demanda não é por mais informação, mas sim pela capacidade de filtrá-la.
Atenciosamente,
Rian
Até amanhã